Capítulo 31

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Já eram 17h de domingo, Yeonjun e eu estávamos a arrumar as minhas malas, eu queria poder me despedir da Alexa mas era domingo e ela não trabalhava nos domingos.

— Eu não quero voltar! - Sentei na cama, cruzei os braços e fiz biquinho.

— Eu também não quero que você vá mas... princesa você precisa voltar. - Ele me puxou pelo braço me fazendo levantar da cama. — Eu preciso ganhar a confiança dos seus pais e se eu não levar você de volta isso pode dificultar as coisas. - Ele segurou minha cintura com a mão direita e com a livre segurou o meu rosto e selou nossos lábios em um selinho demorado.

— Você tem razão! - Falei cabisbaixo.

Pegamos nas malas e descemos até ao estacionamento, guardamos as mesmas no porta-malas, entramos no carro, colocamos os cintos de segurança, ele colocou a chave na ignição e ligou o carro, como de costume ele entrelaçou os nossos dedos.

Pelo caminho conversamos sobre tudo o que aconteceu durante a semana e como foi termos "morado" juntos por uma semana. Paramos no semáforo, ele olhou para mim com um sorriso lindo, seus olhos brilhavam e demonstravam felicidade.

— Eu acho que vamos passar no teste, você não acha? - Ele questionou, o encarei fazendo biquinho. — Você fica muito fofa assim. - Ele sorriu de lado.

— Obrigada. - Sorri tímida. — Eu não sei se passamos no teste ou não até porque uma semana é bem diferente de ficar um ano ou mais... mas...

— Mas o quê? - Ele questionou me interrompendo, sua expressão alegre foi substituída por uma expressão de tristeza, ele olhou para o sinal que já estava verde e dirigiu esperando uma resposta.

— Yeonjunie olha, meus pais são legais sim mas quando se trata de assuntos sérios como esse, eles são muito exigentes e protetores. - Ele suspirou pesado e comprimiu os lábios franzindo a testa. — Não fica assim, no tempo certo nós moraremos juntos. - Sorri de lado tentando o tranquilizar.

Eu daria qualquer coisa só para não ver ele daquele jeito, senti meu coração quebrar em micropedaços. Eu amo Yeonjun e eu faria qualquer coisa só para o ver feliz mas... não dependia de mim e sim dos meus pais.

Um silêncio constrangedor se instalou entre nós, Yeonjun estava pensativo, eu tentava falar alguma coisa mas acabava por desistir. Respirei fundo e o encarrei com um sorriso sugestivo.

— O que foi? Porquê você está me olhando assim? - Ele questionou quebrando o silêncio.

— Quando você vai me deixar guiar? - Questionei com um sorriso sugestivo, ele me encarou confuso.

— Você quer guiar? - Ele arregalou os olhos surpreso, assenti com a cabeça afirmando. — Você? Guiar?? Um BMW??? - Ele questionou pausadamente.

— Sim, qual é o problema? - Questionei indignada.

— Aysha, se você estiver procurando uma maneira de nos matar então compre um veneno. - Ele franziu a testa incrédulo, o encarei boquiaberta ainda processando o que ele disse.

— Você não está me levando a sério, não é? -Cruzei os braços indignada, fiz biquinho chateada.

— Não que eu não esteja ti levando a sério, eu estou sim e por isso eu digo que se você guiar, nós estaremos indo em direção a morte. - Ele estacionou em frente a minha casa, desligou o carro, tirou o cinto de segurança e se virou para mim. — Amor escuta, não tem problema em você querer guiar é só... esse não é um carro seguro para você guiar. - Tirei o cinto de segurança e o encarei me virando para ele.

— Você não confia em mim?

— De onde você tirou essa ideia?! É claro que eu confio em você.

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