Capítulo 22

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Eu ainda estava em transe, meu cérebro ainda estava processando aquela informação.

Meu pai realmente disse aquilo?? Ele realmente sugeriu aquilo?? Eu não conseguia acreditar naquilo. Mas eu estava feliz, por dentro eu estava pulando de alegria, afinal de contas eu iria ficar uma semana com meu namorado, só eu e ele, sozinhos em seu apartamento.

— Ahmmm... Eu aceito o teste! - Yeonjun falou quebrando o silêncio, o sorriso em seu rosto era evidente.

— Vocês tem 30 minutos para sair daqui antes que eu mude ideias! - Meu levantou-se e foi até a sala de jantar tomar o café da manhã.

Minha mãe o seguiu, eu bem que queria os seguir mas eu só tinha 30 minutos para arrumar minha mala. Yeonjun e eu saímos de lá correndo até meu quarto para arrumar minha mala. Me desculpe estômago mas você precisa aguentar só mais um pouco.

— Onde está sua mala? - Ele perguntou enquanto eu tirava as roupas do closet.

— Ali! - Apontei para o canto perto dos meus sapatos. — Leve duas, uma para sapatos e outra para roupa. - Ele me olhou confuso. — Vai, rápido! - Falei organizando a roupa interior.

— Para quê duas malas?! Para quê uma mala só para sapatos?! - Ele resmungava tirando as malas do canto em que estavam. — Enfim... mulheres.

Ele colocou a mala maior sobre a cama, abriu a mesma e colocou as roupas que já estavam dobradas na mala as organizando. Eu fui até ao closet escolher os sapatos que irei precisar, coloquei na mala menor. Fui até ao banheiro levar minha toalha e minha escova, coloquei meu perfume, creme de pele, gloss e alguns acessórios em uma maleta.

Levei minha bolsinha, meu carregador, carreguei a mala menor e a maleta e Yeonjun carregou a mala maior. Descemos, colocamos tudo na porta, enquanto Yeonjun guardava tudo em seu carro, eu fui até a mesa e comer.

— Aysha! - Meu pai me chamou com um tom de voz sério.

— Sim, pai. - O olhei metendo a última garfada na boca, ele suspirou pesado, colocou os cotovelos sobre a mesa, entrelaçou os dedos e apoiou a cabeça nos mesmos.

— Não faça nada que vá se arrepender depois. Olha filha, eu e sua mãe confiamos muito em você e sabemos que você não faria nada que nos decepcionaria. - Naquele momento meu coração acelerou de medo, eu não fazia ideia do motivo que levou meu pai a dizer aquilo. — Sua mãe e eu sempre ensinamos para você o que é certo e o que é errado, nós sempre dissemos que você não precisa ter pressa de crescer, que você só precisa esperar pelo tempo certo.

— Filha, o que o seu pai está tentando dizer é que... - Minha mãe falou o interrompendo. — Você está crescendo e em breve fará 18 anos, você já será maior de idade, você já será independente e já poderá tomar as duas próprias decisões mas... não se esqueça que há um tempo certo para tudo, você é uma mulher e o Yeonjun é um homem, vocês estarão sozinhos no apartamento dele e... vocês podem vir a ter vontade de ir além dos beijos...

— Não faça sexo com ele! - Meu pai diz em um tom autoritário frisando na frase e interrompendo minha mãe, eu o olhei incrédula enquanto minha mãe tentava segurar o riso. Se ele soubesse que já vai tarde essa conversa. — É isso que a sua mãe quis dizer. - Ele falou diminuindo o tom de voz a cada palavra, Yeonjun coçou a garganta nos fazendo notar sua presença.

— O Senhor foi bem directo. - Ele falou a meio de um sorriso manhoso, o encarrei com um olhar ameaçador para que ele parasse de sorrir e assim o fez. Ele aproximou-se, parou atrás de mim e segurou meus ombros com as duas mãos. — Não se preocupe Senhor, eu respeito muito a sua filha acima de qualquer coisa incluindo desejos ou prazeres e eu nunca me atreveria a fazer algo que ela não queira ou não se sinta confortável.

Ele falava com firmeza e confiante, meu pai o encarou desconfiado por alguns segundos mas depois sorriu de lado e assentiu com a cabeça, enquanto minha mãe admirava a firmeza com que ele falava.

Yeonjun sabe como ser convincente, ele fala com segurança, firmeza e confiança fazendo com que as pessoas se convençam do que ele diz. Honestamente, ele até que seria um bom advogado.

— Bom, eu só espero que você esteja falando a verdade. Enfim... Tenham muito juízo, sejam responsáveis e sobre tudo não façam besteira. Durmam em quartos separados, fui claro? - Ele nos encarou sério.

— Não se preocupe Senhor, nós teremos juízo, seremos responsáveis, não faremos besteira e... sim, nós dormirmos em quartos separados. - Nos entreolhamos quase rindo das mentiras que ele disse.

De tudo que ele disse, a única coisa que era verdade é que seríamos responsáveis. Sem perder mais tempo nos despedimos dos meus, dei um beijo e um abraço neles, ouvi mais algumas advertências e por fim saímos. Eu não podia acreditar, eu estava mesmo indo passar uma semana sozinha com meu namorado e por ideia do meu pai.

Entramos no carro, colocamos o cinto de segurança, ele colocou a chave na inguição e ligou o carro, ele entrelaçou os nossos dedos como de costume e saímos de lá. Ficamos em um silêncio não constrangedor, apenas desfrutávamos da companhia um do outro, paramos no semáforo.

— Eu ainda não consigo acreditar que vou ter você inteirinha só para mim por uma semana e foi ideia do seu pai. - Ele mordeu o lábio inferior me encarando.

— Você sabe que isso é um teste, não sabe? - Questionei, ele revirou os olhos e suspirou pesado.

— Sei sim... mas ele não vai saber o que acontece lá, a não ser que ele tenha colocado câmeras. - Ele riu debochando.

— Yeonjun! - O chamei sem manter o contacto visual.

— O que é? Você sabe que é verdade.

— O sinal está verde, idiota! - Apontei para o mesmo, ele fez biquinho o que me fez rir.

Chegamos no estacionamento do prédio, descemos do carro e tiramos as malas, entramos e fomos até ao elevador. Saímos do mesmo e caminhos até a porta do seu apartamento, ele tirou as chaves do bolso e abriu a mesma.

Entramos e fomos logo guardar as malas em seu quarto. Tiramos os sapatos e colocamos chinelos, fomos até a sala, sentamo-nos no sofá, ele ligou a TV e colocou um canal de desenhos animados que ambos gostamos.

Ele estava deitado em meu colo e eu fazia cafuné em seu cabelo, nós estávamos em silêncio mas com a troca de carinho dizíamos coisas que não eram possíveis expressar com palavras. Ficamos cerca de 2h assim, quando sentimos o estômago roer foi quando percebemos que já estava na hora do almoço.

Levantei e fui até a cozinha preparar algo para comermos, abri a geladeira e tirei alguns pedaços de beef, abri o armário e tirei um pacote de massa estantânea. Tirei uma panela e uma tigela que estavam em um armário, coloquei água na panela, liguei o fogão e deixei a água ferver enquanto preparava o beef na frigideira.

Eu estava muito concentrada na cozinha. Eu sabia cozinhar algumas coisas, eu costumava pesquisar receitas na internet e algumas receitas aprendi com a minha mãe... mas aquela era a primeira vez que eu cozinhava para Yeonjun e queria que tudo saísse perfeito.

Was my fault Onde histórias criam vida. Descubra agora