Capítulo 30 - Sua Soldadinho de Chumbo

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Kara Zor-El  |  Point of View


Já fazem dois meses que estou morando aqui. Os Árias são muito acolhedores e me tratam como da família. Agora estou ajudando Sr. Árias com o carro dele.

— Você deve trabalhar com isso. Quem sabe você não era... Não. Você chegou com uma farda.

— Eles não deviam estar me procurando?

— Eles não acharam o registro de nenhuma Lena. O médico disse que você ficaria confusa por um tempo, mas quando sua perna se recuperar totalmente, vamos ao parlamento e eles vendo você será mais fácil. Sua família deve estar desesperada, mas não podemos ajudar se você não lembrar.

— Eu estou tentando, sei que atrapalho...

— Não. Você não atrapalha, estou falando como pai. Se minha filha sumisse, eu surtaria e os seus familiares devem estar passando por um sofrimento enorme agora. Mas você será bem vinda o tempo que ficar e precisar.

— Obrigado... Nem sei como agradecer.

— É só concertar essa lata-velha e tudo ficará bem.

Depois de muito tempo, conseguimos fazer o carro funcionar e Patrícia nos chamou para almoçar.


Lena Luthor  |  Point of View


— Vamos Lena.

— Vamos. – Meu pai estava me obrigando a retomar ao trabalho, depois de todos os esforços, nada adiantou. Se Robert que é um General não conseguiu, fico imaginando o que acontece com os familiares comuns.

Nossas rotinas estão iguais, todos trabalhamos e vamos pra casa dormir. Não saímos, ficamos perto do telefone e esperamos uma notícia... Um sinal.

Deixei Lexie na escola e fui para escritório.

Quando voltei para casa, Robert me esperava na frente do prédio. Meu coração gelou.

— Oi sogrinho.

— Oi minha nora preferida. – Franzi o cenho.

— Sou a única. – Falei séria. Ele sorriu, mas logo seu semblante ficou triste. — O que aconteceu? Vamos subir?

Ele assentiu e fomos até meu apartamento. Ele sentou e eu sentei ao seu lado.

— Lena... Acharam o grupo de Kara.

— Acharam? – Levantei. — Onde estão eles? Onde está a Kah?

— Calma Lena. Sente-se aqui. – O fiz. — Acharam uma van que explodiu no deserto. – Fechei os olhos. — Reconheceram como o pelotão de Kara por causa de um dos soldados tinha titânio no braço. – Ele me abraçou. — Vamos esperar o reconhecimento dos corpos. – Senti o chão sob meus pés se abrir. Reconhecimento dos corpos foi como um tiro no peito.

Lembrei de todos os beijos que não roubei, de todos os eu te amo que deixei de dizer por conta de brigas bobas. Pensei que ela estava viva, meu coração dizia que ela estava viva... Acho que ele se enganou.

— Eu amo... Sua filha Robert. Não... Ela não pode me deixar aqui sozinha... Ela... Eu... – Falei chorando desesperada e ele tentava me acalmar, mas em vão.

Depois de um tempo, pedi para ficar sozinha. Ele foi embora e eu peguei o caderno de anotações dela. Fiquei folheando, até encontrar um papel dobrado.

“Meu amor... Você me mimou muito. Droga! Sinto falta dos seus beijos e seus dengos. Do quanto você morre de ciúmes da moça da padaria. De quando você está muito irritada comigo, mas mesmo assim não deixa de me abraçar... Preciso do seu abraço agora. Preciso de você hoje... Quero casar com você e viver o nosso paraíso. Viver nesse paraíso verde dos seus olhos que me tiram o fôlego. Estou com sua foto no capacete. Ela é meu bom dia e meu boa noite. Você está sorrindo tão grande nessa foto, eu sorrio junto só de vê-la. Nunca choro quando me lembro de você (ou melhor, vomito). Pois você é linda e perfeita demais para demonstrações tristes. Você só merece meus sorrisos. Te amo, Lena Luthor. E caso você leia isso, talvez eu não esteja tão bem ou... Caso você leia, lembre-se que te amo eternamente. Você foi uma grossa, mas foi a minha grossa... Só minha. Assim como eu serei sempre a sua Soldadinho de Chumbo”.

Comecei a chorar, escondi meu rosto no travesseiro. Senti meu tronco ser abraçado e me virei, era Lexie.

— Não fique assim, Tess. Vai ficar tudo bem, ela não está lá.

— E se ela estiver Lexie? O que vai ser de mim?

— Acalme-se. Vocês vão encher muito o meu saco por conta daquelas músicas bregas, velhas e melosas. – Sorri.

— Não são velhas... São clássicas.

— Já está falando como ela. Vamos rezar tudo vai dar certo.

 Vamos rezar tudo vai dar certo

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We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora