Mais um pra vocês curtirem!
O túnel era menor do que tinha imaginado. Cidalice e Valentina vieram todo o caminho repetindo os detalhes de como acharam para encontrar a bomba de fumaça e como fizeram para colocar o plano em ação. Eu até que tentei me distrair com a empolgação das duas que mais pareciam crianças, mas a minha cabeça se martirizava. Por quê? Por que ela não pediu pra eu ficar? Para eu ajudar a resgatar as outras duas, nós dois juntos seríamos melhores.
Mas não... Ela resolvera fechar a porta com nós quatro para fora sem mais nem menos. Eu me culparia se algo acontecesse com ela, deveria ter previsto, afinal eu a conheço e sei muitas coisas que ela imagina. Porém enquanto ela foi deixando que todos entrassem no túnel menos ela mesma, eu deveria ter me quastionado, ou dito algo...
— Dá pra parar de se remoer, não aguento mais seu nariz mexendo desse jeito!
— Eu não estou me remoendo — pronunciei em resposta para Luana que andava ao meu lado com uma cara tão emburrada quanto a minha e nem fazia sentido ela me julgar.
— Samuel, meu querido. Você sabe tão bem quanto eu que somos parecidos e quando se trata desses mínimos detalhes, eu sei quando está incomodado.
E sabe mesmo. Chega até a ser chato.
— Mas como não ficar incomodado? A Letícia acabou de se sacrificar e eu a deixei, sem poder fazer nada. Eu deveria ter feito algo diferente, Lu. Nós estamos juntos há dias nessa empreitada e de repente ela decide que quer seguir sozinha? Eu tô puto pra caralho — notei que tremi um pouco na fala ao mesmo tempo que meus olhos queriam chorar. Nada mudaria que eu a deixei.
— Ei, ei — ela tocou no meu ombro. — Eu sei que não vai entrar na sua cabeça agora, mas você não poderia ter feito nada de diferente. A Letícia decidiu fazer isso sozinha e agora já foi. Eu não queria que ela tivesse ficado pra trás sem ninguém. Afinal não sei o que tem na cabeça dela para achar que vai se dar bem contra um sequestrador e exército sem a ajuda dos amigos.
— Você sabe que só piora dizendo isso, não sabe? — imaginei Khalil arrastando Letícia pelos cabelos para dentro de uma sala escura com uma faca na mão.
— Ah, foi mal — ela riu. — Mas assim, o que eu quero dizer em geral é que as coisas fogem do nosso controle as vezes e não tem como mudar.
Aquela frase dita por Luana fazia todo sentido e não só para aquela situação. Eu não podia ter impedido a morte do meu pai, nem da minha mãe, o sofrimento do meu irmão, muito menos o sequestro dos meus amigos. E agora para somar mais uma coisa, eu não podia ter impedido o que Letícia decidiu fazer.
— Obrigado — parei de andar de repente e abracei Luana, fortemente. Surpresa, minha amiga devolveu o abraço com força apertando meu peito. — Você não sabe o quanto eu estava precisando escutar isso.
— Ah, eu também senti sua falta — ela deu uns tapinhas em minhas costas fazendo minha risada ecoar.
— Me desculpa por não ter chegado antes nesse lugar horrível. Eu e Letícia demos nosso máximo — disse imediatamente.
— Ou! O que eu acabei de dizer sobre não poder mudar o passado? — rebateu com uma pergunta.
— Sim, sim. Pode deixar que eu aprendi — quando vimos, Valentina e Cidalice tinham apertado uns 30 metros a nossa frente e já começaram a nos chamar para andar mais rápido. Assim que retornamos nossa caminhada, voltei a lembrar que não podíamos ter nos abraçado. Os coletes com as bombas, ainda estavam acoplados em nossos peitos. A ideia de não arrancá-los viera de Cidalice. Segundo ela, se não removêssemos as C4’s seria melhor porque, as bombas estavam em um túnel e se elas ficassem para trás poderiam colocar tudo abaixo, inclusive o esconderijo, então o plano era levá-las em segurança até a polícia e ver como faríamos. Até porque de qualquer forma, se assim Khalil decidisse, elas poderiam explodir a qualquer momento.
