Capítulo 101 - Surpresa

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Kara Zor-El  |  Point of View





Acordei com os olhos verdes de Lorenzo me encarando.

— Oi, pequeno. – Eu disse esfregando meus olhos e olhei para o lado da cama, Lena ainda estava dormindo. — Aconteceu alguma coisa?

— Com que idade você se apaixonou pela primeira vez? – Eu sentei na cama, o relógio marcava três e vinte da madrugada. — Sei que é tarde, mas estou confuso. – Eu sorri para ele.

— Me espere no corredor, vou vestir algo e já te vejo. – Ele assentiu e saiu do quarto.

— Não me diz que meu príncipe está com alguém? – Lena disse e eu a beijei.

— Para me acordar essa hora... Acho que sim. – Ela bufou.

— Seja uma boa mãe... Diga que ele só pode namorar quando completar trinta anos.

— Amor... Deixe o menino aproveitar.

— Kah... Não piore as coisas. – Eu neguei e selei nossos lábios.

— Procurei minha cueca pelo quarto, logo Lena me arremessou ela. Vesti uma bermuda e uma camiseta... Lorenzo estava pensativo olhando as escadas. Coloquei minha mão sobre o ombro dele e fomos para a cozinha... Peguei dois copos e enchi com leite... Sentei e ele se juntou a mim. Tomou um pouco do leite e ficou me encarando.

— Ah... Certo. Meu filho... Acho que foi a Melissa Branson. Eu estava na quinta série.

— E você se declarou para ela? Ou você esperou ela chegar em você?

— Amor... Eu não tinha como me declarar para ela. Eu tinha vários questionamentos sobre minha intersexualidade e conversar com ela... Soava assustador para mim.

— É muito assustador, Papa. Eu travo...

— Quem é a felizarda?

— Kristina Thompson...

— Então finalmente escolheu.

— Não, Papa. Ela não é como as outras, ela não demonstrou interesse em mim. Estou com medo dela não me querer... Dela me dar um fora. Sei lá...

— Ela namora?

— Não.

— Então... Amanhã... Que é hoje, no caso, você vai a chamar para sair.

— Mas eu não consigo nem dar oi...

— Filho, cadê o rapaz confiante de semana passada?

— Não sei, papa.

— Você é um belo rapaz, é educado, é de uma família estruturada e suas mães babonas estão aqui para você sempre que precisar. Você não precisa se sentir inseguro, só precisa dar um sorriso desses de lado como o meu e encantar ela. Funcionou com sua mãe.

— Como você chamou a mama para sair, Papa?

— Sua tia Lexie que agilizou essas coisas para mim.

— Foi bom?

— Foi uma droga, sua mama me detestava.

— Como assim?

— Sua mãe nem queria estar lá, acho que foi muito mais um encontro meu e da Lexie que meu com sua mãe, mas o seu caso é diferente, filho. É sua vida, se eu me apaixonei aos onze ou aos seis não vai diferenciar para você.

— Será que eu estou apaixonado? – Agarrei a mão dele.

— Posso ser sincera? – Ele assentiu. — Não está. Isso é só medo da rejeição, mas acho que deve chamar ela para sair. Você só se apaixona se conhece a pessoa, se vocês não se falam, você só se sente atraído fisicamente por ela, mas isso não quer dizer que essa paixão não possa acontecer mais para frente. O único exemplo pessoal que posso dar a você, é que foras e primeiros encontros ruins podem construir isso aqui. – Apontei para nossas mãos dadas.

We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora