Capítulo 63 - Mais que Melhor

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Lena Luthor  |  Point of View


— Olá equipe. Essa aqui é a principal investidora do nosso sonho. Minha esposa, Tenente Kara Zor-El. – Todos aplaudiram e gritaram eufóricos.

— Não precisam aplaudir pessoal. Eu sei que esse investimento vai dar mais que certo, sei que Lena é mais que capacitada para isso e se ela confia em vocês... Sei que vão conseguir.

Ficamos acertando alguns detalhes e Kara organizava as coisas em minha mesa. O celular dela tocou.

— Com licença. – Ela conversou e depois voltou. — Desculpe amor, mas meu pai está me chamando. Volto mais tarde. – Ela me deu um selinho e saiu.

Depois que eles saíram da sala e eu fiquei organizando o resto de minhas coisas. Até meu pai invadir minha sala abruptamente.

— Que palhaçada é essa?

— O que é isso, pai?

— Você é a dona da empresa agora? Como você pagou por isso?

— Kara me presenteou.

— Kara? Ela é pobre. Ficou falida depois de comprar aquele casebre para vocês.

— Não fale assim, pai. Você tirou a semana para me humilhar?

— Não é te humilhar é te trazer para a realidade. Como uma oficial do governo conseguiu isso?

— Ela ganhou uma gratificação pelo Iraque e resolveu investir em mim.

— Porque ela não conversou comigo? Poderíamos triplicar esse dinheiro.

— Eu vou fazer isso. – Ele sorriu debochado.

— Olha filha... Se ela mudar de idéia e optar por um verdadeiro investimento, mande ela falar comigo, ok?

— Vai embora pai. – Ele saiu e eu comecei a chorar.


Kara Zor-El  |  Point of View


Fui até a sala do meu pai.

— Pois não General.

— Você ficou louca. Movimentar uma tropa para fazer reforma na casa de um cabo? Amanhã todos vão querer. Fora o gasto...

— Foi tudo doado. – Ele apontou o dedo na minha cara.

— Nunca mais faça isso. Está suspensa por três dias.

— Ok.

Voltei para a empresa de Lena e ela estava chorando.

— O que houve, amor?

— Hormônios de grávida, Kah. – A abracei forte.

— Fique calma. Eu estou aqui.

Depois a levei para uma sorveteria. Consegui colocar um sorriso no rosto dela e passei a noite zelando por seu sono.

No outro dia, fui até a empresa dela e ela estranhou.

— Eu amo você aqui. Mas e o QG?

— Meu pai me suspendeu.

— Por quê?

— Ele achou horrível nós termos reformado a casa do cabo.

— Não acredito. O que esses velhos têm?

— Velhos?

— Esquece eles. Vamos focar no importante.

— Vai instalar essa TV?

— Sim.

— Eu faço isso.

— Vou pegar uma furadeira. – Eu assenti e ela demorou a voltar. Mas quando voltou, a TV estava na parede em questão de um piscar. Ela ligou no noticiário local e sentou na cadeira, e fiquei ajudando ela a colocar as coisas nos lugares.

Depois ela sentou no meu colo e começamos a nos beijar... E beijar e tudo foi ficando intenso. Até ela se afastar, voltando à atenção para TV.

— Estamos aqui na base 24 do exército da cidade.

— Sua base, amor.

— Sim...

— Onde ontem surgiu uma iniciativa incrível de ajudar um de seus empregados com dificuldade e deixar a casa mais acessível para uma cadeirante. Estamos aqui com o idealizador disso, General Zor-El. Responsável pela... – Eu não estava acreditando no que estava ouvindo e um burburinho entre os militares ficou alto. Acho que todos estavam indignados.

— Silêncio... Sentido! – Todos ficaram quietos. — Eu vivo tendo essas idéias, mas ontem não consegui conter a emoção e movimentei um grupo para lá. Acho que todos devem ajudar.

— Isso mesmo. Todos devem se inspirar no General Zor-El e fazer sua parte. Aqui é Rebeca e voltamos com vocês no estúdio. – Desliguei a TV.

— Que palhaçada foi essa, Kara?

— Não sei amor. Não consigo entender meu pai faz tempo.

— Isso é inacreditável.

— Sabe Lena, por anos eu me dediquei para o QG. Fazia tudo certinho e esperava um sorriso de agradecimento ou reconhecimento do meu pai. Acha que ele fez isso por mim? Não... Todos! Todos os superiores que me avaliaram nos dias de campo, me elogiavam tanto que chegava a ser incômodo. Ganhei tantas honrarias que não pude levá-las para nossa casa pequena e acha que ele me agradeceu por algo? Me parabenizou? Nunca... Só minha mãe ficava feliz e irritada por mim. Irritada por saber o quão longe eu iria para agradar meu pai, mas eu nunca consegui.

— Ontem... Quando eu contei o que tinha feito, eu fiz não para agradar ninguém, mas você me olhou de uma forma... Nunca ninguém olhou para mim daquele jeito. Senti-me uma super heroína.

— Eu não me importo que o prefeito da cidade entregue a chave da cidade para meu pai, pois sei que nunca ninguém vai olhar para ele do jeito que você me olhou ontem. Só aquele olhar importa para mim. Seu olhar e o de James. Aquele olhar de gratidão, olhares que meu pai nunca vai sonhar em receber.

— Seu pai é um monstro. Ser seu superior não é desculpa para ser desleal.

— Meu pai é insensível. Não o posso culpar por isso, pois era um clone dele. Mas agora tenho a quem demonstrar meus sentimentos e posso fazer sem medo. Meu filho vai receber uma festa minha até quando ele arrotar. Não vou deixar de comemorar com ele todas as conquistas.

— Você vai ser a melhor mãe do mundo.

— Eu vou tentar ser mais que isso por ele, Lee. Assim como eu tento ser muito mais que melhor por você.

 Assim como eu tento ser muito mais que melhor por você

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Super Kah!

We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora