Letícia 3.0

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Boa leitura! Capítulo mais curtinho❤

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Boa leitura! Capítulo mais curtinho❤

Eu nunca tinha pensado direito sobre o que significava o amor. Apesar de sempre dizer que odiava, a fala de Luana me abrira os olhos. Samuel e eu só tínhamos chegado até aqui puramente por amor. Por nossos amigos e por nós mesmos.
 
A pressão sobre mim estava quase me matando e nem imaginava como estava sendo para Sam. Ao olhar em seus olhos, podia saber que a ansiedade o consumia. Precisávamos fugir!
 
Luana chorava. Mas ao mesmo tempo que se debulhava, seu rosto estava vermelho de fúria. Eu me aproximei para acalmá-la, porém não sabia quanto tempo mais poderia conter, afinal Ísis tinha saído com Khalil e nem podíamos imaginar o que ele estava fazendo com nossa amiga.
 
— Temos que sair daqui. Agora! — A gótica me disse com um olhar trovejante que quase nunca via em seu rosto. Ela tinha razão.
 
— Mas como vamos fazer isso? — levantei a questão enquanto Samuel se aproximava para escutar. Tínhamos que demonstrar não estar em uma conversa já que a sala permanecia no silêncio e Bruno com seus guardas vigiavam nossos corpos minados de C4.
 
Bruno nem sequer disfarçava suas tremedeiras com a arma.  Nervoso, pareceu ficar após a saída de Ísis. Culpa? Talvez. Pelos anos que passei ao lado de meu amigo poderia dizer que sim, mas aquele Bruno que convivera comigo era o mesmo que agora queria me matar?
 
— Atacando. Samuel, você se joga em cima do guarda de trás. Eu cuido de Bruno e você fica com o da direita, Letícia. A Manu deve ajudar por fim...
 
— Mas e os funcionários? — Indaguei me referindo ao pessoal que ajudara instalar os coletes. Eles permaneceram quietos permeando a parede com feições assustadas.
 
— Esse pessoal não vai fazer nada, eu acho. Não foram chamados para bater em ninguém. São o esquadrão da bomba. Khalil deve ter pedido os especializados — concluiu ela jogando os cabelos pretos para trás de si.
 
— Se for para agir, precisa ser rápido. Primeiro que Ísis deve estar precisando de ajuda, segundo que nossa situação não deve mudar muito mais. A hora é agora — anunciou Samuel com seus cachos revoltando-se.
 
A hora é mesmo agora?
 
— Mas e as bombas que estão ligadas a nós? —  levantei a questão. Existia a singela possibilidade de que se nos envolvêssemos em um combate, esses explosivos não ficariam mais quietinhos e sim pulverizariam nossas cabeças pelo ar.
 
— Temos que torcer para que não explodam... — pronunciou Manu que nem tinha notado sua aproximação. O cansaço no rosto dela era visível. Com certeza era seu psicológico.
 
— Okay, então no três — resolvi dar início a uma contagem para a guerra que iria começar contra pessoas que estavam com armas.
 
Mas minha contagem não chegou ao fim.
 
Por trás dos guardas, Cidalice apareceu correndo e gritando. Ela agarrou o primeiro guarda, asfixiando-o com um pedaço de pano. Segurou forte, prendendo todo o ar do homem. Ele foi ficando vermelho desabando em cima dela, tentando apontar a arma para algum lugar.
 
Todos os outros se mexeram a fim de entender o ataque repentino vindo do corredor.
 
— Surpresa! — gritou Valentina que apareceu logo em seguida. Não prestei muito atenção em seu rosto porque não demorou e ela já tinha lançado alguma coisa bem no meio da sala. O objeto pequeno não tardou a mostrar para o que veio, explodindo em fumaça. O barulho foi alto e o impulso de Samuel foi somente me jogar para trás. Minhas costas bateram no chão com força enquanto rangia os dentes.
 
O barulho da bomba de fumaça tinha sido tão agudo que meus ouvidos só apitavam. Meus olhos queimavam com a nuvem branca que subira no ar desnorteando todos do local. Tiros e gritos continuaram mesmo com o breu da névoa que cegava arduamente. Meus olhos passaram a lacrimejar enquanto decidia deslocar para o fundo da sala. Abaixei minha cabeça protegendo-me com as mãos. A tosse preencheu meus pulmões, porém não parei de me arrastar. Samuel tinha sumido do meu lado e fiquei traumatizada com seu sumiço.
 
Quando alcancei a estante de livros na parede ao fundo, me permiti respirar e tentar enxergar melhor a situação. A fumaça começou a se assentar depois de um minuto e a cena instalada se revelou para mim.
 
Largada no fundo da sala e com a C4 ainda intacta sobre minha caixa torácica, avistei Samuel jogado no lado esquerdo da sala.
 
Ele estava desacordado e sua cabeça tinha um ferimento. Aquilo fez o meu coração doer e coloquei meu corpo em movimento sem demorar. Alcancei o corpo dele do outro lado. Sua C4 permanecia intacta. Soltei um suspiro e tentei levantá-lo na tentativa de acordá-lo, ele tinha que acordar! Balancei-o, chamando seu nome, chorando muito. Deveria ter sido o desespero que só me fez checar sua respiração e batimentos momentos mais tarde. Tentei me acalmar respirando e pensando em nossos momentos felizes. Ele iria ficar bem.
 
Quando meu corpo diminuiu um pouco a adrenalina, chequei seus batimentos e respiração. Estava bem, fraco mas bem. Beijei sua testa em uma cena de alívio. Eu não sei o que seria de mim se ele não estivesse respirando. Abracei seu corpo e levantei sua cabeça. Uma vez eu tinha assistido a uma série médica de que se deve ter alguns cuidados quando ocorrem traumas na cabeça. Eu esperaria um pouco, se ele não acordasse eu me preocuparia.
 
Cidalice tinha empurrado um guarda para o lado e se levantou meio confusa, caminhou até mim, coberta de pó. Ela olhou para Sam e disse:
 
— Precisamos levá-lo no médico, mas ele vai precisar acordar — seu rosto exibia preocupação e foi só dessa vez que minha atenção saiu de Samuel. Valentina já estava de pé também, mas apoiada na parede e respirando fundo. Luana se apoiava nela, buscando ar. Os funcionários tinha desaparecido da sala, provavelmente tinham corrido.
 
— Teremos que esperar. Só sei que eu preciso dele bem — me expressei, acariciando suas bochechas e com os olhos em lágrimas.
 
Depois de alguns segundos e me assustando, Samuel respondeu:
 
— O que seria de você sem mim, não é? — sua voz saiu rouca, mas com o sorriso debochado de sempre. Meu corpo se aliviou totalmente, mas ainda continuei apoiando sua cabeça com cuidado e falei:
 
— Seu bobo. Eu tive medo... Eu achei que... Que tinha te perdido. Ai, como é bom escutar sua voz — dei a risada mais gostosa que tinha entregado em dias e ele se levantou devagar enquanto eu o ajudava a se sentar.
 
— Você precisa ir a um hospital e ver se tá tudo bem nesse ferimento — olhei para o sangue ainda com preocupação.
 
— Sou vaso ruim, Letícia. Não quebro não.
 
— Ah, quebra sim. Há alguns minutos você estava desacordado, sabia? Precisa ir fazer uma tomografia imediatamente. Temos que dar o fora desse lugar — disse com meu tom mandão. Como é que meus amigos sobreviveram aqui por tanto tempo?
 
— Eu até diria que é um ótimo plano, mas a Manu sumiu! — Luana se revoltou de repente, olhando para todos os lados em busca da garota. Olhei ao redor constatando o que menos queria.
 
— E o Bruno também — Agora, além de Ísis, tínhamos outra pessoa que se fora. Aquilo me gerou mau pressentimento.
 
— Vou sair daqui, é agora! — disse a gótica andando com pressa em direção a saída da sala. Saí de perto de Samuel e a alcancei dizendo:
 
— Não!
 
— Não? — me encarou em um tom indignado e com a expressão do que eu poderia dizer ser nojo.
 
— Lu, eu te amo, mas estamos com uma chance de fugir agora. Estamos sozinhos na sala da saída e não, não devemos ir atrás da Manu. Vamos buscar policiais para resolver tudo. Se tomarmos a atitude errada nesse momento, pode custar caro.
 
Me doía dizer o que estava dizendo, mas eu tinha um plano.
 