— Samuel, você e a Letícia vão ter uma surpresa quando chegarem na superfície. Antes de virmos pra cá, na verdade bem antes de tudo, você se lembra daquele dia que a Letícia passou o dia no desfile de Valentina, você na casa do Nícholas e eu na casa do Eduardo? — Cidalice tentou me contextualizar a cerca do que precisava me contar.
— Sim, eu tive que me disfarçar como trabalhador. O que teve aquele dia? — a única coisa que vinha na minha mente é claro, era meu beijo gostoso com Letícia naquele corredor em que ela agarrou meu macacão e...
— Então, — Cidalice interrompeu meus pensamentos e quase acabei rindo. — foi nesse dia que eu encontrei algo. Eu disse a vocês que não tinha achado nada, mas encontrei sim. Tirei fotos e levei todo o registro para a polícia. Eu achei todas as evidências da lavagem de dinheiro que os Tupiasú cometiam e também levei as autoridades fotos de pessoas que foram torturadas. Tudo estava naqueles computadores. Na delegacia, os oficiais me parabenizaram, mas disseram que eu precisava ficar em silêncio, pois precisavam comprovar tudo em questão de dias. Foi então que você e Letícia encontraram a localização do esconderijo. Imagino que eles devem estar relacionando uma coisa com a outra e a mídia já deve estar explodindo nesse momento. — Aquilo sim que era uma revelação das boas.
— Isso significa que todo mundo provavelmente já sabe o que o meu irmão faz? — Valentina perguntou e um silêncio reinou.
— Sim... — respondeu Cida. — Provavelmente. Eu sinto muito, Valentina. Mas meu sonho é ajudar as pessoas e fazer a justiça acontecer, então eu precisava fazer isso.
Acho que todos esperavam um ataque por parte dela, mas ruminou apenas a calma. A Tupiasú, se virou de costas com lágrimas despontando e prosseguiu o caminho no túnel.
— Isso me dá orgulho — olhei para Cidalice que me respondeu com um olhar de gratidão. Ela tinha sido excepcional e já podia ter o vislumbre da profissional um dia ela viria a se tornar.
Nossas respirações não aguentavam mais aquelas bombas nos comprimindo quando chegamos ao fim do túnel e subimos uma escada de ferro com a luz das estrelas indicando a saída. Não me contive em dar um sorriso quando vi que tínhamos saído, que estávamos livres.
XXX
A delegacia estava em polvorosa. Oficiais do sul e do norte andavam preparados e as forças especiais se organizavam em uma sala reservada do local. Assim que chegamos, Luana nunca mais parou de chorar. Câmeras e repórteres nos bombardearam de perguntas e fotos, porém não demorou para que o delegado nos tirasse daquela enrascada. Primeiro, fomos levados a uma sala neutra com apenas uma mesa, onde chamaram uma equipe para remover aqueles coletes de nossos corpos. A equipe demorou por volta de uma hora para chegar, mas assim que o fizeram, concluíram o serviço com uma eficiência assustadora. Em menos de meia hora, nós quatro não tínhamos mais aquela ameaça presa a nós.
Nos ofereceram água, comida e atendimentos médicos. Aquilo nem parecia real, nada parecia no lugar. Nada estava completo porque nem Ísis, Letícia e Manu estavam ali. Por isso, na minha mente tudo era um desfoque. Eu seria encaminhado para o hospital em breve, devido a minha cabeça que precisava de uma tomografia. Mas antes seriam apurados nossos depoimentos. Luana e eu fomos os primeiros, devido a minha emergência médica e ao fator de que ela tinha sido uma das primeiras sequestradas. Ela me contou depois que entregou cada detalhe necessário aos policiais desde a história do tal Khalil até as instalações que sobrevivera. Foi muito difícil para ela, colocar tudo aquilo em palavras, mas no fim expressou que ficava feliz em contar o que tinha acontecido porque não queria que aquele inferno acontecesse com mais ninguém.
