Capítulo 32 - Não é Sonho?

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Kara Zor-El  |  Point of View


— Oi pai! – Falei e ele levantou, correu até mim e me abraçou chorando.

— Pensei que tinha te perdido. Você me assustou... Não faça mais isso.

— Estou bem, pai. Agora acerte tudo com o Edward. Vou ver a mamãe e Liza. Tomar um banho e ver Lena.

— Ela está no escritório.

— Ok. Vou até lá.

Quando cheguei ao prédio, o porteiro quase teve um infarto. Achou que era um espírito. Depois que o convenci do contrário, caminhei até o meu apartamento e entrei com uma chave reserva que deixo escondida. Tomei um banho, se alguém me visse diria “Você não estava com saudade?” Estou, mas estou tão calma por estar de volta a minha casa, e viva. O pior já passou, agora quero aproveitar cada segundo.

Depois do banho e trajando roupas limpas, fui até a casa de meus pais.

Liza estava brincando na sala.

— Bonequinha! – Ela virou rápido e começou a chorar sorrindo, correu para o meu lado e pulou em mim. Caí no chão e começamos a gargalhar. Depois de um tempo, senti outro peso sobre nós.

— Vocês estão me esmagando. – Liza falou. Minha mãe chorava. Eliza saiu e eu abracei minha mãe forte.

— Esta tudo bem agora. Não chore.

— Você está bem mesmo?

— Estou levando... Tenho lembranças ruins, mas estou aprendendo a lidar com elas.

— Você não pode me assustar deste jeito.

— Não vou mais te assustar. Fique tranquila.

— Já falou com seu pai?

— Já sim. Podemos levantar?

— Não, está bom aqui... Já falou com Lena?

— Não.

— Então vai lá. Ela foi tão importante, filha. Ela ama você mesmo. Está arrasada com notícia da van.

— Vou.

A abracei forte e beijei o topo de sua cabeça. Fiz o mesmo com Liza. Fui até o meu quarto e peguei um som portátil. Coloquei a nossa música e peguei minha moto. Cheguei a frente da secretária dela.

— Oh! Srta. Zor-El. Graças ao senhor! – Ela me abraçou. — A Srta. Luthor está na sala dela.

— Não me anuncie. – Ela assentiu sorrindo. Coloquei nossa música no som, essa música foi o estopim... Graças a ela estou aqui.

Abri a porta e Lena estava com a cabeça escorada nas mãos e os cabelos bagunçados. Ela levantou o rosto e me encarou. Ficamos nos olhando por um tempo.

 Ficamos nos olhando por um tempo

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— Cara... Eu fico um ano e meio fora, entro na sua sala de surpresa com nossa música tocando e você ainda está de roupa? Que decepcionante...

— Kara? É você mesmo? Não é sonho? – Ela caminhou até mim.

— Eu falei que faria de tudo pra voltar pra você. – Ela me deu um tapa no rosto. — Ai! – Ela me abraçou forte.

— Você está proibida de sair do meu lado. Você nunca mais sair de perto de mim. Eu quase morri... Você não... Droga... – A apertei bem forte.

— Eu estou aqui, meu amor. Voltei. Fique calma... Senti tanto a sua falta.

— Eu também, Kah. Eu amo você.

— Eu amo você, Lena.

Antes que ela falasse algo, puxei seu rosto e beijei seus lábios. Encontrando o paraíso, esse deve ser o nome do beijo dela. Ela levou a mão até minha nuca e arranhou ali. Coloquei a mão por baixo de sua blusa, mas parei o movimento. Apenas a abracei forte. Não preciso de mais nada... A tenho em meus braços. Quando o ar nos faltou, ficamos com as testas coladas e respirações descompassadas. Rocei meu nariz no dela e ficamos assim por um tempo.

— Você é o amor da minha vida, Kah.

— E você da minha. – Depois de vários selinhos e beijinhos.

— Vem, você precisa ver meu pai. – Assenti e ela me arrastou até a sala dele.

Outra recepção acalorada. Ele liberou Lena, ela me levou pra ver Lilian e ficamos conversando. Depois Lena e eu fomos buscar Lexie na escola. Bonnie estava esperando ela e ficou feliz em me ver. Eu nunca falei para Lena que Bonnie tinha interesse em mim. Bonnie disse que o pai dela estava preocupado comigo. Quando Lexie correu e pulou no meu colo, rodeando as pernas em minha cintura.

— Senti sua falta, pirralha.

— Fiquei com medo de te perder, mas tive que ficar forte pra não desesperar a Tess. Cumpri minha promessa... Cuidei dela.

— Obrigada, pirralha. – O celular de Lena tocou e ela atendeu, caminhando até os cadernos que Lexie derrubou no chão.

— Vim te buscar, mas vejo que terá companhia melhor. Agora larga minha Tenente. – Lexie torceu a boca, se tocando que deu mancada. — A noite, Robert vai dar um jantar pra Kara. Apareçam lá.

— Vamos sim... Até a noite. – Bonnie disse e alcançou um capacete pra Lexie.

— Sua família está nos esperando. – Ela disse e eu assenti.

Eu estava me sentindo estranha. Acho que a euforia do encontro passou. Agora só fiquei com as lembranças e a culpa pelos meus colegas mortos. Principalmente pelo meu General, 30 segundos e seria minha cabeça...

 Principalmente pelo meu General, 30 segundos e seria minha cabeça

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We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora