Kara Zor-El | Point of View
Depois do treinamento intensivo, estávamos preparados para o ataque. Eu nunca senti tanto medo na minha vida, na guerra temi por não voltar para Lena, agora o medo é duplo, não voltar para Lena e não ter a oportunidade de ver o rostinho do meu pequeno.
— Minha soldadinho de chumbo... Está muito pensativa ultimamente.
— Estou pensando na sorte que tenho, por ter você e nosso pequeno... – Falei alisando a barriga dela. — Quero muito que ele se pareça comigo e tenha seus olhos.
— Não! Ele tem que ser seu clone.
— Pobre garoto! Quero que ele se pareça, não que seja idêntico.
— Pare Kah! Você sempre se colocando para baixo. Você é linda... É perfeita, todos se espantam com as coisas que você faz por mim. Eu sempre sonhei com um casamento como o dos meus pais, mas minha mãe me disse que o meu pai nunca fez metade por ela do que você faz por mim. – Ela sentou ao meu lado. — Não sei por que você se sente assim, mas não tem motivos. Olha essa boca... Esse sorriso... Seus traços e esses olhos lindos. Fora esse corpo perfeito, com esse tanquinho e braços definidos. Essas coxas e essa bunda maravilhosas... Fora aquele atributo enorme que você sabe usar tão bem. Você sabe que eu te amo, mas não estou falando isso para te agradar. Eu penso tudo isso mesmo. – Eu comecei a chorar. — Não chora, amor... Não fique assim. – Ela me abraçou forte. — Queria te entender melhor, para poder retribuir todo o bem que você me faz.
— Você retribui. Olha para você... Eu só não entendo.
— O que você não entende? – Ficamos nos encarando um tempo.
— Nada. – A peguei no colo e a levei para nosso quarto. — Boa noite, Lee.
— Boa noite, soldadinho.
Ficamos nos beijando e trocamos algumas carícias. Depois pegamos no sono.
[•••]
Quando estávamos no caminho da emboscada, meu celular tocou. Era meu pai.
— Kara! Volte agora para casa! Não se arrisque deste jeito.
— Como se você se importasse.
— Pare de tentar chamar minha atenção...
— Eu estou pouco me ferrando para sua atenção. O Marechal impôs minha presença e eu não vou desapontá-lo. Ele confia em mim... Ele me considera e trata como filha.
— Você está louca... Uma esposa grávida... Você não merece uma mulher como Lena mesmo. Vou viver cem anos e não vou entender o que uma mulher como Lena quer com você.
Eu desliguei o celular. Eu estava tremendo e Alex segurou minha mão.
— O que houve? – Olhei para os lados.
— Meu pai. Ele disse que estou fazendo isso pela atenção dele e ele não entende o que uma mulher como a Lena quer comigo.
— Já odeio seu pai. Até eu que sou sapatão aceitaria casar com você, imagina ela.
— Pare de tolices. – Ela arqueou uma sobrancelha.
— Pessoal? – Todos olharam. — Estamos em um clima pesado aqui. Quero fazer uma pesquisa. Quem aqui tentaria me beijar em uma balada, se não me conhecesse pessoalmente? – Quase todos levantaram a mão. — E depois de me conhecer? – Só dois levantaram a mão e eles estavam um pouco relutantes. — E a Zor-El, sem conhecer pessoalmente? – Todos levantaram a mão. — E conhecendo. – Só dois não levantaram a mão. — Obrigada. Viu você é uma bela puta, Zor-El. Eu pagaria muito para dormir com você.
— Obrigada pelos elogios, cafetina. – Ela gargalhou e eu voltei a pensar no que estava fazendo... Meu pai tem razão... Lena é uma mulher incrível.
— Não ligue para essas bobagens agora, Kara. Você tem que estar focada para voltar para casa.
— Sim.
Chegamos e a patrulha das forças especiais estava a nossa espera. Nós estávamos com as armas mais potentes e eles já analisavam essa turma faz tempo. Eles sabem todos os passos e contatos.
— Todos com colete? – O capitão deles me perguntou.
— Sim. É aqueles com tinta vermelha. – Caso ficássemos desmaiados com o impacto da bala, eles pensariam que estávamos mortos, pois a tinta imitava o sangue real e posso afirmar que é muito parecido mesmo.
— Bom... A Capitã Oliveira está lhe aguardando na van.
— Você não é o capitão?
— Não. Pode ir até lá. – Assenti e caminhei até a van. Ela abriu a porta após minhas batidas.
— Olá General Zor-El, sou a Capitã Gabryella Oliveira. É um prazer conhecê-la.
— Prazer Capitã. Como agiremos?
— Nos dividiremos em quatro grupos, pois existem quatro entradas no complexo. Uma na frente, uma nos fundos, uma pelo duto de ventilação e uma subterrânea. Nós tentaremos prendê-los, mas o governo autorizou a morte de todos, caso a resistência seja muita.
— Isso é arriscado.
— Sim, muito. Podemos começar? – Assenti e fui até a minha van. Peguei meu celular e liguei para Lena.
— Kah!
— Oi amor! Como você está?
— Deixe-me ver... Bem e morrendo de saudade de você. Faz duas horas e eu já estou morrendo de saudade.
— Eu também, amor. Estou fazendo uma coisa aqui e assim que terminar, vou correndo te ver.
— Promete?
— Prometo.
— Estou angustiada... Faz dias que estou assim. Você está bem?
— Estou amor. Só com saudade de você também. Daqui a pouco vou correndo te ver.
— Vou te esperar. Te amo muito!
— Lena... Você é incrível. Vou te amar para sempre!
— Eu também, Kah. Pra sempre!
Encerrei a ligação e Alex me olhava apreensiva.
— Você pareceu se despedir.
— Não sabemos o que acontecerá... E depois do que passamos, sabemos que nenhuma guerra é 100% garantida.
— Vamos ficar bem. Agora que eu estou pegando alguém, não posso morrer.
— Milagres acontecem.
— Há há! Falando nisso, eu vou dar uma surra no seu cunhado na próxima que ele aprontar.
— Fique a vontade. Aquele moleque teve a mesma criação das meninas, mas virou um mimadinho estúpido.
— Vai ser um mimadinho estúpido banguela.
— Vamos logo, Danvers. Preciso ver minha esposa. – Ela colocou a mão em meu ombro.
— Vai ficar tudo bem. – Assenti e acatamos as ordens da Capitã Oliveira.
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We Found Love - Adaptação Karlena
Fanfiction[A D A P T A Ç Ã O] Uma Empresária e uma Militar... Duas pessoas super centradas, sem vontade de curtir e vivendo para o trabalho. Talvez elas só estejam se distraindo, enquanto esperam... Kara Zor-El G!P ===================================== [Adapt...