1- Um anjo caído

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      Trovões e raios ecoavam por todo o panteão, qualquer um que tivesse uma visão normal das nuvens pensaria que uma grande tempestade acontecia naquela noite, porém, era algo muito diferente

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      Trovões e raios ecoavam por todo o panteão, qualquer um que tivesse uma visão normal das nuvens pensaria que uma grande tempestade acontecia naquela noite, porém, era algo muito diferente. Algo que os olhos de um insignificante mortal não poderia ter notado. Os raios e trovões eram ocasionados da discussão de duas figuras celestiais. Específicamente anjos.
        A pauta desta discussão era Uriel. Ele sabia do porquê estava diante de seus irmãos extremamente raivosos, sabia que qualquer coisa que dissesse não seria levada a sério, e acima de tudo, mesmo que não concordasse, sabia de seus deveres e que não os o cumprira.

  — Você não pode se corromper assim Uriel!— As palavras de Gabriel, um de seus irmãos, ecoaram como trovões por todo o local.

— Eu não estou me corrompendo — Uriel resmungou impaciente.

Gabriel andava de um lado para o outro sobre o chão marmorizado, as vestes de túnicas brancas arrastando levemente por onde passava, alguns de seus outros irmãos observavam imparciais a situação.

— você sabe o que acontece se ceder a ações humanas não sabe?

   Ele definitivamente sabia o que acontecia, fora lembrado disso tantas vezes que séria impossível esquecer.

— você não pode fazer isso, não pode sair por aí ajudando eles. Fazer o que bem entende e achar que não terá consequências. Nós temos regras para isso aqui não vire um inferno — Abbadon disse se aproximando calmamente.

 Seus irmãos estavam furiosos com suas decisões. Apesar disso ele não mudará de opinião em nenhum momento, Achava que a humanidade precisava de ajuda e assim ele faria.

— Mas eu vou!— esbravejou o anjo. Suas palavras saíram afirmativas e imponentes, ele queria fazer algo e não seria impedido. Seu senso de justiça gritava mais alto que eles.

— Já chega!, Devo te lembrar quem está no comando aqui?. Se quer tanto proteger ou parecer com eles... com um Humano — o tom das palavras de Abaddon era uma espécie de mistura de nojo e ódio— eu te condeno a viver uma vida humana, mas ainda assim portador da imortalidade celestial, fadado a ver todos morrerem.

   Aquelas palavras o atingiram em cheio, era como se uma corrente elétrica percorrece todo o seu corpo, ele não estava fazendo isso, ele não poderia estar.

— Você cairá— falou por fim com um sorriso sínico.

— NÃO!, espera você não pode fazer is...

   Uriel já não via mais nada, sentia como se estivesse em queda livre e de fato estava, ainda em choque e com lágrimas escorrendo de seus olhos, não conseguia entender porque seu irmão fizera isso com ele. Sempre soube que seu irmão não era tão perfeito assim, nenhum deles era, porém não pensará que fosse capaz de expulsa-lo do único lar que conhecia.
  Sentia raiva, tristeza e a sensação de traição. Dispensou todo e qualquer pensamento que viera a sua cabeça lembrando-se de que estava caindo, abriu suas asas já próximo ao chão se chocando com o mesmo propositalmente, formando uma cratera de tamanho médio e uma densa nuvem de poera que o rodeava cubria sua visão.

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