Os policiais disseram com todas as palavras de que o que eu fiz foi irresponsável, inconsequente e egoísta. E que jamais, um adolescente como eu deveria simplesmente decidir invadir um sequestro do qual eu não tinha o mínimo de preparo para fazer aquilo. Mesmo que não me incentivassem, disseram que no fim eu ainda receberia uma condecoração por ter ajudado a trazer uma das sequestradas de volta.
Após todas as entrevistas e conclusões, duas paramédicas simpáticas vieram conversar comigo da minha passagem até o hospital. A responsável mais próxima que eles ligaram da minha família foi minha tia que me atendeu no telefone quase em desespero e alívio. Ela disse que sentia muito por tudo e chorava lembrando da minha mãe. Elas sempre foram irmãs grudadas, até que minha tia resolveu se mudar para uma cidade do interior de São Paulo por uma oportunidade de emprego, mas minha tia nunca deixou de se importar conosco. Sempre ligava e aparecia em datas importantes. Nunca vou me esquecer que para fazer uma prova, ela foi a pessoa que me salvou com uma calculadora científica, que jogava playstation 3 comigo e quem sempre me aconselhou sobre tudo.
— Tia, eu te amo muito, mas agora eu tenho que ir. Vê se cuida bem do Erick e diz pra ele que logo eu apareço para abraçá-lo bem forte — ela se despediu desligando o celular e meu coração acalmou. Por mais que o mundo ainda parecia desabado sem minha mãe, nunca ficaria sozinho. Ainda tinha minha família.
Quando me virei na direção da ambulância que me levaria até o hospital, tomei um susto. As paramédicas acabavam de começar um atendimento as pressas e percebi melhor as vítimas quando me aproximei. Nos braços da paramédica mais velha, estava Ísis! E em amparo, Letícia permanecia ao lado oferecendo informações. Corri até a ambulância e analisei a cena de perto.
— TI! — gritei e ela olhou de olhos arregalados para mim. Mas nem dei tempo para que ela reagisse. Abracei seu corpo com olhos fechados. Apurei todos os meus sentidos para senti-la por inteiro. Nossos corações bateram na mesma frequência por alguns minutos e aquilo foi o suficiente para que eu caísse no choro. Se fosse um pesadelo ruim, eu preferia acordar agora para que a ilusão não piorasse.
— COMO PÔDE FAZER ISSO COMIGO? — gritei em seu ouvido sem soltá-la. Por mais que estivesse exaltado, ela continuou me abraçando e não se importando que meu nervosismo estivesse em seu ápice.
— Eu estou aqui não estou?
— Está! Está sim — com meu rosto molhado de lágrimas quando eu estava indo dizer outra coisa, ela me beijou. Um beijo quente e explosivo. Só pude me deliciar com sua boca e agradecer a Deus duas vezes que ela estivesse bem. Agradecer ao universo que a minha garota preferida no mundo estava bem e a salvo.
— Agora me conta: como as coisas estão por aqui? — quis saber ela.
— Você primeiro! Como raios você saiu bem de lá? — a pergunta mais importante do momento com certeza.
— Depois de fugir de uns tiros, subir umas escadas e encontrar a Ísis, deu tudo certo, mas eu só consegui pegar ela. A Manu ficou para trás, eu não consegui... — ela baixou o olhar com uma expressão culpada e aquilo não me agradava. Puxei seu queixo com firmeza para que encarasse meus olhos e assim disse baixinho:
— Tem coisas que fogem do nosso controle e não conseguimos mudá-las — beijei-a delicadamente e mantive meus braços ao seu redor por alguns minutos. — Você vai ter que ir na delegacia dar seu depoimento. Eu já dei o meu, agora vou ter que ir para o hospital.
— De jeito nenhum. A Ísis desmaiou pouco tempo depois que saímos do esconderijo e eu tive que trazê-la semiconsciente até aqui. Pedi ajuda de dois paparazzis para que me ajudassem. Eles me ajudaram a retirar nossos coletes explosivos e nos pagaram um Uber até aqui. A questão, Samuel, é que eu não quero ver a cara de nenhum policial idiota agora, só quero ver minha amiga e meu... amor bem.
