Brooklyn Baby.

956 107 231
                                    

Sábado.

Estava em meu quarto, lendo um livro sobre uma família que havia se reunido em uma casa de férias, junto com alguns convidados, para passar um final de semana. Tudo girava em torno de um farol e a vontade de ir visitá-lo, mas o tempo chuvoso não ajudava em nada.

Era o mesmo livro que eu já havia lido enquanto estava na escola, em uma das atividades da Srta. Aleluia, agora eu lia para uma aula da Srta. Fernanda, mas ainda assim parecia a primeira vez que eu lia.

Estava muito concentrada quando escutei a porta ser aberta, mas não desviei meus olhos.

— Sarah? — Juliette chamou.

— Hum? — Murmurei sem erguer a cabeça, mas sabendo que ela já estava entrando no quarto.

— Acho que este não é o momento para você estudar Literatura. Tem coisas muito melhores a serem estudadas.

— Eu tenho uma prova amanhã, Juliette. — Suspirei entediada e ergui a cabeça para me deparar com um sorriso lindo em minha frente. —Tenho um trabalho na semana que vem. Tenho um test-

Antes que eu pudesse terminar de falar alguma coisa, Juliette, que estava próxima demais, colocou o dedo indicador sobre os meus lábios.

— Shhh. Hoje a sua boca vai fazer coisa muito melhor do que ficar divagando.

Engoli em seco e assenti.

Tão logo, Juliette retirou o livro de minhas mãos e o jogou na cama de Thaís.

Espero que meu livro não tenha estragado, ela certamente teria que pagar outro!

Rapidamente, minha namorada sentou-se em meu colo e, sem que eu esperasse, tomou meus lábios para si. Até pensei em resistir, mas a boca dela colada na minha fez minha resistência desaparecer.

Aquelas mãos, sempre inquietas, começaram a se mover por minhas pernas, passando por minhas coxas, cintura e então deslizaram de minha barriga para meus seios. Senti um aperto neles e, sem me reconhecer, soltei um gemido alto, como se eu esperasse por aquilo há tempos.

— Você sabe que hoje você não vai conseguir fugir, não é? — Ela sussurrou roucamente em meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha.

— Hoje eu não quero fugir de você. — Respondi, sofridamente, fechando os olhos e sentindo beijos molhados por meu pescoço.

O calor estava por toda parte.

Senti alguma coisa molhada passa por minha bochecha. Crispei os olhos, ainda fechados, e tentei descobrir o que era aquilo.

Água?

Um pano?

Senti que era meio áspero, então logo abri os olhos para me surpreender.

UMA LÍNGUA!

— SPARKY! — Gritei ao ver o cachorro em cima do meu peito ainda tentando me lamber. — JULIETTE! — Gritei ainda mais alto segurando o cãozinho e me sentando.

Não demorou muito para que minha namorada entrasse esbaforida no quarto.

— O que houve?! — Seus olhos, preocupados, vasculharam todo o quarto até se depararem comigo segurando o Sparky que, completamente inquieto, tentava fugir de minhas mãos.

— Seu filho estava lambendo meu rosto! — Ergui o pequeno animal.

Juliette me encarou com descrença antes de falar alguma coisa.

Parece Mais Fácil Nos Filmes | Sariette.Onde histórias criam vida. Descubra agora