Desço do carro fecho a porta tranquilamente, e despedindo do avo, que ainda volta pra casa, buscar os meus pais, para poderem irem a conservatória.Entro no local da festa, pacientemente foi averiguando cada detalhe, conversando também com a equipa de garçons que já eram todos conhecidos meus.
Princípio da noite, vou ajeitando e fazendo o nou da gravata, quando ouço alguém a bater a porta.
Era o Bebecas, havíamos combinado que passaria cá em casa para se trocar para o casamento.
_Como vai meu Broh?
Dando aquele abraço camaradagem.__Muito bem! __ chegou cedo.
__sim, melhor é prevenir duque remediar.
Fazendo a cara de convencido.Colocando já um sorriso orelha a orelha o questiono.
__Depois da nossa defesa estavas a chorar oque.
Fazendo troça.__ Tchê Jacó quem estava a chorar.
Começamos a rir, lembrando ainda de muitos outros momentos engraçados.
__Edson mesmo um matulão desse, no seu primeiro dia de aulas o Manuel foi te deixar até na porta da turma tipo bebê, que papelão.
Fazendo mofa de mim.__Hahaha olha já o chorão nhe nhe nhe. fazendo caretas.
Piorou ainda quando ele tira da sacola, o seu fato castanho bordado com alguns tecidos africanos, visivelmente o ficaria grande no seu corpo.No clima bastante animador, nos preparamos dando várias gargalhadas, fato preto, camisa azul bebê, com gravata da mesma cor, sapatos deixando tudo ao pormenor.
Bebecas tão com seu fato descomunal.Prontos para partir, para o grande casamento.
No carro do Manuel, a sua namorada subiu no banco de frente eu e o Bebecas atrás.Quase 30min chegamos ao salão de festas onde se realizou a boda de casamento.
Já na portaria sou parado para não, acabei esquecendo o meu convite, por cima da mesa em casa.
O Manuel já havia adiantado em entrar, não havia como pegar a chave do seu carro e regressar.
Ficando aí mais alguns minutinhos tentando convencer o porteiro a deixar entrar, o mesmo também cumprindo com a rigidez que lhe foi indicado.Por sorte a madrinha dos noivos sai pra dar mais recomendações ao homem da porta, quando me vê aí em pé.
__Então oque fazes aí fora filho.
__Esqueci-me do convite, agora estou aqui atentar convencer o senhor a deixar entrar.
__Ohhhh
Fazendo uma cara de surpreendida __deixa lá ele entrar, não estás a ver aparência ele é irmão do noivo, durante o dia não o viste cá a orientar as coisas.Muita gente achava que meu avô fosse meu pai e o Norberto meu irmão, por causa dos traços que nos tornavam parecidos.
Entrando fui já procurando com os olhos a mesa onde se sentou o Bebecas, virando-me para o lado oeste do salão, vejo oscilar a mão, vou me aproximando, notando que o Arsénio e Ailton estavam sentados também a mesma mesa e ainda havia uma cadeira reservada pra mim.
Sentamo-nos bem perto dos aparelhos de som do Dj, sempre que tocasse uma música do nosso agrado nos mentíamos em pé tirando da cartola alguns toques de dança, sendo alguém aparentemente calmo e de poucas palavras, os tios ficaram surpreendido do jeito que eu dançava.
A festa estava um mimo, deu pra aproveitar ela em todos os aspectos.
Os noivos nem se falam estão uma maravilha, a noiva de um vestido branco longo, com estampa de diamante, saltos altos vidrados, o noivo com fato preto lanço vermelho.O momento que me marcou foi quando o noivo convidou me pra roda para um desafio de dança, foi tão divertido.
*******
Apenas passou-se duas semanas ausência do Norberto em casa é notável.
Agora é que a casa passou a ficar maior ainda.Depois daquele período que as conversas deixaram de ser constantes, convidei a Lelina para passar cá em casa.
Dando uma geral, deixando tudo bem organizadinho e bem perfumado, com o seguinte pensamento "a primeira impressão conta muito".
Lembrei que a Elisandra havia me dito pra passar em sua cada, faz algum tempo, que não nos encontramos nem falamos, também tem estado meio esquisita, chamou-me pra conversar,ela vive três casas antes da minha, normalmente as pessoas não acreditam que é possível existir uma amizade entre um homem e uma mulher sem segundas intenções, mas a minha amizade com ela era sem segunda intenções, ela é aquela amiga que sabe tudo de mim e eu dela, podemos ficar sem falar, mas em qualquer momento que um precisar do outro, arranjamos sempre um jeito para se fazer presente.
Elisandra uma menina de 17 anos, super doce com uma altura baixa, morena, crespa, dona de uma simpatia sem igual.
__Olá!
__Olá Edson, achei que nem vinhas mais.
Falou colocando um rosto tristonho.__Achou errado, és-me aqui.
Dei um leve sorriso, e questionando.
__E por que achou isso?__Porque ultimamente temos falado pouco e tens estado sumido e ocupado.
__Nada haver, sempre sobra tempo pra os nossos.
E acabei realçando que estava com um semblante pálido e meio magra.__Não, é apenas impressão, e quanto o emagrecimento é poucas horas de sono.
Enquanto falava, eu o olhava fixamente e ela fazia fugir o olhar, e conhecendo bem, era fácil notar que ela não estava bem exteriormente nem no seu interior.
__Sabe Lisandra, não sei o que está a te atormenta, mas não começa a ficar assim triste, nem com pensamentos bloqueados, faz mal, lembre-se sempre que tudo tem uma saída e solução.
Falei olhando pra ela com um tom cheio de firmeza.Ficando ela alguns minutos em plenos silêncio, lentamente foram formando lágrimas nos seus olhos até cair as primeiras.
Fazendo sentir um tremor na sua voz.__ Tenho medo de mostrar ou falar sobre os motivos que tem me afundado nesta cela de tristeza.
Segurei a sua mão direita fazendo carícias, transmitindo uma energia positiva.
__Você já se tornou minha irmã, se não te sentes no dever de se abrir e falar para mim o que está a hostilizar você, compreendo, mas saiba que aqui tens um ombro amigo para se apoia e enxugar as lágrimas.
Será o que está a inquietar a Elisandra?
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O Cicatrizar de um coração ferido
RomanceÉ um romance de fragilidade sentimental. Uma hora a tristeza torna-se alegria, frio torna quente, o sofrimento torna-se amor, uma hora o coração ferido, uma outra hora respiração acalma, cicatrizado e a alma se renova. A vida, exige uma nova versão...