Amor? Essa era nova. E lá estava Letícia me confundindo pela milionésima vez sobre o que queria para nós.
As paramédicas terminaram de nos auxiliar e nos arrumaram dentro do veículo. Ísis permaneceu deitada em uma maca e com todos os cuidados devidos. O diagnóstico primário é que ela apresentava pressão baixa, por isso o desmaio, desnutrição e desidratação.
Tudo culpa daquele sequestrador desgraçado doente. Eu não soltei Letícia por todo o percurso enquanto as luzes da cidade passavam, borradas pela janela da ambulância. Perguntei a ela, acariciando seus cabelos onde ela tinha tido a brilhante ideia de colocar os coletes e por que tiveram a imprudência de retirá-los sem uma ajuda especializada.
Letícia explicou que eles foram em uma ponte e jogaram ambos os coletes na água do rio. Assim que caíram, explodiram de forma ensurdecedora, mas o máximo de dano que causaram foi uma quantidade de água considerável sendo jogada para todos os lados. O barulho é claro, chamou a atenção de muita gente, mas o máximo de problema que causou foi um trânsito de quinze minutos na ponte. Ela e os paparazzis saíram imperceptíveis e voltaram ao trajeto da delegacia.
Impressionado com a história, escutei cada coisa do que ela dizia mais focado em seu timbre de voz do que na sucessão dos fatos em si.
O hospital não estava muito cheio e as paramédicas nos auxiliaram para o atendimento correto. Eu segui para fazer os exames e Ísis para seu tratamento, deixando Letícia na recepção a nossa espera. Foram duas horas de bateladas de exames e aparentemente eu estava bem. Um médico simpático suturou o machucado na minha cabeça e me senti mais aliviado depois do ferimento ser enfaixado.
Quando liberado, voltei para encontrar Letícia na recepção e ela me abraçou mais uma vez.
— Agora que foi tratado, pronto para mais bombas? — seus dentes estavam cerrados e me preparei para o que diria. — Primeiro, os médicos disseram que a Ísis vai ficar aqui no hospital por no mínimo 3 dias até se recuperar e ela está descansando agora. Eles disseram que os pais estão vindo do sul o mais rápido possível depois da ligação do estado dela. Eu também estou acompanhando o jornal e o delegado acabou de anunciar que a Luana voltou e que eles provavelmente vão prosseguir no caso nas próximas horas. Eu também liguei para a delegacia e dois oficiais vieram até aqui confirmar que Ísis também saiu do sequestro. Disseram que vão querer coletar informações quando ela estiver melhor. O problema em si é que ao meu ver, eles não sabem para onde Khalil vai depois de tudo dar errado. O palpite mesmo é que ele já tenha saído de do esconderijo com Bruno e Manu.
Letícia parecia a mil por hora oferecendo tudo o que coletara nas últimas horas. Ela deveria querer repassar tudo por causa de Manu. Todos nós saímos, mas ela não. E isso nos preocupava.
— Eu acho uma coisa — falei depois de tudo.
— O quê? Que os policiais estão enrolando de novo? Que Manu não vai ser achada? Que Khalil já até fugiu do país?
— Eu acho que você precisa de um banho e precisa dormir. Chega de sequestro por um tempo, o que acha? — soltou um suspiro diante de minha opinião. O jeito era esperar por enquanto. Não havia muito o que ser feito.
Por hora, era preciso somente retornar ao hotel e dormir.
XXX
O relógio indicava meio dia quando acordei com Letícia deitada em meu peito. Os cabelos dela bagunçavam-se pelo meu pescoço. Dessa vez, nenhum nem o outro tinha se abandonado. Soltei um suspiro de alívio e nem tinha reparado que meu coração estava acelerado, talvez tivesse tido um pesadelo.
Como se sentisse, Letícia acordou:
— Eu não tava conseguindo dormir, porque não parava de pensar, mas parecia que eu não dormia direito há mais de uma semana, ai acabei caindo no sono de vez. O cheiro do seu corpo me acalmou — seus olhos azuis se voltaram ao meu rosto enquanto ela pegava meus cachos para enrolá-los.
