- Capítulo 12 -

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Fernanda Mendes

Eu e o Leonardo... fizemos? Como assim? Eu não me lembro de absolutamente nada. Mas tudo indica que sim. Pela maneira como eu acordei e o vi na minha cama, agarrado a mim. 

Aliás, como que eu deixei ele me agarrar daquela forma? Eu não o suporto. Vê-lo acordar do meu lado, com seus cabelos bagunçados e seu rosto todo amassado, bocejando e se espreguiçando. Ainda mais depois de ver que ele estava excitado. Como eu deixei isso acontecer? Meu Deus...

- Relaxa, princesa. A gente não fez nada. – Leonardo se pronuncia após ver meu desespero. – Eu nunca me aproveitaria de uma pessoa bêbada. – ele assegurou, soltando um risinho em seguida. – Prometo que se acontecer algo, será com você sóbria e totalmente consciente. – Leonardo soltou dando uma piscadela. 

Revirei meus olhos e suspirei mais aliviada. Sai da cama e parei na porta do banheiro.

- Não vai acontecer nada entre a gente, Leonardo. – disse firme. – Você me ajudou, eu agradeço, mas não pense que isso quer dizer que há alguma possibilidade de rolar algo a mais entre nós dois. – afirmei, olhando firmemente para ele. 

O mesmo se levantou da cama vindo para próximo de mim. Aproximou-se do meu ouvido para dizer:

- É isso o que vamos ver, Fernanda. – anunciou Leonardo. Próximo demais do meu pescoço. 

Ele deu um sorriso e suspirou perto do meu ouvido. Antes de se encaminhar para a porta do quarto, virou-se e soltou: 

- Inclusive, a cor da sua calcinha é bem bonita. – e foi embora.

Fiquei paralisada., sem conseguir mover um músculo se quer. Ele me viu nua? Ou melhor, me viu de calcinha? Ai minha nossa!

{...}

Passei uma semana inteira evitando o Leonardo o máximo que eu consegui. É difícil olhar para ele, sabendo que o mesmo já me viu seminua. Bem, foi uma tarefa não muito fácil, já que ele estava em todo lugar. 

Sobre meu irmão, ele continua com aquela "amiga" dele. Ela parece ser bem carismática. Uma vez fui ao quarto dele, porque o próprio não respondia minhas mensagens, e os flagrei num momento bem íntimo. 

Ele estava sumido nesses últimos sete dias – creio que bem ocupado com a Carina. Então eu tive que ficar com meus pais durante esse tempo. 

Claro que meu pai está fazendo uma greve de silêncio contra mim. Seu Roberto não pronuncia uma palavra se quer para mim. O que me deixou um pouco mal, não posso negar. 

Apesar das discussões constantes e da forma que ele me trata, eu o amo. Ele é meu pai, afinal. Minha mãe tentava amenizar o clima pesado que paira entre nós. 

Nessa semana fomos ao mini shopping que tem perto do hotel, participamos de uma gincana na ilha, passeamos de lancha, enfim. Foram ótimos dias.

Estava no meu quarto fitando o teto, entediada. Decidi ir passear pelo hotel. Estava com um biquíni amarelinho e com um short cintura alta jeans e uma regata branca por cima. 

Comecei a caminhar pelo jardim frontal do hotel. Até que notei um portãozinho marrom na lateral do mesmo. Acabei ficando bastante curiosa para ver o que havia ali. Fui até lá e empurrei-o, revelando um caminho de pedras. 

Caminhei por elas e fiquei impressionada com o que havia encontrado. Uma linda cachoeira, com algumas árvores ao seu redor e grandes pedras. A água cristalina me cativou. Continuei andando para perto dela. 

Estava tão encantada que não notei que algo – ou alguém, não vi – tinha me empurrado em direção à água. Afundei nela e entrei em pânico. Eu havia escorregado? 

A Viagem que Mudou a Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora