Capítulo 31 - Sailing

5.1K 541 393
                                    

Kara Zor-El  |  Point of View


Estou trocando o curativo da minha perna, ela está quase cicatrizada.

— Lena? – Samantha me chamou. — Abre a janela do meu quarto? Ela emperrou de novo. — Tudo bem.

— A Lena vai fugir durante a noite. Ela virou faz tudo aqui. –  Patrícia falou.

— Não me importo. Eu gosto, e é um jeito de passar meu tempo e ajudar vocês. Retribuir o que vocês estão fazendo por mim. Eu estou dando trabalho.

— Não repita isso. É bom ter alguém novo aqui. Essa casa é muito distante de tudo, mas é a única forma de ficar longe da guerra.

— Ok. Mas eu vou compensar isso. Tem algum tipo de óleo? Pra janela.

— Pegue no porão. – Fui até lá, peguei e fui para o quarto.

Quando voltei até a sala, a Patrícia estava colocando um toca discos antigo sobre a mesa.

— Será que você consegue arrumar?

— Posso tentar. Vou pegar uma caixa de ferramentas na garagem. – Elas assentiram.

Fiquei meia hora memorizando cada lugarzinho das peças. Desmontei e achei um rolamentinho quebrado. Fui até a garagem e procurei algo parecido com aquilo. Coloquei no lugar e o remontei. Coloquei o disco que estava nele e o liguei. A música começou a tocar.

— Lena é mil e uma utilidades. – Samantha falou.

— Amo essa música. – Patrícia falou.

— Quando aquela música começou... Meu coração acelerou e minha cabeça doeu.

— Essa música é velha e melosa. – Samantha falou.

Não é velha, é clássica. – Falei essa frase no automático e isso fez um turbilhão de sentimentos e lembranças ecoarem em minha cabeça.

— Lena tem bom gosto. – Fiquei tonta e me escorei na mesa. — Lena? Você está bem?

— Meu nome é Kara... Kara Zor-El.

— Kara? – Ela franziu a cenho. — Você se lembra? Oh meu senhor! Você recuperou a memória...

— Por causa da música velha... – Patrícia falou e elas me abraçaram. — Quer contar a sua história?

— Meu nome é Kara Zor-El. Me candidatei como voluntária no Iraque. Mas fui convocada dessa vez para uma missão de um ano. Sou filha do General do QG da minha cidade e sou Tenente. Lena é minha namorada, e nós duas amamos essa música. – Elas sorriram. — Minha mãe deve estar surtando... Tenho uma irmãzinha de sete anos. – Olhei para o meu dedo e minha aliança havia sumido. — Nossa tropa foi sequestrada por terroristas, mas a van capotou e acho que só eu sobrevivi.

— Amanhã mesmo vamos ao parlamento. Nunca iríamos conseguir procurando por Lena.

— É muito amor... Muito fofo você só se lembrar o nome dela.

— Eu a amo! Agora sinto muita falta deles. Que dia é hoje? – Samantha me alcançou o calendário. — Faz quase um ano e meio que não os vejo.

— Amanhã acabamos com isso. Seu cargo é importante, devem estar todos loucos atrás de você.

— Sim... Tenente. Isso é tão estranho.

— Será que vão te fazer voltar pra esse inferno?

— Bom, o correto é que eu retorne e fique por sete meses, depois uma folga de cinco meses. Mas depois dessa... Melhor não abusar da sorte.

— Sim. É muito perigoso.

— Vocês podiam ir pra minha cidade. Uma vida longe deste tormento.

— Não conhecemos ninguém lá.

— Me conhecem, tem mais oportunidades de emprego e fica mais fácil da Sam estudar. Pensem... Eu organizo tudo se vocês aceitarem.

— Obrigada... Vamos pensar sim.

— Depois contei um pouco mais sobre mim e fomos deitar.

No outro dia, fomos ao parlamento. Na hora que falei meu nome, uma movimentação geral começou. Quando o garoto foi ligar avisando meu pai, não deixei, preferi fazer uma surpresa.

— Você quer matá-los?

— Eles são fortes e eu gosto de uma entrada triunfal. – Ele gargalhou.

— Vamos torcer para eles serem fortes mesmo. Irritados eu sei que eles são. – Minha vez de gargalhar.

— Esse é o representante do parlamento que falou com ele. Vocês vão juntos no jatinho do governo.

— Vou me despedir da minha segunda família.

Ele assentiu e eu caminhei até a recepção.

— Acho que está na hora da despedida. – Samuel falou.

— Espero que pensem na minha proposta. Lá existe muita oportunidade. – Anotei meu número em um papel e entreguei pra eles. — Pensem com carinho, seria uma honra ajudar meus heróis.

— Você quase morreu em uma guerra. Deixou sua família e seu amor por uma pátria egoísta. Você é a única heroína aqui. – O abracei e depois me despedi de todos.

— Esperem um pouco. – Avistei Eliot na recepção e o chamei. — Pode pedir para uma viatura levar eles até em casa.

— Não precisa... – Patrícia falou.

— Só um agradinho. Espero a ligação de vocês. Samantha os convença. – Ela sorriu e eles se foram.

A viagem demorou um ano. Minha ansiedade chegou primeiro. Quando chegamos, ele pegou um carro alugado e fomos para o QG. Entramos e o pessoal começou a me cumprimentar chorando. O representante Edward foi anunciado. E depois de um tempo, meu pai o recebeu. Quando entramos na sala, meu pai caiu sentado novamente e levou as mãos à boca.

===================================
Parabéns Gaby__SILVA04 acertou em cheio 😘

===================================Parabéns Gaby__SILVA04 acertou em cheio 😘

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
We Found Love - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora