I Have Fought A Measureless Battle.

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Juliette Freire Point Of View.

Terça-feira.

— Ai, ai, ai... Juliette, por favor saia daqui. — Escutei uma voz bem longe e afundei ainda mais meu rosto no travesseiro. — Eu te imploro, Freire. Está doendo!

Abri os olhos e ergui a cabeça dando de cara com Sarah contorcida em uma expressão de dor.

Ah, o travesseiro era a Sarah.

— Oi... — Sorri lerdamente pra ela tentando ser charmosa, mas não acho que tenha dado certo.

— Meu pescoço está doendo. — Ela falou. — De verdade...

— Oh! — Em um pulo saí de cima dela que sentou-se com dificuldade apoiando uma mão no pescoço. — Consegue mexer?

Sarah tentou menear a cabeça, mas acabou gemendo de dor.

— Droga... — Ela murmurou apoiando a mão na nuca.

— Calma... — Fitei a sala e a cozinha tentando ver se alguém tinha acordado. — Eu vou buscar ajuda! — Ao ver que fomos as primeiras, saí correndo, mas acabei tropeçando no cobertor. — Ouch!

Reclamei e assim que caí no chão a gargalhada de Sarah soou alta pela sala me fazendo bufar em desanimo. Não senti dor alguma, mas eu não queria que ela risse da minha vergonha... Mal acordo e caio na frente da garota pela qual sou apaixonada! Isso é um fim para minha dignidade!

— Assim vo-você vai precisar buscar... ajuda pra... si mesma. — Ela não parava de rir, o que quase me irritou...Quase porque eu gostava da risada dela, ainda mais quando o motivo era eu., não exatamente nessa situação, mas...

— Para, Sarah. — Falei me desenrolando observando a idiota, que sempre ria do nada, colocar as mãos na barriga.

— Ai... Acho que minha dor até passou. — Ela fungou limpando os olhos.

— Me ajuda, retardada. — Ergui meus dois braços.

— Você que precisa ter mais cuidado, idiota. — Ela levantou do sofá, segurou minhas mãos e me puxou sem dificuldade.

Recolhi o cobertor do chão, antes que ela reclamasse, e ao me recompor dei um tapa na nuca dela que gemeu de dor.

— Pra você aprender a não rir de mim.

— Juliette! — Ela reclamou, do jeito que eu mais gostava que ela reclamasse: chamando por meu nome.

— O que está acontecendo aqui? — Viramos ao mesmo tempo e encontramos Thaís saindo do corredor.

— Foi a Juliette... — Sarah respondeu irritada. — Fazendo essas coisas que ela faz...

— Você quer outro tapa? — Ameacei.

— Não! — Sarah disse correndo até a cozinha.

Meus olhos a acompanharam ao mesmo tempo em que meu sorriso bobo surgia.

Tão linda correndo...

— Vocês acordaram cedo por que? — A voz de Thaís me desconcentrou.

— Dormimos aqui, Thaís. — Expliquei. — Tanto que ela acordou com o pescoço doendo. — Ri ao lembrar.

— Separar vocês de quarto não adiantou em nada.

— Exatamente. — Ergui meu queixo de forma orgulhosa e saí em direção ao quarto.

Depois de acordar Viih e ter que arrastar Carla, tomamos nosso café da manhã, em seguida Thaís foi praticamente obrigada a ajudar Sarah com a dor no pescoço. Após muito alongamento e choramingos por parte da dramática, Thaís colocou uma toalha quente no pescoço dela e disse que tinha mais o que fazer. Sarah alegou estar bem, sumiu pelo corredor por algum tempo, até voltar com outra roupa e um lençol parecendo uma trouxa...

Parece Mais Fácil Nos Filmes | Sariette.Onde histórias criam vida. Descubra agora