C A P Í T U L O 2

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Outro poderoso farfalhar de asas chamou a atenção do garoto na janela da sala de aula

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Outro poderoso farfalhar de asas chamou a atenção do garoto na janela da sala de aula. Ele virou-se na direção do som e mirou o pátio da escola a tempo de ver uma sombra alada cruzar o lugar por cima, como a de um enorme condor.

—Você viu isso? — Perguntou o rapaz de olhos arregalados ao cutucar o colega da frente.

—Vi o que? — Indagou o outro, olhando pelo ombro.

—A sombra gigante de um pássaro. O barulho do voo... sério que não percebeu nada?

—Tá ficando maluco, Oliver? — disse o colega arqueando apenas uma sobrancelha. — Devia estar sonhando. Nem todo mundo pode cochilar na hora da aula e pegar a matéria por osmose como você. Me deixa estudar e para com essa conversa de vultos e sombras, já tá ficando chato.

O amigo tinha razão. Parecia um louco falando dessas coisas.

Já fazia pouco mais de três meses que essas esquisitices começaram. Vultos e sons de asas se batendo ao seu redor como que perseguido por um pássaro gigante e furtivo. Os médicos disseram ser alguma espécie de trauma. Era só o que faltava para sua lista de paranoias...

O universo tinha um péssimo senso de humor. Hoje completava dezesseis anos e já estava perdendo o juízo? Mas, quem o culparia? Ainda não conseguia lidar com o que tinha acontecido da última vez que assoprou as velinhas. Nesse exato dia, também fazia um ano que tinha perdido seu pai em um terrível acidente de trabalho.

O caso até virou notícia de jornal: "Desmoronamento em basílica centenária resulta em tragédia no Recife". Seu velho era um arqueólogo famoso internacionalmente e a morte do pesquisador chocou não apenas a comunidade científica como também a sociedade recifense, pois criou-se vários rumores sobre o misterioso desaparecimento do corpo de Ulisses.

A polícia e outros especialistas não conseguiram explicar o sumiço dos possíveis restos mortais ou vestígios de uma fuga. Foram feitas várias buscas nos dois primeiros meses, porém, eventualmente seu pai foi considerado morto. Ele e a mãe tiveram que enterrar um caixão vazio, deixando o luto ainda mais difícil.

Foi o frio da sala que tirou Oliver de seus pensamentos fúnebres. O garoto puxou a manga do casaco e soltou um bafo quente nas mãos antes de esfrega-las, mas a temperatura congelante continuava a castiga-lo. Mirou o ar condicionado e franziu o cenho quando viu a tela digital marcar apenas 20 graus.

Impossível. A sensação térmica era de pelo menos metade disso.

Sobrenaturalmente o frio se intensificou ao ponto de deixar os lábios roxos e tingir suas bochechas brancas de rubro. Oliver abraçou o peito e sentiu seu estômago embrulhar quando viu sua respiração ofegante condensando no ar. Passou os olhos pelos colegas da sala e ninguém mais parecia incomodado com a atmosfera congelante.

Evoker - A Relíquia QuebradaOnde histórias criam vida. Descubra agora