— Quando chegamos para nos arrumar ontem, foi um alívio poder tomar banho.
— Tanto foi um alívio, que você quase não quis dividir o espaço do banheiro — ela me zoou e me lembrei de nosso banho juntos, tarde da noite. Foi uma sensação boa, apesar de estarmos exaustos.
Fechamos os olhos mais um pouco contemplando a paz do quarto. E como se incomodado com nossa paz, alguém bateu muito forte na porta.
— Se for serviço de quarto, já disse que não preciso — disse me levantando um pouco, mas sem sair totalmente da cama.
— O serviço de quarto se chama Luana — a gótica respondeu do lado de fora e acho que agradou Letícia escutar aquela voz, porque ela parou de beijar meu pescoço para se levantar o mais rápido possível.
— Ei! Eu quero isso mais tarde — falei indignado. Ela riu enquanto colocava uma calça ainda vestida com a minha camisa.
— Já estamos indo — anunciei para nossa amiga do lado de fora do quarto.
Depois de arrumados e dentes escovados, abrimos a porta e a visão do corredor se mostrou para nós. Luana estava muito engraçada, vestida totalmente fora de seu estilo, ela se trajava com um vestido verde claro com o cabelo preso em um rabo de cavalo.
— Eu sei, sei — respondeu como se adivinhasse meus pensamentos — Essa foi a peça melhorzinha que encontrei nos achados e perdidos e não, eu não vi nada preto por lá.
Rimos diante do que ela disse.
— Eu vim acordar os pombinhos. Ainda é uma surpresa pra mim vocês dois juntos, tá? — ela deu um sorrisinho que nos constrangeu. — Acabaram descobrindo a localização de Khalil não faz muito tempo.
A realidade quebrou na minha cara me lembrando de tudo.
— Como assim? — quis saber mais.
— Khalil invadiu o Amazonas Shopping aqui em Manaus. Ninguém sabe direito como e onde especificamente, mas está cheio de seguranças e estão mantendo todas aquelas pessoas presas lá dentro. A quantidade de reféns é imensurável e pelo o que sabemos, tudo pode vir ao ar a qualquer momento. Ele gravou uma live para à polícia mostrando tudo e ele disse que vai explodir o lugar se nós, os adolescentes, não aparecermos lá até as seis da tarde.
Tentamos processar a notícia por cerca de dez minutos porque realmente era muita coisa. Ou a gente se entregava ou milhares de pessoas iriam morrer.
— O que a polícia quer que façamos? — tentou entender Letícia e eu já via em seu rosto toda a preocupação que tinha sumido, voltando.
—Tudo menos entrar naquele shopping. Eles estão tentando achar uma resposta onde não tem, na verdade — Luana baixou o olhar.
— E o esconderijo? Alguma notícia de lá? — indaguei.
— Bem... — continuou ela. — Mandaram uma remessa de policiais para lá e já invadiram o local. Agora estão conduzindo investigações e removendo as vítimas que ficaram para trás com cuidado.
— O que fazemos? — Ti fez a pergunta de um milhão de dólares. Eu não queria ter que dizer aquilo, mas era a única coisa que pensei para ajudar:
— Faremos o que adolescentes inconsequentes sempre fazem. Invadiremos aquele shopping. Temos que salvar aquelas pessoas.
Nenhuma das duas responderam o que eu disse. Não era culpa daquelas pessoas que estavam no shopping, nem culpa nossa. Era culpa de Khalil e tínhamos que destruí-lo de uma vez por todas.
Vão se preparando que daqui pra frente só tem bomba!
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Nós Odiamos O Amor (CONCLUÍDO)
Teen FictionEra para ser mais uma festa normal, porém um desaparecimento aconteceu. Em Pelotas, Rio Grande do Sul, um grupo de seis amigos resolvem sair para badalar na cidade vizinha, mas somente dois retornam daquela festa. Samuel e Letícia vieram embora mais...