Eis que os filhos são herança do Senhor!

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PASSANDO AQUI PARA AVISAR QUE SAIU UMA SPIN-OFF/SEGUNDA TEMPORADA DA FIC DA CRENTE EM QUE SEULRENE SÃO CASADAS E MÃES DE MENINA (KARINA, VAI TER AEPSA VELVET, SIM)!!! ESSE EXTRA SERVE DE PRÓLOGO, VOU DEIXAR O LINK PARA A FIC NOVA LÁ NO FINAL! APROVEITEM!

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Muito provavelmente já se passava da meia-noite de uma madrugada não muito fresca de outubro. Apesar do horário, ainda havia uma luz acesa no apartamento dos Kang. Uma, não. Várias delas. No caso, as luzinhas alaranjadas que decoravam o espelho de Seulgi. A dona do quarto, por sua vez, se encontrava deitada na cama, que era compartilhada com a namorada, naquele momento.

A única coisa audível, na maior parte do tempo, era o do ventilador de teto a refresca-las. Fora as respirações de Seulgi Kang, Irene Bae e de uma gatinha cinza que circulava pelo quarto, não havia mais um som vindo do apartamento. Os pais da Kang haviam ido passar a semana em São Paulo, numa turnê pelas casas dos avós de Seulgi que, à propósito, só não tinha sido convocada a participar por conta do trabalho.

Sim.

Kang Seulgi tinha um trabalho. Tudo bem que era só o primeiro ano como trainee de uma empresa de porte considerável, do parque industrial da cidade vizinha, mas já recebia mais dinheiro, por mês, do que ganhara em toda a vida como universitária. Tá, exagero, mas vocês entenderam. Era bem mais do que uma bolsa-estágio. Era, tipo, quatro delas por mês. Mas nem tudo eram flores. Tinha os lados negativos, também. Tipo as complicações de sua agenda com a da namorada. Irene terminava o último ano de faculdade e estava cumprindo os últimos meses de estágio, para poder se formar. Oportunidades para se ver? Restritas aos fins de semana.

Mas as coisas certamente melhorariam depois que aquilo acontecesse. Seulgi tinha o pressentimento que sim. Por ora, aproveitariam a companhia uma da outra sempre que a oportunidade aparecesse. Como fora naquela sexta-feira. Irene, havia sido dispensada mais cedo da faculdade por ter uma única prova, no primeiro horário. Seulgi, muito perspicaz, usou a brecha para sugerir um encontro; sair para comer algo, assim que a Bae estivesse livre. E depois virem para a casa da Kang, passar a noite e o fim de semana. Para aproveitar que Seulgi teria a casa livre, só para as duas, já que, há poucos meses, o mala sem-alça do irmão mais velho da Kang, Seojun, havia enfim deixado a casa dos pais para morar com a pretendida.

Aproveitar o fim de semana, uma na companhia da outra, então, era o que faziam. Irene Bae que deitava parcialmente sobre o corpo de Seulgi, com uma das pernas entre as da Kang e a cabeça apoiada em seu ombro. Isso enquanto prestavam atenção no celular que Seulgi erguia, de forma que a tela ficasse visível para ambas. As duas que eram cobertas por um lençol, além de suas camisas e peças íntimas.

- Eu gosto, de móveis desse tom. – O silêncio do quarto era quebrado por bocejos e ocasionais comentários sussurrados, como este vindo de Seulgi. – Ilumina mais a casa, principalmente durante o dia. E fica fácil de combinar, se for pra comprar as coisas aos pouquinhos.

- Eu também gosto. – Irene concordou com a cabeça, pela movimentação que Seulgi sentiu em seu ombro. Estava mais ocupada salvar pins de ideias que interessavam não apenas a ela, mas a Bae também. - Lá em casa está uma escuridão, agora, com aqueles móveis escuros e sala naquele tom de pêssego horrível que minha mãe inventou de botar.

- Não gosta de tinta colorida? – Seulgi perguntou. Mais uma coisa a se levar em consideração.

- Não é como se eu não gostasse. Em uma ou duas paredes até fica bonito, mas, se for para escolher, eu prefiro sem. Branco. Ou gelo, se quiser inventar moda. Dá menos trabalho para retocar e ninguém enjoa da cor. – Resposta, aquela de Irene, que não foi tão inesperada assim. – Mais fácil para decorar, também, como você disse.

Livrai-nos do mal, amém!Onde histórias criam vida. Descubra agora