Este é o dia em que o Senhor agiu.

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Seulgi soube que seria uma sexta-feira agitada quando uma Joyce Park chegou à sala de aula como uma gazela, saltitante o suficiente para deixar a Kang e Wendy – que, por algum milagre, não dormia – temerosas quanto ao que viria dali.

- Excelente novidade! – Exclamou a Park, que não se sentou. Apenas jogou a mochila sobre a sua mesa. – Eu finalmente aperfeiçoei a técnica do quadradinho!

- Ahn... E por que isso é boa notícia? – Wendy indagou e a Kang riu baixinho, já que Joyce simplesmente ignorou a Son.

- Seulgi, coloque uma música para mim, por favor! – Joyce pediu e, de pronto, a Kang retirou o celular do bolso para fornecer a tal trilha sonora de que a amiga precisava.

- Tu não tá falando sério que vai começar a mexer a raba no meio da sala? – Wendy resmungou, escondendo o rosto em suas mãos em meio a vergonha alheia que sentia em antecedência.

- Oh, se vou! – Joyce respondeu sorridente. – A Seulgi quer ver, não é, não? Eu até vou ensinar para ela!

- Err... Pode ser depois da aula? – A Kang tentou negociar ao dar play na música. Ou ao menos era a sua intenção, já que um anúncio passou a tocar no lugar. Sua visão periférica notou Joyce a olhando feio. – Tá achando ruim paga o premium para mim.

- Não pago nem o meu, vou pagar o teu. – Joyce enfim bateu uma palminha solitária quando a música enfim começou a tocar e ela pôde demonstrar as suas habilidades.

Se por um lado Joyce performava como se fosse a dona da balada, Wendy observava a cena como se preferisse levar um tiro na testa, e Seulgi ria ao dar gritinhos de incentivo para a Park, a garota que acabara de entrar na sala sentiu-se tendo uma visão do purgatório. Que pior jeito de começar o fim de semana do que com a visão do inferno que era a piriguete da Joyce Park transformando a sala em um baile funk? Quase pior era Seulgi, que dançava sentada fazendo arminhas com as mãos e ainda por cima incentivava a amiga com gritinhos desnecessários, como se apologia às armas não fosse ruim o suficiente. Bem, no mínimo estava gostando da vista. Irene até evitou olhar novamente na mesma direção, com medo de ser traumatizada pela cena.

Caminhou até o seu lugar e foi recebida por Jennie com um grande sorriso. A Kim que se levantou e a recebeu com um abraço apertado. Irene se surpreendeu um pouquinho, até porque já tinha recebido parabéns das amigas pelas redes sociais, mas retribuiu de qualquer forma.

- Desculpa, mas... – A Kim começou ao se afastar e, quando Irene se deu por si, Jennie estava puxando sua orelha enquanto contava rapidamente de um a dezoito. Não adiantou nada a Bae espernear e reclamar. – Parabéns! Agora você pode ser presa!

- Você também, se eu te denunciar por agressão! – E, por mais que estivesse reclamando e massageando a orelha que queimava, Irene ria junto com a amiga. – Fala sério...

- Tradições. – Jennie deu de ombros ao que ambas enfim se sentaram em seus respectivos lugares.

- O que diabos é aquilo? – Irene indicou com a cabeça para a bagunça do fundão. Bem, pelo menos estavam distraídas demais entre si para lhe dar atenção.

- Sei lá. Estamos todas em clima de festa. – Jennie deu uma breve olhada para trás e riu da cena, sem dar ao trio muita atenção. Ao contrário de Irene, que permaneceu encarando com uma careta.

- Ainda não estou com esse clima todo. Hoje tem Educação Física de novo. – Irene reclamou ao bufar, apoiando o queixo sobre a mão que descansava sobre a carteira de Jennie.

- Bem, ainda temos umas aulas antes disso, então aproveite enquanto pode. – Jennie tentou consolar a amiga, mas Irene apenas se debruçou completamente sobre a mesa. – Eu só espero que hoje o professor ao menos monte a rede de vôlei em um canto qualquer. Ajuda a passar o tempo mais rápido.

Livrai-nos do mal, amém!Onde histórias criam vida. Descubra agora