Parece Mais Fácil Nos Filmes | Sariette.

Lovers Are In Trouble.

Juliette Freire Point Of View.

Segunda-feira.

— Sério que você pretende continuar nesse romance com a Zangada?

— Claro que sim, Carla.

— Por quê? Ela já demonstrou alguma coisa?

— Bem, não exatamente. Mas eu gosto dela, sabe?

— Às vezes eu queria ser uma mosca, mas uma mosca filhotinha ainda e bem pequena, só pra bisbilhotar quando vocês duas estão sozinhas. — Carla disse quando chegamos no colégio. — Sério, não consigo ver a Sarah agindo meigamente com você.

— Ah, mas ela age. — Sorri e suspirei desfazendo meu sorriso lembrando-me dos momentos que passamos juntas. — Ok. Não exatamente meiga, mas algo assim. Ela ainda é tímida pra algumas coisas, mas estou deixando tudo no tempo dela. Sem contar que ela ama as coisas que eu digo.

— Ela sempre resmunga quando você fala! — Ela resmunga para tudo, mas gosta das minhas falas!

— Exatamente. Ela gosta tanto que não aceita o fato de gostar. — Falei totalmente certa de mim.

Passamos por alguns colegas e logo avistamos a Viih, a Thaís e a Sarará conversando em pé em um canto mais afastado. Na verdade Sarah mexia no celular e só movia cabeça para responder às outras. Eu estava ansiosa para vê-la, uma vez que no dia anterior ela foi embora da casa da Viih antes que eu acordasse. Até cheguei a pensar que ela estava fugindo outra vez e sei lá o quê, mas Thaís explicou que foi apenas a Maria, mãe da Sarah, que a mandou ir para casa arrumar o que ela não tinha arrumado no sábado.

— Olha lá, Carla. — Dei uma cotovelada em Carla e apontei com a cabeça. — Ela é não é linda? — Sorri admirando Sarah. Ah... Ela ficava tão linda quando jogava todo o cabelo de um lado só do ombro.

— É. Isso ela é, mas acho que ela poderia aproveitar mais essa beleza dela. Parece que ela não sabe o que tem. Ela teria quem quisesse. Claro, quem aturasse o mau-humor dela. — Carla riu. Como assim quem quisesse? Sarah não pode nem sonhar em ser desejada por outras pessoas. Putz, ela é minha!

— Prefiro que ela continue assim. — Falei decidida.

— Por quê?

— Carla! Se ela usasse esse poder dela eu estaria ferrada com a concorrência. Daria muito trabalho. Então deixa ela assim.

— Egoísmo seu... — A mais baixa riu e eu dei o assunto por encerrado quando nos aproximamos das outras três. Não sou egoísta, só estou sendo sincera. Se ela tiver que se arrumar divinamente, que seja para mim!

— Bom dia para as duas flores do meu dia! — Falei animada, puxando Thaís e Viih para um abraço.

— JULIETTE, ME LARGA! — Viih gritou. Rapidamente a soltei para ver sua cara de choro. — Está ardendo ainda. Você não tem noção do quanto foi terrível colocar o uniforme essa manhã!

— Desculpa, Viih. — Ri. — Sério, foi sem querer. — Levantei minha mão para apoiar em seu braço.

— Nem pense em tocar em mim! — A garota me repreendeu antes que eu completasse meu ato. Eu realmente tinha esquecido outra vez.

Ela continuou reclamando e eu pretendia me desculpar até ela se cansar e parar de resmungar, mas acabei olhando para a Sarah, que ria, e esqueci das coisas ao meu redor por um breve segundo. E a Carla ainda tem coragem de dizer que ela não gosta das coisas que eu digo ou faço. Olha pra isso! Ela está rindo. Ela sempre ri!