Capítulo 04 - Domenicos

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Kara Zor-El  |  Point of View



Estava caminhando na praia, vi uma moça sentada na areia. Continuei caminhando e quando fitei seu rosto... Era a grossa de olhos verdes.

— Soldadinho de chumbo... Me seguindo?

— Tenho coisas mais importantes para fazer.

— Petulante!

— Grossa! – Ela pulou em mim, desferindo tapas por meu peito. — Pare sua louca... Vou te prender por desacato!

— Você não tem autoridade para isso! – Foi então que eu a puxei para um beijo... Não sei por que, mas meu coração acelerou e ela levou as mãos até minha nuca...

O despertador tocou.

Droga! Aquela menina está enfiando caraminholas em minha cabeça. Isso é loucura. Meu amigão não pensa assim, ficou aceso. Depois de um banho demorado e gelado, fui comprar meu café, me encaminhando para o quartel.

Os dias de passaram, minha resposta do Iraque nunca chegava. Já estava a fim de ir pessoalmente até a embaixada para perguntar sobre. Meus pais continuam sem falar comigo e não deixam Liza nem chegar perto de mim.

Desta vez, fiquei treinando os novatos. Pelo menos uma parte do castigo acabou. Quando o expediente acabou, fui para casa e me atirei no sofá. Meu celular tocou. Era um número desconhecido.

— Zor-El falando.

— Oi Tenente... É a Alexandra.

— Como você conseguiu meu número?

— Foi difícil, mas consegui uma marionete sua manipulável.

— Algum problema?

— Sim... Vem me ver aqui no Domenicos.

— Agora? Você nem tem idade para andar sozinha essa hora.

— Então é melhor se apressar. – Falou e desligou.

— Garota chata. O que ela quer comigo? Eu ligaria se estivesse a fim, se não liguei... É um sinal. Vesti uma calça colada e uma regata escura. Uma jaqueta de couro e deixei meus cabelos soltos. Droga! Porque estou preocupada com minha aparência?

Conduzi minha moto até o lugar e entrei, dei de cara com a grossa de olhos verdes, dei meia volta e saí correndo dali, mas meu braço foi puxado

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Conduzi minha moto até o lugar e entrei, dei de cara com a grossa de olhos verdes, dei meia volta e saí correndo dali, mas meu braço foi puxado.

— É só um jantar!

— Isso vai dar merda, garota. Eu sou péssima com isso.

— Você tem que tentar... Minha irmã está muito triste ultimamente.

— Não sei por que você se encarnou em mim. Não tem ninguém do circulo de amizades de vocês?

— Ela quer você!

— Mas ela não disse isso, você sentiu isso. Isso é insano, garota.

— Nos dê essa chance.

— Sou militar, me inscrevi no Iraque e sou interssexual. – Falei tudo de uma vez. Ela abriu a boca, mas pela primeira vez não tinha argumentos. — Melhor eu ir embora e esqueça essa loucura. Arrume alguém melhor para ela. – Ela novamente puxou meu braço.

— Minha irmã é bi, interssexualidade não é problema, mas esse lance do Iraque... Sério? – Assenti. — Vamos tentar igual. Você vai se apaixonar e mudar de idéia. – Gargalhei.

— Você é muito sonhadora, menina. Mas como eu não tenho nada para fazer mesmo. Vamos ao jantar... Vamos chegar juntas?

— Não... Eu prezo minha vida. Você espera eu entrar, depois passa pela nossa mesa e eu te convido para se juntar a nós.

— Tudo arquitetado.

— Sim. – Ela disse sorrindo. Entrou no restaurante e eu fiquei pensando seriamente em ir embora, mas militares tem um lance sério com promessas.

Entrei no restaurante, caminhei até o bar, mas Alexandra fingida me chamou.

— Tenente Zor-El? – Olhei para ela e a grossa revirou os olhos. — Se lembra de mim? A menina que foi assediada na frente da escola...

— Por sua culpa. – A olhos verdes falou e Alexandra a repreendeu com um olhar, ela apenas deu os ombros.

— Desculpa por isso.

— Tudo bem, não se preocupe.

— Se junte a nós, não pedimos ainda.

— Alexandra!

— Pare de ser ranzinza Lena. Ela nos ajudou e é só um jantar. Sente-se Tenente.

— Ok... Obrigada. – Me sentei ao lado de Alexandra e de frente para Lena. Que se limitava a revirar os olhos e bufar a cada pergunta que eu respondia para Alexandra. Lena pediu licença e foi até o banheiro. — Isso é loucura... Ela me odeia. Ela nem me olhou... É minha roupa? Meu cabelo está ruim?

— Não. Você está linda... Lena que é complicada demais. Vamos aproveitar esse jantar, não ligue para ela mais. – Assenti e nossos pedidos chegaram. Lena voltou.

Então, Alexandra e eu a ignoramos totalmente, para a idade de Lexie, ela é uma garota muito madura e super divertida. Lena não tirou a carranca a noite toda.

— Vocês parecem um casal. – Ela falou e então voltamos a atenção para ela.

— Como? – Lexie perguntou.

— Sei lá... Vocês conversam tanto, você deu sua comida na boca dela, para ela provar. Parecem um casal.

— Que idade você tem, Kara?

— 23.

— Eu tenho 16. É uma diferença grande pra você? – Ela falou me cutucando com o pé.

— Não.

— Quem sabe não viramos mesmo um casal.

— Você só pode estar louca. Assediando menores, Zor-El?

— Nunca faria isso.

— Ela não está me assediando... Eu estou assediando ela. – Ela piscou para mim e eu sorri.

— Ela tem idade para ser sua...

— Cunhada? – Lena ficou vermelha e eu senti meu rosto esquentar.

— Irmã, Alexandra! Irmã mais velha! Melhor eu ir... Essa noite já deu pra mim. Você vai pagar Zor-El? Deve ser uma coisa de militar ter que pagar e essas coisas... – Assenti. — Tchau para você. Vamos Lexie. – Alexandra ficou me olhando de uma maneira estranha. Deixou a irmã sair pisando forte.

— Faça alguma coisa...

— Qual prova mais você quer? Ela me odeia e agora acha que sou uma pedófila.

— Vai atrás dela... Faz alguma coisa! – Resmunguei e alcancei dinheiro para ela pagar a conta. Saí do restaurante e segui Lena. A puxei pelo braço e colei nossos corpos.

— Qual é o problema comigo? Você não me dá uma chance. O que eu fiz de errado para você?

We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora