Capítulo 23 - Aceito... Se...

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Lena Luthor  |  Point of View


O final de semana passou rápido e na segunda, fui até a sala do meu pai.

— Filha! Não te vejo desde sexta. – Ele disse caminhando até mim. Me abraçou.

— Fiquei com a Kara.

— Vocês andam muito grudadas. Vão acabar enjoando assim.

— Vim falar sobre ela. Ela vai viajar pra uma conferência e pediu pra que eu a acompanhasse. – Ele ficou me olhando
por um tempo.

— Você quer ir?

— Quero.

— Lena... Não me lembro de você ser do tipo sentimental, que não aguenta uns dias longe de um ficante ou sei lá o que a Kara é sua.

— Nem eu sei, mas gosto da companhia dela... E uma folga cairá bem. – Ele ficou me olhando por um tempo. — Ela me pediu, pai.

— Essa relação de vocês é estranha. Ela é uma Tenente, cheia de regras e manias, até hoje ela não veio falar comigo.

— Eu traí a Kara no começo da nossa relação. Foi difícil reconquistá-la e não quero perdê-la.

— Se você acha que vale a pena... Pode ir.

— Obrigada pai.

— Se cuide, amor. Às vezes, o lobo se disfarça de ovelha. – Depois disso, assenti e voltei para casa, para arrumar minhas malas.

Quando estava terminando, meu celular tocou. Era Kara.

— Oi Kah.

— Aonde você está?

— Estou no meu apartamento, por quê?

— Liguei no seu trabalho e disseram que você não estava.

— Estou em casa, fique tranquila.

— Tudo bem.

Agora vou contar o tempo para Kara chegar aqui e confirmar que estou em casa. Foram dez minutos e ela entrou no apartamento, ela tem uma cópia da chave.

— Oi Lee.

— Oi Kah. – Ela fez a vistoria básica dela e eu sentei no sofá.

— Vai ir comigo? – Falou voltando do quarto onde minhas malas estavam.

— Vou sim.

— Ótimo. – Ela me abraçou.

— Kah... Vamos combinar uma coisa... Quando você vier me visitar, você me cumprimenta, me abraça, me beija e só depois você procura meus amantes.

— Você tem? – Revirei os olhos.

— Foco Kara. – Ela assentiu.

— Desculpe Lee... Desculpe mesmo.

— E Lexie? Tem visto ela?

— Desde que ela começou a ficar com a Bonnie, ela nem liga mais pra mim.

— Nem pra mim. Nem pra meus pais...

— Você a conheceu?

— Sim... Meu pai deu um jantar pra conhecermos ela. E você?

— Conheço há anos, ela é filha do Marechal do nosso QG. As levei pra jantar uma noite dessas. Ela é legal.

— Sim.

— Vamos ao meu apartamento? Não sou boa arrumando malas.

— Vamos.

— Quando chegamos ao prédio, Liza estava esperando Kara na porta.

— O que foi, minha bonequinha? – Ela disse pegando Liza no colo. Ela tinha um bico muito fofo.

— Mamãe brigou comigo.

— Por quê?

— Ela não quer me deixar ir com você.

— Mas vou a trabalho, bonequinha.

— Eu quero ficar com você. – Disse apertando mais o pescoço de Kara. – Da outra vez, você demorou muito.

— Mas desta vez, vai ser rápido. No dia da sua festinha, estarei aqui. – Eliza me olhou, depois voltou a olhar pra Kara. – Mas a Lina vai com você.

— Lena... O nome dela é Lena. Ela vai porque é minha namorada.

— A mamãe disse o mesmo. – Namorada... Foi muito bom ouvir isso. — Você ama mais ela por ser sua namorada?

— Lógico que não, pequena. São amores diferentes, mas amo muito as duas. – Não pude evitar o sorriso em meu rosto.

— Mas prometo de vamos pra algum lugar no outro final de semana. Ok?

— Sim! – Ela disse levantando os braços. — Sempre que você promete...

— Eu cumpro. – Elas bateram continência. Depois Kara abriu a porta do apartamento.

Arrumamos a mala. Liza morre de ciúmes de mim. Depois Kara a levou para o apartamento de sua mãe.


[•••]


Viajamos em um clima bem casalzinho. Estava tudo perfeito. Chegamos ao hotel à noite, caímos exaustas na cama. Na manhã seguinte, Kara beijou minha testa antes de sair.

Acordei quase 11h e coloquei um biquíni. Fui até a piscina e sentei na espreguiçadeira. Estava com os olhos fechados, então senti meu corpo ser coberto. Kara me cobriu com o casaco dela.

— Não tem um short Lena?

— Pegar sol de short? Sério Kara?

— Porque não esperou eu chegar pra sair do quarto?

— Você se escuta quando fala? – Falei pegando minhas coisas e voltando para o quarto.

— Desculpe Lena.

— A semana começou ontem e você já me pediu desculpas umas 10 vezes.

— Lena, se você não sente ciúmes, não implique com os meus.

— Eu morro de ciúmes de você, mas o que você sente não é ciúme.

— É que você é muito linda, Lena.

— Você é mais e eu escolhi você pra ser minha.

— Comprei isso pra você... – Ela me entregou uma caixinha. — Essa cena não estava nos meus planos, mas queria te pedir em namoro. Quer namorar comigo?

— Se... Quando voltarmos visitarmos um psicólogo... Eu aceito.

— Ok.

— Então será uma honra, Soldadinho de Chumbo.

— A honra é minha, sua grossa. – Selamos esse momento com um beijo.

 – Selamos esse momento com um beijo

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We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora