29- Negociações

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- E porquê ele deveria da-lo para qualquer um dos dois? - Questionou Azazel.

- o que não garante que se meu senhor da-lo ao menino, Deimos não ira mata-lo e tomar o cálice para si? - O outro demônio acrescentou mais um questionamento.

- Me ofende o quanto duvida da minha índole, Leviatã.

- nos poupe de seu vitimismo Acaronte - disse a mulher do trono com escárnio. - todos nós sabemos do que é capaz.

- Minha querida Lilith - Deimos começou como se os dois já fossem íntimos, dois amigos de longa data, o que a expressão dela denunciava não ser verdade. - meu ingrato filho não sabe o que diz, certamente não está ciente de todo o bem que eu quero proporcionar. Por mais que ele não acredite eu sou quero o bem dele.

Max contorceu o rosto, Uriel soltou uma leve risada que fez Deimos lhe encarar.

- Eu não te amo e não me culpo mais por isso - Max disse seriamente.

- você nunca foi um homem de proporcionar o bem - Lúcifer rebate.

- talvez não. Mas sempre fui a favor da justiça, Morningstar, e isso você não pode negar.

- A quem você está tentando enganar Deimos?

- Não quero enganar ninguém, se eu quisesse realmente fazer o que meu filho diz eu teria matado todos e tomado o Cálice a força - atestou.

- ainda da tempo de tentar se quiser - Lilith instigou-lhe.

- como eu disse não tenho essa intenção, somos seres civilizados e acredito que posso convence-los ainda de que vocês merecem muito mais.

- nós convencer que merecemos mais?

- sim! Acho que vocês se contentam com pouco. Pense em tudo o que podem ter - Deimos tornou a encarar Uriel.- em tudo o que eles lhe roubaram. Ao contrário do que meu filho diz posso lhe dar muito mais.

- É mentira! - Max esbraveja.

- será mesmo?

- já chega disso! - Diz Lúcifer firmemente. A sala fica em silêncio. - o que acha que devemos fazer? - ele diz se dirigindo a mulher ao seu lado.

- Acho que deveríamos troca-lo com o garoto - sugeriu.

- a sua sugestão é dar um artefato ancestral ao um menino? Isso é ridículo! - Leviatã protestou.

A mulher levantou calmante de seu trono os pés alvos e descalços deslizaram pelo chão liso parando de frente para o príncipe internal. Cara a cara ela o encarou nos olhos.

- Sabe o porque da rainha aqui ser eu? - ela o questionou firmemente. - O que diferencia você de mim?

Por mais forte que fosse a vontade de responder, Azazel não ousou retruca-la. então ela mesma prosseguiu:

- seres inferiores e medíocres como vocês são feitos para servir por um motivo. São tão burros e alheios que acham que tudo pode ser resolvido com uma simples morte. Representações superficiais de aspectos tão abstratos que são moldados em forma. Moldados por mim. Ajoelhe-se!- Lilith voziferou. Azazel caiu de joelhos a sua frente, todos na sala não ousaram dar um pio, Lúcifer mantinha sua expressão séria.

Lilith pressionou a carne do rosto do homem com a longa unha vermelha. O sangue escuro começou a escorrer pela bochecha do príncipe.

- vocês podem até ser príncipes infernais, mas nunca se esqueçam quem é a sua rainha e quais são os seus lugares, entendido?

Tremendo Azazel fez um sinal positivo com a cabeça. Ele o soltou se afastando alguns passos.

- eu sugeri uma troca, não uma renúncia.

- o que quer dizer com troca? - indagou o menino sem entender onde ela queria chegar.

- você poderá levar o cálice mas em troca terá de deixar algo de nosso interesse. - explicou.

- algo de seu interesse? - - Eu não tenho nada que você possa querer.

Lilith lançou um olhar sobre o anjo não muito atrás de Max. Os olhos do menino se arregalaram e sua boca começou a formar um pequeno "o".

- N- não! - gaguejou, com o impulso da surpresa seus mãos ficaram envoltas de magia, as finas ondas entrelaçando entre seus dedo como chamas alimentadas pela mais pura madeira. - Ninguém aqui vai ficar.

- Essa é a nossa condição. O anjo fica, o cálice vai.

Os dois príncipes deram paços alguns passos ansiosos pelo objeto de troca, o sangue de um anjo era muito valioso para um demônio, talvez tão valioso quanto o Santo Graal. Imagine o que é um exército de demônios alimentados com o sangue de um celestial, força, vigor todos os fatores possíveis aprimorados em múltiplas vezes.
Max o garoto não sabia disso, e nem precisava. O simples fato de ser seu amado a ficar, o machucava de um jeito tão doloroso quanto a morte. Sem exitar Max destruiu uma das estátuas ao lado.

- já disse que ninguém vai ficar!

O jovem de cabelo pretos que antes esperava sentado no trono com cara de entediado se levantou.

- calma lá, calma lá, calma aí... - Ele passou a língua pelos lábios de um jeito perverso, como se sentisse o sabor de algo muito apetitoso. - faz tempo que eu não brigo com ninguém.

Os outro três assumiram posições de batalha, dispostos a proteger uns aos outros. Porque mais que um grupo ele se tornaram uma família e em uma família ninguém fica para trás.

- Liam - Lilith chamou. - não intimide os convidados, deixe que eles pensem nas opções que tem.

- isso daqui está um tédio.

- Eu fico - Uriel Balbuciou quase que silenciosamente a palavras um sussuro da derrota.

- O que? - Lyla indagou segurando o seu braço. - não!

Ele abriu um meio sorriso para a companheira de equipe: - tá tudo bem.

- não cara, não tá tudo bem - Zack tentou convencê-lo.

- Era o plano deles o tempo todo. Anjos não entram no inferno assim tão fácil, muito menos perambulam por aí e chegam até a sala do trono. - Uriel disse calmamente caminhando por eles. - era a intenção deles o tempo todo, nos deixando chegar até aqui em segurança. já sabiam da intenção de Deimos de coletar o cálice, então já sabiam que iriam perde-lo de qualquer forma. Então por que não conseguir algo em troca, não é?

- confesso que a sua inteligência é memorável arcanjo - disse Lúcifer com um sorriso sínico.

- para que precisam dele? - Max quis saber.

- Não o queremos. O que nos interessa é o que faz dele um anjo. - Lilith lançou.- o elixir da vida, o que faz o coração de cada ser que o possui bater. E o dele meu jovem é muito valioso para nós.

- o quão valioso pode ser seu sangue? - Max indagou descrente.

- a ponta de matarem por ele.

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