ABC do amor

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Bianca

-Eu estava morrendo de saudades de você. -Rafaella disse, com os lábios nos meus enquanto entrávamos no meu apartamento.

-Morrendo de saudades de mim? -Eu a afastei ligeiramente.

Rafaella envolvia meu corpo e me prendia pela cintura. Estávamos coladas uma na outra, mas eu afastei meus lábios dos seus e uni minhas sobrancelhas quando ela disse que estava morrendo de saudades de mim. Aquele era exatamente o tipo de coisa que ela não deveria dizer num acordo como aquele.

-Mas a gente se viu há três dias atrás. -Acrescentei e ela pareceu pensar um pouco, sem me soltar um minuto sequer.

-Nos vimos? -Perguntou, meio confusa.

-Nos vimos. -Disse, assentindo devagar, como se falasse com uma criança teimosa.- No dia da floricultura, quando a sua noiva quase pegou a gente, quando você fugiu pela escada de incêndio. Você me deu uma tulipa vermelha, lembra?

-Ah, tá. -Ela riu.- Eu lembro sim, mas achei que tivesse passado mais tempo, pareceu mais tempo pra mim. -Acabei rindo e negando com a cabeça, deixando com que seus lábios sugassem os meus com voracidade. Acabei tentando não pensar naquilo.

Caminhamos às cegas até o sofá, sem separar nossos lábios. Rafaella me beijava com voracidade, como se quisesse aquilo mais do que qualquer coisa. Ela apertava o corpo contra o meu e acabamos dando risada quando ela caiu sentada no sofá e eu fiquei em seu colo, de frente pra ela, envolvendo sua cintura com as minhas pernas. Rafaella deu um sorrisinho e abaixou meu vestido tomara que caia até meu abdômen. Mordi meu lábio inferior quando ela abocanhou um de meus seios, fazendo com que eu soltasse um gemido de satisfação. Ela chupava meus seios revezadamente e lambia os mamilos. Eu jogava minha cabeça para trás e ronronava de aprovação, deixando que ela os tivesse por quanto tempo quisesse.

Rafaella se demorou em meus seios daquela vez, para em seguida, se demorar em meus lábios. Ela abraçava meu corpo contra o dela na medida que nos desfazíamos de nossas roupas e eu perdi as contas de quantas vezes sorrimos durante todos aqueles beijos. Seu corpo quente sobre o meu, suas carícias despreocupadas, seus beijos, suas mordidas, ela parecia querer todas as partes do meu corpo e se demorava em cada uma delas. Ela me beijava com tanta ternura. Eu acariciava todo seu corpo, correspondia todos os seus carinhos, aos poucos toda a sala estava envolta naquele ar excitado, sem pudor. Rafaella me fez dela de todas as formas que conseguiu e quantas vezes quis, me fez chegar no meu ápice, gemer seu nome. Ela me tocava de modo insano e eu parecia ter sede pelo seu corpo. A beijava, a tocava, apertava e acariciava tudo o que queria, a fez minha de modo especial. Fiz com que ela gemesse meu nome naquele sofá, a fiz pedir por mais e mais, até que não tínhamos mais o que fazer de tanto prazer.

Até nossos corpos ficarem suados e exaustos e eu me deixar cair deitada naquele sofá, com as pernas sob seu colo.

-Isso foi incrível. -Eu disse, olhando pro teto do meu apartamento e pude escutar a risada baixa de Rafaella.

-Isso foi mais que incrível. -Ela disse num ar de riso e soltou um suspiro completamente relaxado, sendo imitada por mim logo em seguida. Soltei um grunhido de satisfação quando senti suas mãos nos meus pés, iniciando uma espécie de massagem.

-Massagem nos pés depois de um sexo como esse? Eu ganhei na loteria? -Disse rindo e Rafaella riu, negando com a cabeça.

-Digamos que é uma espécie de bônus por você ser tão gostosa.

-Nossa, muito obrigada, senhorita Rafaella Kalimann. -Disse, me deleitando com cada sílaba do seu nome.

-Eu que agradeço, senhorita Andrade.

A CerimonialistaOnde histórias criam vida. Descubra agora