11- Odeio mais ainda mascarados

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      A mini legião de criaturas investiu para cima dos dois, Max conteve algumas da mesma forma que fizera antes quando ajudou Zack, entretanto chegaria uma hora que disparos de magia não seriam o suficiente para destruir todas. Zack correu e apanhou com dificuldade a espada de ferro jogada mais a frente, partindo um dos monstros ao meio.
   Foi ai que Max deduziu que a única forma de para-las, era ferindo-as fisicamente de alguma forma irreparável.
   A medida que ele e Zack acabavam com as sombras, outras surgiam a mando do mascarado, impossibilitando qualquer aproximação da parte deles. Estavam pressos em um ciclo eterno e pra derrota-lo precisariam acabar logo com isso.
   Zack levou a mão ao comunicador que não emitiu nada além de chiado. Com certeza devia ter quebrado em uma de suas quedas, ou até mesmo quando sentiu o zumbido no ouvido.

— A COMUNICAÇÃO JÁ ERA! — gritou enquanto apunhalava um mostro no peito.

Max verificou o seu, e deu no mesmo, apenas chiado. Amaldiçoou a tecnologia por ser tão frágil e o universo por ter colocado eles naquela situação. Teriam de achar outra maneira.

— o meu também não funciona, estamos ferrados! — Ele gritou de volta. Outro disparo de magia.

— alguma vez já tentou aquele lance dos filmes? — Zack indagou evitando um ataque.

— qual lance?

— De entrar na cabeça das pessoas, falar com a mente! sabe estilo Jean Grey ou professor Xavier.

— Tá falando para eu tentar usar telepatia?

— É caralho! eu tô falando pra você usar telepatia!— disse ele estérico. —  Vai! eu te dou cobertura.

Então Zack se posicionou na frente do amigo impedindo que as criaturas de sombra o alcança-se. Mas até quando ele e seu pedaço de cobre envelhecido conseguiriam conter a pequena legião de sombra? Max tinha de ser rápido ou os dois morreriam. Enquanto isso o jovem feiticeiro de olhos fechados, tentava de alguma forma encontrar um vínculo que unisse ele aos outros dois integrantes do grupo a alguns quilômetros de distância dali. Max nunca fizera aquilo e não tinha ideia de por onde começar. Talvez um momento especial? Nada veio a sua mente. Uma característica específica? Sem resultados. O pânico lhe invadia.

— Acho que não consigo! — ele gritou para Zack a sua frente o vendo apunhalar loucamente os monstros um após o outro. Zack suava um pouco pelo esforço, a lente de seus óculos estavam embaçadas por conta da respiração pesada e seus braços doiam com os movimentos repetitivos. lançou um olhar repreensivo para Max.  

— devo te lembrar que nossas vidas correm perigo? — ele gritou de volta. — talvez eu devesse deixar que umas dessas feras sanguinárias te incentivar com palavras motivacionais.

— tá legal, algo que me ligue a vocês — sussurrou pra si mesmo.

Respirou fundo e fechou os olhos, se perdendo entre o barulho da batalha entre Zack e as criaturas, a risada do mascarado ao longe e o desespero de conseguir chamar por ajuda. De repente tudo parou. Silêncio.
Os mais pequenos detalhes agora eram mais do que perceptíveis, eram parte de tudo e ao mesmo tempo de nada. A imensidão do universo em união com tudo que existe, já existiu e ainda vai existir. Uma batida, depois outra, seguida de outra e outra, era o seu coração? Era o coração de Zack? O farfalhar das folhas a sua volta, os galhos sacudindo. Ele não via nada, mas sentia tudo ao mesmo tempo. O gosto de suor, o cheiro da poera.
       Um imagem veio a sua mente em um par de olhos verdes, os olhos de Uriel. Os inesquecíveis olhos cintilantes. Depois o cabelo tão negro quanto a noite de Lyla.
Ele mergulhou mais fundo no nada. Os dois estavam lá. Em cima do terraço de um prédio, atentos a qualquer movimento estranho que pudesse surgir.
Max murmurou:

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