Kara Zor-El | Point of View
No jantar contei tudo que passei por lá.
— Depois que saí da frente da metralhadora, meu general ficou no meu posto por 30 segundos e depois de me fazer gargalhar, a cabeça dele explodiu e enquanto eu limpava meu rosto, e tirava os pedaços dele da minha farda, eu ouvia um gritando “Explodiu. Explodiu”. Senti uma dor na cabeça e apaguei.
Quando acordei, estava em uma van, com uma arma apontada na cabeça, peguei um isqueiro e tentei queimar a corda. Quando consegui, alguém também conseguiu e começaram a atirar dentro da van. O gênio acertou o motorista e a van capotou. Quando acordei novamente, minha cabeça doía e eu não lembrava nada, do porque estava ali. Caminhava e quando eu não aguentava mais a dor, eu me arrastava. Caminhei por um bom tempo, avistei uma casa no meio do nada. Na hora por conta da falta de memória, nem pensei que poderiam ser inimigos. Bati na porta e uma morena abriu. Novamente apaguei. Acordei com ela de vigia, os Árias me trataram muito bem, fizeram curativo e me levaram no médico. Mas como eu só conseguia lembrar do nome Lena, quando eles iam ao parlamento, porque eu não podia caminhar muito, ninguém procurava por Lena nenhuma. - Lena me abraçou de lado e repousou a cabeça nas minhas costas. — E virei meio que uma faz tudo lá. Arrumei do chuveiro ao carro.
— Bem a sua cara. – Minha mãe falou.
— Sim. Quando a Patrícia pediu pra ver se eu conseguia arrumar um toca discos antigo... Foi aí que recuperei minha memória. Começou a tocar Sailing e um turbilhão de memórias voltou com a música. E agora estou aqui.
— Isso parece filme. – Matt falou.
Depois de conversamos mais um pouco, fui até a varanda e respirei um pouco. Estava cansada e com uma dor de cabeça horrível. Senti minha cintura ser abraçada, era Lena.
— Está bem amor? – Ela disse e beijou minha nuca.
— Estou com dor de cabeça. – Me virei e a abracei. Com o rosto em seu pescoço, ela beijou meu rosto e pescoço.
— Vou cuidar de você agora. Não fique triste, não foi sua culpa. – Me endireitei e fitei seus olhos.
— Como você sabe?
— Vi como ficou depois que falou do General. Não foi sua culpa.
— Não consigo não pensar em certas coisas.
— Vou buscar um analgésico pra você. Já volto. – Ela me deu um selinho demorado e saiu. Matt se aproximou.
— Oi guerreira.
— Oi.
— Então... Não tem nenhuma história da guerra pra contar.
— Tenho várias!
===== Flashback On =====
Estávamos no centro da cidade e um homem se aproximou, gritando que estava com uma bomba no corpo. Todos apontaram as armas para ele, mas o tradutor começou a gritar.
— Não atirem. Ele é um homem bom, colocaram a bomba nele, mas ele desistiu. – O homem caminhou um pouco.
— Não se aproxime. Fale pra ele ficar onde está. – O General gritou e o tradutor falou com o homem que insistia em andar. — Mais um passo e abriremos fogo. – Quando o tradutor gritou o alerta do General, o homem parou e começou a chorar. Cheguei perto do tradutor.
— Diga pra ele abrir a blusa. – Falei e o General se aproximou.
— Não Tenente, ele está nos enganando.
— Eu não tenho certeza.
— Me aproximei e o homem andou até mim. Pedi para o tradutor o mandar deitar no chão e ele o fez.
— Oi. – Peguei um alicate no bolso. Ele fala um monte de coisas.
— Ele disse que tem mulher e três filhos. – Cortei o fio amarelo e retirei a bomba do corpo dele.
— Diga pra ele que pense na mulher e nos filhos antes de pendurar uma bomba no corpo.
===== Flashback Off =====
— Ele me agradeceu e foi embora. – Lena me trouxe a água e o analgésico. Tomei.
— O que conversamos sobre perguntas da guerra?
— Desculpe Tess.
— Vamos pra sala. – Lena me puxou pela mão e meus pais conversavam animados com os pais dela. Bonnie e Lexie estavam na bolha delas. Lena foi até o som e colocou uma música. Me puxou para um canto da sala e começou a dançar comigo.
— Dançamos agora? – Perguntei.
— Não gosta?
— É diferente... Mas é bom.
Ficamos dançando, depois de um tempo, Lexie e Bonnie se juntaram a nós. Lena escondeu o rosto na curva do meu pescoço. Senti uma lágrima escorrendo no mesmo.
— Hey! Não chore minha linda. Eu estou aqui.
— Por cinco meses? Depois vamos passar por tudo de novo?
— Depois conversamos sobre isso. Vamos aproveitar a música boa.
— Percebi que não sou nada sem você, Kara.
— Eu também não vivo sem você, mas eu já sabia disso antes da guerra. Amo você, Lena. Você me fez questionar muito sobre tudo. Vamos sentar e conversar sobre isso, mas hoje eu só quero aproveitar a parte boa. – Ela assentiu.
— Desculpe.
— Tudo bem. – Quando percebemos, todos estavam nos acompanhando na dança. Até Matt dançava com Liza. Ficamos com as músicas bregas e melosas até tarde.
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We Found Love - Adaptação Karlena
Fanfiction[A D A P T A Ç Ã O] Uma Empresária e uma Militar... Duas pessoas super centradas, sem vontade de curtir e vivendo para o trabalho. Talvez elas só estejam se distraindo, enquanto esperam... Kara Zor-El G!P ===================================== [Adapt...