— Eu acho que não te conheço mais, Letícia. Esse tempo aqui embaixo deve ter mudado as coisas. Ou saímos todos nós ou não sai nenhum. Temos que salvar Manu e Ísis. Não é uma opção.
 
— Para salvá-las, temos que ficar vivos primeiro — contra-argumentei.
 
— Mas estamos! Se não, não estaríamos tendo essa discussão idiota.
 
— Ela tem razão, Luana. — Cidalice que nem sequer havia conversado com a gótica, interviu em nossa pequena briga. — Eu não gosto de ter que precisar da polícia, mas se formos buscar as outras duas, podemos entrar em um beco sem saída de novo e ninguém sair vivo.
 
O silêncio rondou logo após a fala da mais nova. Valentina assentiu em concordância. Samuel não sabia o que dizer, ele parecia estar em um impasse se eu bem o conhecia.
 
Caminhei até o alcorão, nossa saída. Indiquei com o dedo o túnel que seguia depois dali. Cidalice e Valentina prosseguiram por aquele caminho. Luana permaneceu com os pés plantados e muito indignada.
 
— Luana, confie em mim — minha sinceridade foi ao auge e segurei suas mãos. — Vamos voltar e elas não vão ficar nem mais um dia nesse lugar. Com o seu depoimento, os policiais não terão outra opção se não invadir. Eles só precisavam de mais informações para fazer o resgate.
 
Chorando muito e com o rosto ardendo em vermelho, ela cedeu após minhas palavras. Andou com muita tristeza no rosto até a porta do alcorão.
 
— Acho que não tem mais o que eu dizer, né? — Samuel falou entrando no túnel, logo depois de Luana. — Nunca gostei de ter que confiar na polícia, mas e se Khalil tiver reunido mais guardas ou alguma coisa do tipo? Precisamos de reforços.
 
Luana olhava para o chão quase com vergonha. Era dolorido de se ver. Assim que todos estavam dentro do túnel, dei um sorriso. Bati a porta do alcorão com força antes que a visão dos quatro me fizesse mudar de ideia. Tranquei-os para o lado de fora enquanto gritavam meu nome.
 
— Letícia, que merda é essa? — Samuel estava visivelmente com raiva e gritava batendo contra o alcorão do outro lado. Meu olho lacrimejou. Gritos de ódio de Cidalice e Luana também se seguiram.
 
— Foi como Luana disse, Samuel. Ou saímos todos nós ou não sai nenhum — apoiei contra a porta de saída que eu mais desejei  nos últimos minutos. — Vocês vão ficar bem e eu vou salvar as outras duas.
 
Aquela frase tinha sido a minha final. Virei as costas para a saída e ainda com gritos de protesto, saí da sala.
 
Quatro amigos meus estavam a salvo, agora faltavam duas e eu as ajudaria.  
 
XXX
 
Eu não sabia como as encontraria, mas conseguiria. Uma vez há muito tempo, me disseram que era preciso ter fé em si mesmo mais do que qualquer coisa para se conquistar algo. Agora essa frase fazia muito mais sentido. Eu não tinha pistas de onde Ísis ou Manu poderiam estar naquele lugar imenso que eu só havia ficado por pouco tempo. Eu virava pelos corredores com pressa. Pretendia chegar ao próximo andar com as escadas. A queimada tinha sido no topo do prédio pelo o que Samuel me contara quando Ísis saíra. Aquele incêndio deveria ter inviabilizado a utilização de qualquer elevador.
 
Os degraus surgiram a minha frente e comecei a subir com uma rapidez impressionante. Apesar de nunca ter sido atleta, nesse momento eu me sentia capaz de vencer uma maratona. Os lances foram se passando enquanto minha coxa queimava, mas o próximo andar apareceu com mais barulho do que o anterior. As pessoas corriam.
 
De um lado para o outro, guardas se mobilizavam e gritos ecoavam. O prédio entrara em colapso e todos só pensavam em sair. Ninguém se importou com a minha presença e agradeci não ser notada, mas a algazarra dificultava minha busca que de porta em porta, eu verificava.
 
Pela primeira vez, a possiblidade de que elas não estivessem mais no edifício, alcançou minha mente. Poderia ser que Khalil tivesse ido embora com Ísis e talvez com Manu também. Assim ele daria continuidade ao seu plano somente com elas e deixaria para trás o fiasco que tinha se tornado sua base de operações.
 
