Oliver é um garoto genial. Mas quando é atacado por diabos na sua escola, descobre que não sabe nada sobre o mundo real. A adrenalina do momento desperta estranhos poderes pirocinéticos no garoto que mesmo assim precisa ser salvo por Kael, seu anjo...
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Agora pode ler em paz hahahaahaha
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O alquimista despediu-se dos seus amigos na porta da biblioteca e cada um partiu para a torre de sua respectiva egrégora. Oliver viu Pedro acenar ao longe antes de desaparecer virando um corredor e só então subiu as escadarias.
Tomou um bom banho antes de se jogar na cama e agarrou a pasta do Frei com mais conteúdo sobre seu pai. Não havia nada de sobrenaturalmente interessante, mas pelo menos ele pôde conhecer a infância de Ulisses no orfanato e como o Frei Abelardo cuidou dele quando foi abandonado pela mãe, no quarto da igreja, depois que lhe deu à luz.
Oliver esperou por Kael até as quatro da manhã, quando finalmente o sono lhe venceu. Ao despertar no outro dia, achou estranha a ausência do guardião que sempre estava de cara fechada perto da janela.
Imaginou o pior quando lembrou que os anjos tinham voltado para o cemitério, apesar de improvável que tivessem perdido para os Diabos, afinal o nível de combate de Kael era bem superior ao normal. Provavelmente os outros anjos deviam ser iguais, principalmente a tal Ariel, já que era premiada e tudo.
Apesar da preocupação rondar sua mente, até que não foi tão ruim passar um tempinho sem vigilância.
As aulas teóricas do dia foram ministradas pela secretária Ursula que explicava as diferenças entre os xamãs conjuradores e os xamãs de incorporação. Falava com muita propriedade, dado que ela mesma pertencia à Egrégora.
Basicamente, é possível para alguns xamãs evocarem animais astrais para o mundo material enquanto outros simulam as habilidades de seus guardiões no próprio corpo, alguns até seriam capazes de se metamorfosear no animal completo. Esse segundo tipo, Oliver tinha muita intimidade. Já tinha presenciado Aiyra e Heitor incorporarem seus guardiões, várias vezes. Até mais do que gostaria.
Foi durante o horário de almoço que a inquietação começou a tomar conta da sua perna, sempre balançando abaixo da mesa. Por que Kael não tinha aparecido ainda? Não podia se quer ligar ou mandar mensagem para ter notícias. Na verdade, nem sabia se o anjo tinha celular. Simplesmente nunca imaginou que ele fosse sumir.
Foi quando uma ideia genial surgiu. O rapaz largou sua marmita de macarrão com carne moída no meio da mesa de jantar chique dos alquimistas e desceu a torre indo em direção a portaria. Com sorte encontraria algum dos Sentinelas por lá.
— Pra onde vai, assassino?
Ele reconheceu a voz grave antes mesmo de se virar para encara-la.
— Hoje não, Heitor. Eu tô com pressa. — retrucou Oliver andando de costas e depois virou-se pra frente, sem dar nem o gosto de parar.
