28- O inferno é logo alí

0 0 0
                                    

- certo agora que vocês tem uma mínima chance de ficarem vivos lá dentro, vamos ao que interessa.

O grupo observou enquanto ela apanhava o livro verde sobre a mesa e seguia até o portal de madeira na parede central. A bruxa Bridget recitou usando de seu melhor latim o encantamento que abriria a passagem para o inferno. Tão bem que parecia sua primeira língua. Fez um corte na mão com uma adaga, runas foram desenhadas na rocha já manchada com seu próprio sangue, não era a primeira vez que ela fazia isso e com certeza não séria a última.
Eles sentiram uma leve vibração que foi aumentando conforme o a ambiente aquecia. Ainda não havia fogo mas era como se a porta de um forno gigante tivesse sido aberta.

- sanguinem meum offero, quia filia noctis sum, Procuratores vocant dominos inferi! Sint septem unum, et unus septem! - a pesagem de pedra entrou em combustão com suas últimas palavras.

- e agora o que a gente faz?- Zack indagou.

- vocês atravessam.

- pelo fogo?

- ah perdão! se queria um arco de flores deveria ter procurado outra bruxa.

- Zack para com isso! - Lyla murmurou entre os dentes o arrastando para maks próximo do portal.

- quem vai primeiro? - Max perguntou olhando em volta.

- você! - disse Bridget com um sorriso sínico. - é o que tem menos chance de chamar atenção logo de cara.

- tudo bem.

- Eu e Agnes vamos ficar esperando vocês aqui. - garantiu. - se vocês voltarem...

Max respirou fundo caminhando até as labaredas azuis, e com um impulso foi engolido por elas. Não ouve barulho, queimaduras ou dor. Apenas uma leve dança trepidante do fogo.

- agora você bonitinho - ela apontou para Zack.

- e-eu? - gaguejou. - acho melhor outra pessoa ir na frente.

- anda logo bundão - Lyla o empurrou jogando-o no portal, atravessando seguida de Uriel e Jason.

Do outro lado tudo era diferente, havia um campo aberto e totalmente deserto. Ao longe, gritos ecoavam por todos os lugares. atrás deles um arco de pedra vazio guardava inativo o portão por onde vieram.
O lugar cheirava a carne queimada e enxofre. As lamentações eram contantes e o tom de desespero deixava o ar pesado.
Olharam em volta, um brisa abafada espalhou poeira aos seus pés. No arco se encontravam os seguintes dizeres: " Ó vós que entraram, se esperança já tiveram abandone-a, pois aqui não jas nenhuma felicidade ou livramento"
Os quatro engoliram em seco com a mensagem. Então seguiram pela estrada de chão e pedaços de carvão.

- ah cara! o meu tênis era novo - Do meio da fila que formaram Lyla murmura sacudindo o pé.

- shiiii! Dá pra parar? - Por algum motivo Max estava no início dela.

- foi mal!
Conforme o caminho era percorrido acabaram se deparando com uma típica encruzilhada. Não sabiam ao certo por onde deveriam ir por isso ficaram estagnados na frente da trifurcação. Ambos esperavam que alguém tomasse a iniciativa de indicar um caminho, mesmo que não fosse o certo.

- Eu escolheria a direita - Lyla sugeriu.

- porque a direita? - Zack indagou observando o caminho. Não tinha nada de diferente, era um simples estradinha de chão como as outras.

- porque eu gosto do lado direito.

- sendo assim eu sugiro a esquerda - disse ele em provocação.

- Gente todo mundo sabe que em situações como essas devemos escolher a do meio - Uriel intervém.

A Resistência: Legados Onde histórias criam vida. Descubra agora