Olhar cada sala estava se tornando um processo lento e aquilo me irritava. Se contentando de que por ali não havia nada, iniciei a subida ao próximo andar. Com a respiração irregular, alcancei o próximo patamar um pouco zonza, não podia parar.
 
Abre porta, corre, sobe degraus, olha atentamente. Um ritual que se tornou involuntário depois de minutos repetindo. A frustração queria me alcançar, mas quando cheguei ao último andar, exatamente o que Samuel tinha queimado, comecei a escutar.
 
—  Atirem nela, correu por algum lugar aqui em cima! — a voz de Khalil era grave e sem nenhuma oscilação por mais que parecesse que tudo tivesse fugido do controle.
 
— Senhor, as suas ordens. Só gostaríamos de comunicar que Bruno está a postos com Manu. Houve uma briga na sala de comando ao que parece e os reféns saíram de controle — continuei escutando a conversa, enquanto avançava nos últimos degraus que me entregava a uma porta de emergência. Trancada.
 
Teria que ser por outro caminho. Comecei a andar pelo andar em cinzas, tentando pensar. Mas nada parecia contribuir em meio a saraivada de tiros que não parava e a qualquer momento, um deles poderia acertar Ísis. Me deparei com dois elevadores e suas portas queimadas em uma parte do corredor. Um dos elevadores estava fechado e não parecia que iria abrir devido ao incêndio, já o outro, ainda tinha suas fitas de interditado que pelo o que Manu me contara, foi o que eles tentaram escapar no outro dia.
 
Puxei as fitas de interdição que já tinham sido quase inteiramente puídas pelo fogo anterior. Entrei no elevador que tinha uma grade no teto e ele começou a subir chiando com vários estalos. Apesar de assustada, sentia que tinha feito uma boa escolha. O outro elevador mais novo tinha um sistema de denúncia que Samuel explicara. Para selecionar os andares era por uma regra de três, ou algo assim. O cubículo de ferro chegou a superfície e ele se abriu enquanto eu suspirava. A clareira era iluminada somente por luzes de postes e os tiros não tinham parado, apesar de diminuído. O cheiro da floresta me atingiu com força enfim do lado de fora.
 
Me joguei no chão com a mãos sobre a cabeça e tentando me fundir a escuridão que ali havia.
 
— Letícia... O que você está...
 
Sem imaginar, Ísis estava bem ali, mais perto do que sequer cogitara. Chorava copiosamente e parecia em transe. Abraçava seus joelhos com uma dor visível enquanto se apoiava na parede ao lado do elevador. Me aproximei dela com cuidado, o medo me alastrou. O que tinha acontecido?
 
— Vem! Temos que dar o fora — foi o que consegui pronunciar. Segurei em seu braço e ela não pareceu reagir ao meu pedido. Alguns segundos depois, ela retornou a realidade:
 
— Sim... — Levantamos uma com a ajuda da outra. Foi então que me lembrei: Khalil saíra da sala com ela e Brian. Onde Brian tinha ido parar? Resolvi não perguntar, já que parte da resposta estava visível em seus olhos tristonhos.
 
— Ali! — uma voz gritou de repente, e já passamos a nos curvar novamente sob mais uma sequência de tiros. Dois homens tinham alcançado o outro ponto do corredor gradeado. Tomando um susto e de forma instintiva, puxei a Ísis para a primeira porta que vi a minha frente. Segundo meus cálculos, aquela deveria ser a saída das escadas que não tinha conseguido passar anteriormente, mas diferente de antes, pude ver que o trinco para abri-la ficava justamente do lado de fora. Viramos o trinco rapidamente e abrimos a porta. Nos escondemos atrás dela, das balas que ainda ricocheteavam aqui e acolá. Batemos a porta indo em direção a escada.
 
— Tem um problema — disse com medo visível estampando no meu rosto. — Não podemos fechar pelo lado de dentro, então teremos que correr, sem parar. Eles virão atrás de nós.
 
