Kara Zor-El | Point of View
Estou trocando o curativo da minha perna, ela está quase cicatrizada.
— Lena? – Samantha me chamou. — Abre a janela do meu quarto? Ela emperrou de novo. — Tudo bem.
— A Lena vai fugir durante a noite. Ela virou faz tudo aqui. – Patrícia falou.
— Não me importo. Eu gosto, e é um jeito de passar meu tempo e ajudar vocês. Retribuir o que vocês estão fazendo por mim. Eu estou dando trabalho.
— Não repita isso. É bom ter alguém novo aqui. Essa casa é muito distante de tudo, mas é a única forma de ficar longe da guerra.
— Ok. Mas eu vou compensar isso. Tem algum tipo de óleo? Pra janela.
— Pegue no porão. – Fui até lá, peguei e fui para o quarto.
Quando voltei até a sala, a Patrícia estava colocando um toca discos antigo sobre a mesa.
— Será que você consegue arrumar?
— Posso tentar. Vou pegar uma caixa de ferramentas na garagem. – Elas assentiram.
Fiquei meia hora memorizando cada lugarzinho das peças. Desmontei e achei um rolamentinho quebrado. Fui até a garagem e procurei algo parecido com aquilo. Coloquei no lugar e o remontei. Coloquei o disco que estava nele e o liguei. A música começou a tocar.
— Lena é mil e uma utilidades. – Samantha falou.
— Amo essa música. – Patrícia falou.
— Quando aquela música começou... Meu coração acelerou e minha cabeça doeu.
— Essa música é velha e melosa. – Samantha falou.
— Não é velha, é clássica. – Falei essa frase no automático e isso fez um turbilhão de sentimentos e lembranças ecoarem em minha cabeça.
— Lena tem bom gosto. – Fiquei tonta e me escorei na mesa. — Lena? Você está bem?
— Meu nome é Kara... Kara Zor-El.
— Kara? – Ela franziu a cenho. — Você se lembra? Oh meu senhor! Você recuperou a memória...
— Por causa da música velha... – Patrícia falou e elas me abraçaram. — Quer contar a sua história?
— Meu nome é Kara Zor-El. Me candidatei como voluntária no Iraque. Mas fui convocada dessa vez para uma missão de um ano. Sou filha do General do QG da minha cidade e sou Tenente. Lena é minha namorada, e nós duas amamos essa música. – Elas sorriram. — Minha mãe deve estar surtando... Tenho uma irmãzinha de sete anos. – Olhei para o meu dedo e minha aliança havia sumido. — Nossa tropa foi sequestrada por terroristas, mas a van capotou e acho que só eu sobrevivi.
— Amanhã mesmo vamos ao parlamento. Nunca iríamos conseguir procurando por Lena.
— É muito amor... Muito fofo você só se lembrar o nome dela.
— Eu a amo! Agora sinto muita falta deles. Que dia é hoje? – Samantha me alcançou o calendário. — Faz quase um ano e meio que não os vejo.
— Amanhã acabamos com isso. Seu cargo é importante, devem estar todos loucos atrás de você.
— Sim... Tenente. Isso é tão estranho.
— Será que vão te fazer voltar pra esse inferno?
— Bom, o correto é que eu retorne e fique por sete meses, depois uma folga de cinco meses. Mas depois dessa... Melhor não abusar da sorte.
— Sim. É muito perigoso.
— Vocês podiam ir pra minha cidade. Uma vida longe deste tormento.
— Não conhecemos ninguém lá.
— Me conhecem, tem mais oportunidades de emprego e fica mais fácil da Sam estudar. Pensem... Eu organizo tudo se vocês aceitarem.
— Obrigada... Vamos pensar sim.
— Depois contei um pouco mais sobre mim e fomos deitar.
No outro dia, fomos ao parlamento. Na hora que falei meu nome, uma movimentação geral começou. Quando o garoto foi ligar avisando meu pai, não deixei, preferi fazer uma surpresa.
— Você quer matá-los?
— Eles são fortes e eu gosto de uma entrada triunfal. – Ele gargalhou.
— Vamos torcer para eles serem fortes mesmo. Irritados eu sei que eles são. – Minha vez de gargalhar.
— Esse é o representante do parlamento que falou com ele. Vocês vão juntos no jatinho do governo.
— Vou me despedir da minha segunda família.
Ele assentiu e eu caminhei até a recepção.
— Acho que está na hora da despedida. – Samuel falou.
— Espero que pensem na minha proposta. Lá existe muita oportunidade. – Anotei meu número em um papel e entreguei pra eles. — Pensem com carinho, seria uma honra ajudar meus heróis.
— Você quase morreu em uma guerra. Deixou sua família e seu amor por uma pátria egoísta. Você é a única heroína aqui. – O abracei e depois me despedi de todos.
— Esperem um pouco. – Avistei Eliot na recepção e o chamei. — Pode pedir para uma viatura levar eles até em casa.
— Não precisa... – Patrícia falou.
— Só um agradinho. Espero a ligação de vocês. Samantha os convença. – Ela sorriu e eles se foram.
A viagem demorou um ano. Minha ansiedade chegou primeiro. Quando chegamos, ele pegou um carro alugado e fomos para o QG. Entramos e o pessoal começou a me cumprimentar chorando. O representante Edward foi anunciado. E depois de um tempo, meu pai o recebeu. Quando entramos na sala, meu pai caiu sentado novamente e levou as mãos à boca.
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Parabéns Gaby__SILVA04 acertou em cheio 😘
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We Found Love - Adaptação Karlena
Fanfiction[A D A P T A Ç Ã O] Uma Empresária e uma Militar... Duas pessoas super centradas, sem vontade de curtir e vivendo para o trabalho. Talvez elas só estejam se distraindo, enquanto esperam... Kara Zor-El G!P ===================================== [Adapt...