We Found Love - Adaptação Karlena

Capítulo 24 - Amando

Lena Luthor  |  Point of View

Eu não queria deixar Kara irritada, então não saía do quarto enquanto ela não chegasse. Pedi várias coisas, só dormia e comia... Não é tão ruim.

— Oi linda.

— Oi Kah... Como foi lá?

— Chato. Queria ficar aqui com você. – Disse me abraçando. — Vamos ao parque? Descobri que tem um aqui.

— Não faz meu estilo, mas vamos.

Quando estávamos entrando no elevador, o menino do serviço de quarto acenou para mim.

— Está íntima deste moleque?

— Por favor, Kah... – Ela pegou meu braço com força.

— Você não vai me fazer de idiota desta vez. – Quase não a reconheci ali... A fúria em seus olhos...“Cuidado com o lobo em pele de cordeiro”. A voz do meu pai ecoou em minha cabeça.

— Você está me machucando, Kara. – Sua expressão suavizou um pouco e ela me soltou.

— Kara não pronunciou uma palavra até chegarmos ao parque.

— Está com fome?

— Estou com medo. – Ela me encarou por um tempo.

— Estou muito envergonhada para pedir desculpas. – Ela disse olhando pra baixo e brincando com uma pedra. — Nunca
machucaria você, Lena. Sou um pouco nervosa, mas nunca faria uma coisa dessas.

— Vamos voltar... Preciso ir pra casa.

— Mas amanhã era nosso dia de passeio.

— Não estou mais no clima, Kara. Preciso da minha casa.

— Vamos conversar...

— Kara... Por favor.

— Você que sabe.

Ela disse e voltamos para o hotel. Arrumamos as malas e pegamos o caminho de casa, em um silêncio total. Ela parou em frente ao meu prédio e me ajudou com as malas. Depois foi embora. Fui conversar com Lexie.

— Oi Tess. Pensei que só voltaria amanhã à noite.

— Lexie... A Kara está neurótica.

— Percebi.

— Não posso conversar com ninguém. Ela surtou por que cumprimentei o rapaz da recepção do nosso hotel. O cara devia ter 16 anos.

— Ela tem motivos?

— Não tem. Sou uma santa, nem olho para os lados. Não vou trair ela novamente.

— Dizem que caras com pau pequeno, têm esses ataques.

— Fora de questão... Totalmente fora de questão... Absolutamente fora de questão.

— Ok! Já entendi. Gostosa, linda, beija bem e bem dotada. É ruim de cama?

— Definitivamente não.

— Então ela é louca mesmo.

— Queria a Kah minha amiga, mas como namorada... Entende?

— Sim... Melhor ela procurar ajuda especializada. Ela fala que não, mas a traição e a guerra afetaram muito ela.

— Lana...

— Não só essa moça. Ela foi com vinte e quatro pessoas e voltou com seis. Ela precisa de ajuda.

— Você está certa.

— Agora vaza porque Bonnie vai chegar.

— Obrigada. – Falei e voltei para casa. Dormi pensando no que fazer.

Passou a quinta... Sexta... E a saudade que sentia de Kara era surreal. Meu peito doía. Quando o relógio marcou 10h ela me ligou.

— Oi Lena.

— Oi Kara.

— Sinto sua falta, mas sei que não sou digna de sua companhia.

— É complicado, Kara. Só estou confusa.

— Hoje é aniversário de Eliza. Queria te ver e apresentar você como namorada para meus pais. Nós... Ainda estamos juntas?

— Precisamos nos ajudar, Kara. Você abriu meus olhos pra um mundo novo... De paixão... Entrega, mas você está se fechando. Eu quero você, quero namorar, noivar e casar um dia, mas se só eu me esforçar, não vai adiantar.

— Eu procurei ajuda médica, Lena. Me sinto melhor. Passe o dia comigo e tire suas conclusões.

— Ok. Vou até aí...

— Às 16h. Obrigada, Lena.

— Não quero mais palavras, Kah. Me prove que está mudando.

— Deixe comigo, prometo melhorar.

— E quando você promete... – Ela soltou uma risada anasalada.

— Eu cumpro. Até a tarde.

— Podemos almoçar juntas. Vem aqui pra casa cozinhar, mas traga comida. Não fiz compras.

— Ok... Chego aí em uma hora.

— Tudo bem.

[•••]

Ela veio, cheia de compras e a ajudei até a cozinha. Quando ela soltou as sacolas, me abraçou e me levantou do chão. Passei as mãos em seus braços musculosos... Fico pensando no quanto o exército é bom pra forma física. Kara é muito gostosa. Me inclinei e selei nossos lábios, ficamos assim, mas ela aprofundou o mesmo, mas tudo de forma calma. Ela passeou a língua por minha boca. Aproveitei para chupá-la. Ela afastou nossos rostos e beijou a ponta do meu nariz, sorrindo e com os olhos azuis brilhantes... Foi nesse momento que meu coração errou a batida.

Ai esses olhinhos azuis...