A batida de pés do outro lado continuou, afinal deveriam ter chegado mais guardas em auxílio da gritaria dos primeiros. Começamos a descer a escada quase aos tropeços e sem olhar para trás, dentro do esconderijo mais uma vez. Quando alcançamos o andar das cinzas, tomei uma decisão que me assustava, mas que era necessária. Sem parar de correr, alcançamos um corredor menor em que estivera mais cedo. Foi a entrada que eu, Cidalice e Valentina, tínhamos entrado quando chegamos.
 
— Ísis, presta atenção — segurei nos ombros dela com firmeza. — Quase todos foram embora, só você e a Manu ficaram pra trás e eu resolvi vir buscá-las, mas a questão é que tem um batalhão descendo pra cá agora e estamos encurraladas. Temos que ir embora sem a Manu.
 
Comecei a chorar porque prometi não deixar ninguém para trás. Mas restavam duas opções: continuar descendo as escadas e acabarmos sendo pegas no fim das contas talvez sem achar Manu, ou ir embora e nos manter a salvo.
 
— Letícia, eu confio em você. Sempre confiei — um sorriso tenro surgiu em seu rosto e eu quis guardar aquela lembrança para sempre em minhas memórias. Doeu, mas abrimos a porta da saída e a batemos logo em seguida.
 
Manu tinha ficado para trás...
 
Permanecemos em silêncio e sem se mover para ir embora. A marcha trôpega e ensurdecedora dos guardas com seus armamentos, chegaram em peso do outro lado da porta. Eu sabia que tínhamos que continuar em frente, porque apesar de escondidas, nada garantia que Khalil não mandaria suas forças por essa saída ainda. Porém contava que ele imaginasse que tínhamos descido para os outros andares.
 
— Nada por aqui! — um homem berrou tão próximo da porta que até parecia que ele a abriria e nos encontraria. Seu grito me assustou porque estava certo, marcado e decidido sem volta que Manu ficara.
 
Não aguentando o peso em meu coração, indiquei para Ísis que nos locomovêssemos, mas antes que saíssemos do lugar, a voz de Khalil reverberou forte e com ódio do outro lado:
 
— Elas fugiram! ISSO NÃO ESTAVA NOS PLANOS! Eu quero que todos me ouçam — a movimentação que estava sem parar, cessou. — Eu estou dizendo que a partir de agora, estamos começando o plano retaliação. Todos sabem muito bem o que fazer. Tragam-me Manuela agora! Ela vem comigo, e vamos acabar com tudo isso. Eles conhecerão quem é o profeta esta noite!
 
Fazendo meu corpo entrar em desespero, coloquei tanto eu quanto Ísis em movimento. A vida de Manu dependia de nossa rapidez. Pelo menos eu achava que sim.
 
XXX
 
Abrimos a porta de saída ao fim do túnel. Não paramos de correr um segundo e na minha cabeça, tínhamos percorrido o caminho mais rápido do que poderia ser. A casa de Valentina se estendeu a nossa frente e olhando para aquela mansão, parecia que eu tinha estado ali fazia anos.
 
Percorremos os corredores da casa e tudo parecia normal, mas tomamos um susto quando olhamos pela janela e vimos a entrada da residência.
 
Milhares de pessoas estavam na frente da mansão dos Tupiasú. A imprensa... Repórteres localizavam o melhor ângulo, pessoas olhavam curiosas buscando entender a situação, carros buscavam vagas na rua lotada e o alvoroço se instalava.
 
Alguma coisa sobre os Tupiasú tinha ido parar na mídia e por questão de horas que tínhamos passado longe, muitas coisas pareciam ter mudado.
 
— Eu mal saí do buraco e já sou o centro das atenções? — Foi a primeira brincadeira que vi sair de Ísis desde que tínhamos fugido. Como se tivesse caído em culpa por ter brincado, ficou em silêncio mais uma vez.
 
Segurei a mão dela e tomei a iniciativa de ir ver o que estava acontecendo e por que um milhão de câmeras apontavam para aquela casa.

Oii! Não esqueça de deixar seu comentário e estrelinha! É muito importante pra mim.

Sendo sincera com vocês, não gostei muito desse capítulo porque acho ele um pouco confuso, não sei vocês. Mas era necessário pra vocês entenderem em que ponto parou cada personagem faltando poucas partes para o grande fim.

Confesso que estou empolgada! Até a próxima!

Nós Odiamos O Amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora