All About You.

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Sexta-feira.

Sexta-feira. Quinquagésimo dia de aula. Nove semanas haviam passado desde aquele encontro na casa da Diaz. Encontro provocador de consecutivos encontros aos fins de semana. Não foi uma ideia advinda de mim, você sabe que eu jamais sugeriria algo assim, mas não pude nem argumentar contra a animação das outras quatro. Na segunda-feira, após o tal domingo, nos encontramos apenas no intervalo e cinco minutos foram o suficiente para elas definirem que: todos os fins de semana nos encontraríamos, fosse na casa de alguma de nós ou em qualquer outro lugar.

— Isso é um exagero da parte de vocês. Já não basta nos vermos cinco dias?

E o que recebi em resposta a essa pergunta foi um fuzilamento visual vindo de quatro pares de olhos. Logo em seguida elas me ignoraram e continuaram entusiasmadamente criando planos e mais planos. E a pior parte é que me incluíram em tudo sem eu pedir! Eu não queria ter um "grupinho". Olhe bem para mim e me diga com sinceridade: Eu, Sarah Andrade, nasci para andar em meio à quatro garotas que emanam alegria e estão sempre despreocupadas com as coisas? Nem responda porque, obviamente, sua resposta vai ser igual a minha, não! Não nasci para isso, vida! Ah, e eu nem lhe contei sobre as outras vezes durante a semana em que eu resolvia me intrometer e colocar na cabeça delas que estavam se precipitando.

— Amiga, você ainda não entende que é o destino?

— Não, Thaís, isso de dest...

— Sarará, não tem nada demais em nos vermos. Vai ser bem legal, relaxa.

Preciso falar que depois da argumentação da Freire eu aceitei qualquer coisa? Não, não preciso. Mas preciso comentar sobre o sofrimento que passei quando Juliette chamou-me de "Sarará" na frente das outras três. Foi dois dias depois de ela ter criado aquele apelido para mim.

— Sarará?! Isso é o mesmo que domesticar um tigre, Andrade!

— Dos meus abraços você foge, mas o apelido dela você aceita. Injusto!

— Oh, meu Deus, amiga! Como eu nunca havia pensado em nesse apelido lindo e fofo para você?

Elas ainda perguntaram como aquilo surgiu e Juliette explicou por alto. Foi esse tipo de comentário que escutei até o final do dia. Sim, até o final do dia porque Carla, Vitória e Thaís ficaram mandando mensagens para mim durante a tarde e à noite. Mas não pense que elas já pararam, até hoje escuto algumas piadinhas quando Carla quer me irritar, Vitória me fazer abraçá-la e Thaís pelo puro prazer de me provocar. E sobre eu criar um apelido para Juliette: Ainda não criei e ela reclama sempre que pode.

— Ah, mas você prometeu! É tão simples criar um apelido.

— Freire, até para dar nomes aos animais a pessoa precisa pensar.

— Se eu não gostasse dos animais iria reclamar dessa sua quase comparação.

Isso foi durante o caminho para a reunião de grupo na casa a Viviane. A propósito, eu poderia ter evitado 40 minutos de caminhada e ter pegado uma carona de carro com o meu pai, se Juliette não me convencesse do contrário.

— A que horas você vai hoje pra reunião? Eu poderia ir com você, não é mesmo?

— Vou com meu pai. Quer uma carona?

— Não, obrigada. Vamos a pé mesmo. Sabe? Respirar um ar fresco faz sempre bem. — Claro, Juliette, jogar dióxido de carbono para dentro dos nossos pulmões é respirar um ar fresco. Garota sábia.

— Você leu bem o endereço, não é? Você sabe que a casa dela fica muito longe da nossa área, não sabe?

— Aham, já calculei tudo. Da minha casa até lá vai durar apenas sete minutos a mais do que da sua pra lá. Mas se contarmos o tempo resultante da minha espera por você abrir a porta da sua casa, vamos chegar lá em uma hora quase fechada! — Disse sorrindo satisfeita com sua informação.

Parece Mais Fácil Nos Filmes | Sariette.Onde histórias criam vida. Descubra agora