Capítulo 90 - Aconteceu

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Kara Zor-El  |  Point of View




Cheguei a minha casa e o cheiro maravilhoso do jantar fez minha barriga roncar. Deixei minha boina no guarda
casacos e subi para o quarto. Tomei um banho demorado. Coloquei uma bermuda e uma camiseta de mangas compridas. Desci até a cozinha onde meus amores cozinhavam juntos.

— Olha quem chegou. – Eu disse e meu moleque se jogou contra meus braços.

 – Eu disse e meu moleque se jogou contra meus braços

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— Papa... Que saudade.

— Hey garotão. Eu também senti saudade. – Caminhei até Lena e selei nossos lábios demoradamente. — Oi amor.

— Oi Kah.

Sentei e coloquei-o sentado em minha coxa.

— Como foi na escola?

— Bem. Hoje jogamos futebol, mas eu não sou muito bom e os meninos me chamaram de boiola mimado.

— Que meninos? – Lena perguntou. — Por que não disse quando te peguei na escola? Eu teria conversado com a orientadora.

— É, filho porque não contou para mama?

— Queria contar para as duas juntas. O que é boiola mimado?

— Boiola usam para pessoas afeminadas, um termo pejorativo para homossexual. – Lena disse.

— Homossexuais são pessoas iguais que se amam? – Ele perguntou e ela assentiu. — Então não preciso me preocupar, pois eu não sou.

— Não é assim, pequeno general. Isso é errado, isso é crime hoje em dia, sendo ou não, eles não podem expor você assim. Amanhã sua mãe e eu vamos conversar com a diretora da sua escola.

— Tudo bem. Mas eles vão pegar no meu pé em dobro.

— Aí, sua papa te troca de escola. – Lena disse.

— Então tá. Vou buscar meu caderno para você ver, papa. – Assenti e ele beijou minha bochecha. Caminhei até Lena que estava pensativa.

— Aconteceu alguma coisa, Lee? – Ela me olhou por um tempo e depois me abraçou.

— Não. Só sinto falta de você. Estamos nos vendo cada vez menos. – Eu a abracei.

— Eu sei, amor. Mas tem um monte de gente se inscrevendo no meu QG. É difícil de me organizar.

— Tudo bem. Foi só uma observação. – Ela disse e voltou a cozinhar.

Analisei o caderno do meu pequeno general e ele estava impecável, devidamente organizado e sem rasuras. Entreguei a ele dez dólares e ele correu para guardar no cofrinho dele. Ele vai ficar mais rico que eu, se continuar deste jeito.

Jantamos e fomos para o quarto do nosso pequeno, ele escovou os dentes e colocou o pijama. Deitou na cama em formato de tanque militar e eu o cobri. Ficamos os três conversando um pouco até ele pegar no sono. Fomos para nossa cama, Lena deitou e eu tranquei a porta. Tirei a roupa, ficando apenas de cueca.

Lena apagou o abajur dela e ficou olhando o teto, muito pensativa.

— O que aconteceu, amor?

— Nada.

— Olha... Eu sei que estou trabalhando demais, mas prometo que em duas semanas tudo se acalmará e eu ficarei mais em casa.

— Promete?

— Prometo. E quando eu prometo... Eu cumpro. – Ela se virou e me beijou, a língua dela acariciava a minha de forma sensual e às vezes eu mordia de leve o lábio inferior dela. Ela levou a mão na minha cueca e começou a acariciar meu membro quase duro. Ela dormia nua e eu adoro isso. A fiz ficar de costas para mim e beijei a nuca e as costas dela várias vezes.

Levantei um pouco a perna dela e guiei meu pau até a entrada dela. Coloquei devagar e ela apertou minha mão que estava na cintura dela. Comecei um vai e vem frenético, que fazia um barulho excitante quando nossos corpos se chocavam. Ela mordia o travesseiro e as mãos apertavam forte o lençol. Estoquei fundo nela, fundo e rebolei dentro. Duas vezes e ela gozou, batendo em mim e me xingando baixinho. As paredes dela me apertaram e eu gozei também. Nos cobri e liguei o ar condicionado. A puxei para bem perto e ela abraçou meus braços. Pegamos no sono.


[•••]


No outro dia, estávamos arrumados e Lorenzo esperando na porta. Como eu, ele odeia atrasos.

Deixamos ele na sala de aula e caminhamos até a ala da direção. A secretária nem nos anunciou, só abriu a porta e ofereceu de tudo.

— Um café forte e sem açúcar e uma água. – Lena falou e nos sentamos em frente a diretora.

— Que honra recebê-las em minha sala. Em que posso ajudar? – A secretária veio com o que Lena pediu e eu peguei o café.

— Senhora Dirac. Temos um problema, nosso filho foi chamado de boiola mimado na aula de ontem.

— Queremos providências ou o trocaremos de escola. – Eu disse e Lena assentiu.

— Perdão, Sras. Zor-El. Realmente não soube deste caso, mas fiquem tranquilas, resolveremos isso hoje e não vai se repetir. Dou minha palavra.

— Assim esperamos. Trabalhamos muito e só o colocamos aqui porque disseram que é a melhor escola. – Lena disse.

— Sim. Fiquem tranquilas, pois cuidarei pessoalmente deste caso e não vai haver retaliação sobre ele. Fiquem tranquilas.

— Assim esperamos. – Eu disse.

— Obrigada, Sra. Dirac.

— Desculpe o transtorno. – Saímos e nos despedimos na frente dos carros.



[•••]



Cheguei meio dia em casa e Lena estava no sofá, com aquela carinha pensante. Inclinei-me para beijá-la e ela correu para o nosso quarto. Quando cheguei, ela estava escorada no vaso e vomitando. Segurei os cabelos e a testa dela. Até ela terminar. Depois ela se escovou e eu sentei na nossa cama. Ela parou na minha frente.

— Desculpe, Kah. Sei que você não queria, mas aconteceu...

— Aconteceu?

— Estou grávida. – Eu demorei um pouco para processar isso na minha cabeça.

— Grávida?

— Sim. Estou tentando dizer isso há dias, mas você disse que não queria... – Eu a beijei.

— Vamos ter uma pequena? – Ela assentiu. — Oh Deus. Isso é incrível, Lee. Vamos ter outro bebê.

— Tudo bem?

— Tudo ótimo. Vamos ter outro bebê e ele ou ela será muito bem vindo. Eu amo você, Lee. – Ela me abraçou forte.

— Que alívio, Kah. Eu também te amo muito.

Ficamos calculando quando havíamos concebido nosso pequeno e depois fomos buscar Lorenzo, que adorou a idéia de ter um irmão.

Ficamos calculando quando havíamos concebido nosso pequeno e depois fomos buscar Lorenzo, que adorou a idéia de ter um irmão

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We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora