Parece Mais Fácil Nos Filmes | Sariette.

But I'm Still So Curious.

Juliette Freire Point Of View.

Domingo.

O nome da minha bactéria é Juliettus.

Escolho a África Central.

Iniciando a contaminação mundial, só preciso esperar.

Evoluindo os sintomas.

Detonei uma tentativa de cura.

7 minutos depois.

Mais de 57 pessoas contaminadas.

Detono mais algumas tentativas de cura ao redor do mundo.

9 minutos depois.

Todo o continente africano está dominado pela Juliettus. Só falta o resto do mundo.

Através da opção "evoluir sintomas", selecionei para que as pessoas tivessem alucinações.

Esperei que a bactéria Juliettus se espalhasse através dos veículos marítimos e aéreos.

Europa atingida.

Modifico o DNA da bactéria para que ela evolua.

Coloco contaminação evoluída através das aves.

América do Sul atingida.

Será difícil contaminar toda a Europa e a América do Norte, sendo que eu nem lembrava o que uma bactéria fazia ao certo. Esse jogo era, com certeza, pra pessoas inteligentes ou pessoas interessadas. Eu posso até ser a primeira pessoa, mas pouco de longe sou a outra.

— Juliette! — Escuto alguém gritar ao pé do meu ouvido e um tapa estalar em meu ombro esquerdo.

Um pouco desnorteada ergo a cabeça, olhando para o meu lado esquerdo.

— O que foi? — Pergunto ao ver minha namorada parada ali com os braços cruzados e Carla alisando meu ombro onde ela mesma havia batido.

— O que você está fazendo com o meu celular?! — Sarah questionou me fazendo revirar os olhos e pausar o jogo, claro.

Quando iniciei o joguinho, ele estava pausado... Tenho que disfarçar.

— Minha atenção pode ser sua agora. — Respondi, arrastando a cadeira ao meu lado para que ela se sentasse.

Aja naturalmente, Juliette. Não tem nada de muito grave em você ter invadido o celular da sua namorada. Quem nunca fez isso, não é mesmo?

— O que você está fazendo com o meu celular? — Sarah vincou a testa vendo o aparelho em minha mão.

Ri sem graça e coloquei o aparelho em cima da mesa.

— Eu só estava jogando...

Mentira. Eu estava espionando a vida dela. Mas Sarah não tem nada de incriminador no celular. Nem mensagens!!!!

Será que ela as apaga?

Não importa! Acontece que eu estava espionando, cliquei no tal jogo, vi que a bactéria escolhida tinha um nome curioso... Comecei a jogar...

— Você descobriu a minha senha? — Parecia horrorizada.

— Ah... então... — Sorri amarelo.

— Juliette! — Rapidamente pegou o celular.

— Eu... — Tentei encontrar alguma explicação, mas travei ao notar que a única explicação era "Sarah, eu queria vasculhar o seu celular e tive a ajuda, inconsciente, da sua amiga de infância para descobrir a senha.".