Bruno 5.5

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Nosso esquenta carnaval continuaaa!

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Nosso esquenta carnaval continuaaa!

A dor do soco era uma das piores que eu já tinha sentido. Isso porque eu já praticara boxe e também já me envolvera em algumas brigas no passado, mas eu podia dizer com muita certeza que a dor daquele soco foi a pior da minha vida.

Samuel tinha se lançado contra mim no banheiro e acertou um soco direto no meu nariz. Minha cabeça foi para trás no impacto e acabei batendo ela por cima do vaso. Samuel esperou que eu revidasse, mas quando notou que eu não reagi, ele partiu para cima novamente com outros socos. Com a minha visão meio anuviada e com o sangue descendo do meu supercílio, eu não podia dizer com certeza quantos socos foram e quando eles pararam, só conclui que alguém impediu Samuel de continuar.

Fechei os olhos caído e apenas escutei quando ele gritou:

- POR QUE VOCÊ NÃO ME BATE? EU TÔ BEM AQUI! - rugiu a voz dele e de longe poderia culpá-lo. Eu queria que meu corpo sofresse, nada serviria de perdão para o que eu tinha feito. Nunca me perdoaria.

- Fica quieto, Sam. Eu te peço. Se você não parar, alguém vai nos achar - Letícia disse acalmando ele. Minha visão retornava aos poucos mesmo que vermelha. Me arrumei no chão encarando eles, mas sem demorar, me viraram de costas, jogaram-me no chão e amarraram minhas mãos. A mordaça veio logo depois. Colocaram meu corpo sentado em cima do vaso.

- O que fazemos? O que fazemos? Não contávamos com isso, na verdade não contávamos com nada! Será que deveríamos ter vindo mesmo? - Foi Samuel que assumiu o papel de acalmá-la segurando Letícia agora. Ele passava as mãos pelos braços e pelos ombros dela murmurando coisas em seu ouvido.

- Espera, pra tudo tem uma solução, menos a morte - proferiu Cidalice em seguida. Me encarou após isso. - Uma coisa que eu estou estranhando é ele. Não gritou nenhuma vez desde que chegamos, nem lutou contra Samuel. Tem algo de errado.

Todos me olharam em silêncio e olhei de volta.

- Por quê? Por que você tá desse jeito, seu filho da puta? - Samuel assumiu a dianteira do interrogatório. Removeram minha mordaça.

- MATARAM ELA! A MANU SE FOI! - falei o mais alto que pude apesar da minha voz sair rouca e desesperada. Sem acreditarem e pensando terem ouvido errado, todos tiveram uma reação confusa. Mas após dois minutos, Luana caiu no chão chorando de forma dolorida e Letícia foi atrás para ampará-la.

- Como assim? O que você tá falando? - insistiu Samu.

- Eu não vi mais ela. Mas escutei ela gritando depois que Khalil entrou no quarto e tinha muito barulho. Tentei lutar contra os guardas pra saber o que tava acontecendo. Mas eu não consegui... Eu simplesmente não consegui.

- Ah, não conseguiu, não conseguiu. Você matou ela. Não tem desculpas. Se tivesse nos ajudado, se não tivesse ido pro lado daquele babaca, ela ainda estaria viva! - minhas lágrimas desceram salgadas porque era exatamente aquilo. Não tinha nenhuma mentira.

Nós Odiamos O Amor (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora