Capítulo 82 - Nascimento

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Kara Zor-El  |  Point of View




Quando um choro ecoou no quarto, depois de um grito agoniado de Lena, a expressão de alívio dela me fez relaxar. Depois de uns minutos, trouxeram uma trouxinha de panos. Era nosso pequeno, que chorava e batia os bracinhos.

— Kah... Nosso pequeno. – Ela disse emocionada e eu beijei a testa dela.

— Ele é lindo, Lee. O bebê mais lindo do mundo. – Lena e ele ficaram um tempo se cheirando.

— Quer pegar? – Eu assenti. Ela me alcançou ele.

Nossa! Eu já nem sentia mais o meu corpo. Me senti levitando e com a sensação de sermos só nós dois no mundo. Mesmo com a máscara, beijei a testa dele. Meu pequeno militar...

— Agora precisamos fazer uns pequenos procedimentos. – Assenti e entreguei o pequeno a Lena. Ela cheirou ele e depois o entregou a enfermeira. Abracei Lena e ficamos assim um tempo.

— Vamos para o quarto? – A enfermeira perguntou.

— Sim. – Lena concordou.

— Vou avisar seus pais que está tudo bem. – Ela assentiu.

— Saí da ala e tirei a máscara e o avental. Me senti voando até a sala de espera. Sensação que acabou, assim que avistei Robert conversando com um enfermeiro. Estavam todos ali, Meus sogros, mãe e irmã. Lexie e Katherine, Alex e Sam.

Todos sorriram quando me avistaram, mas eu parei em frente ao meu pai.

— Saia daqui agora! – Fechei as mãos em punho.

— O que é isso, filha? Como está o garoto e Lena?

— Não me chame de filha e saia daqui agora. Antes que eu quebre essa sua cara.

— Você enlouqueceu?

— Quer que eu conte o motivo da minha loucura aqui, na frente de todo mundo? – Ele olhou para todos e eles estavam apreensivos. Ele virou as costas e saiu.

— Isso não vai ficar assim! – Ele apontou o dedo para mim e eu caminhei rápido em direção a ele, mas Alex me segurou.

— Não vai mesmo. Agradeça por minha mãe e minha irmã estarem aqui. – Me soltei de Alex. Depois que o vi saindo pela porta. — Desculpem por isso. Meu filho nasceu! Ele é lindo e Lena está bem. Já foi para o quarto, daqui a pouco vão nos chamar para vê-los. – Eles comemoraram e minha mãe me puxou para o lado.

— O que está acontecendo entre você e seu pai?

— Pai? Ele, meu pai? Mãe, eu não quero magoar a senhora nesse dia especial. Vamos aproveitar esse momento... Outro dia conversamos direito.

— Tudo bem. Bom... Oficialmente avó?

— E eu oficialmente mãe. Meu filho é lindo, mãe. Ele é perfeito. – Ela beijou minha bochecha.

— Já está bancando a mãe babona.

— Sim. Sou esposa e mãe babona assumida. – Eu suspirei. — Vou idolatrar minha esposa umas mil vezes mais... Ela passou um sufoco enorme para ter nosso pequeno.

— Vai idolatrar mais? Isso é possível?

— É mãe. Ela merece. Ela merece o mundo.

— Kara Zor-El? – Levantei a mão. — Sua esposa a aguarda no quarto. – Assenti.

— Daqui a pouco chamo vocês. – Eles assentiram.

Acompanhei a enfermeira.

— Você é nova... Que idade você tem?

— Vinte e sete.

— Sério? – Assenti. — Não parece. Daria uns vinte para você. Ela ficou me olhando e depois abriu a porta do quarto. Lena estava com nosso pequeno no colo.

— Olha quem chegou... A mama Kah. Ela cantava para você.

— Como você está, meu anjo?

— Cansada e extremamente feliz. – Olhei para o pequeno que erguia a mãozinha em minha direção. — Acho que ele reconheceu sua voz. – Ela disse e estendeu ele para que eu o pegasse.

— Hey, meu pequeno! Que sufoco heim... – Eu já andei por desertos com 10 granadas nas mãos, mas nada se compara ao medo que estou de derrubar ele agora. — Melhor você segurar... – Eu disse e ela estranhou, mas o pegou. — Vou chamar o pessoal.

— Kah... O seu pai está aí?

— Estava, mas eu o dispensei... Se não fosse minha irmã... Eu o arrebentaria inteiro, mas ainda vou fazer isso.

— Kah... Não vale a pena...

— Lena... Já fez sua parte. Agora me deixe resolver isso ao meu modo.

— Não quero que se machuque...

— Eu já estou destroçada.

— Fisicamente...

— Não se preocupe com isso. Só com nosso pequeno.

— Venha me dar um beijo então...

— Ok. – Me aproximei e selei nossos lábios.

— Elas nunca nos chamariam. – Lexie disse. — Respeitem o filho. – Todos sorriram.

— Ele é tão lindo. – Minha mãe falou. — Posso pegar?

— Claro. – Lena o entregou e Liza puxou minha calça. Eu a peguei no colo.

— Ele é meu sobrinho?

— É sim. O que achou dele?

— Ele é tão pequeno. Mas... Achei ele fofo!

— Como se sente?

— Com medo. Sei que estou crescendo, mas não quero perder sua atenção.

— Hey pequena. Você sempre será minha bonequinha. Mesmo com 18 anos ou mesmo quando estiver casando. Nunca vai perder minha atenção e quando você fizer uns dezesseis anos, você vai reclamar dela.

— Porque você brigou com o papai?

— Ele e eu nunca nos entendemos, pequena. Você é muito nova para entender isso.

— Por isso ele não leva você para tomar sorvete?

— É. Agora... Que tal irmos à padaria ali na frente e comermos um pedaço de bolo? Está muito cheio aqui.

Falei ao ouvido de Lena, que minha irmã estava tendo um acesso de ciúmes e disse que a levaria para comer. Ela assentiu e me puxou para um beijo.

— Não demore. – Assenti.

Antes de voltar para o quarto, decidi ir ver meu pequeno no berçário. Ele era o garotão mais lindo daquele lugar... E do mundo. Minha mãe havia ido pegar Eliza na padaria e queria que eu fosse a casa dela, comer algo decente e dormir. Pedido devidamente recusado.


Lena Luthor  |  Point of View


Eu estava cochilando e acordando. Eu tenho uma terrível necessidade de ter Kara por perto para dormir tranquila. Bufei frustrada e quando olho para porta, Robert está ali. Parado e me encarando.

— Lena... Você continua impressionantemente linda, mesmo tendo acabado de dar a luz. Que vida injusta essa. Você não deveria ter contado a Kara sobre nossa conversa... Ela vai me impedir de ficar perto de você e... Isso eu não vou aceitar.

— É melhor você sair daqui... Se a Kara chegar, ela vai te matar.

Continua...

We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora