Magnético - Tradução

Capítulo 1: Magnético

❗Avisos❗

Essa fanfic tem vários gatilhos (como estrupo, vícios em geral, abuso infantil, homofobia, relacionamento tóxico, suicídio, assassinato e vários outros), não estou brincando. Por favor, se você pode ser afetado, não leia. Não quero ninguém se sentindo mal.

O casal principal é Adam e Ronan, mas como o planeta não foi feito do dia pra noite, eles não estarão juntos em apenas dois capítulos; eles vão se desenvolver, só pra depois ficarem juntos.

A fic não é minha! Apenas estou traduzindo. Ela pertence a MyChemicalRachel.

“Você disse: sou magnético para as coisas que mais odeio.”

-Magnetic, Waterparks

Sob o céu da meia-noite, tudo era um sonho.

A pele, lavada de um branco pálido e translúcido, quase brilhava na luz prateada. Ele se perguntou como seria ser invisível. Ele poderia deixar o luar lavá-lo e deixá-lo apenas uma poça luminosa. Seria fácil desaparecer.

Ronan quase podia fingir que era um fantasma. Ele se sentia leve. E então ele não o fez.

Ele olhou para si mesmo, observando à distância, enquanto as mãos viajavam sobre seu peito. Levou um momento para perceber que as mãos não eram suas.

Ele empurrou as mãos, embora elas retornassem em um instante.

"Foda-se." Ronan não tinha certeza se ele realmente disse as palavras ou apenas as pensou, mas as mãos ouviram. Ele deixou sua cabeça cair para o lado, lembrando que as mãos devem estar conectadas a um corpo. Com certeza, uma pessoa estava sorrindo para ele. Foi um sorriso preguiçoso.

Não, preguiçoso não era a palavra certa.

Atordoado.

Isso foi mais perto.

Era um sorriso que Ronan reconheceria em qualquer lugar. Um sorriso que reduziu Ronan a uma massa de brinquedo - maleável, flexível. Ele estava meio que apaixonado por aquele sorriso, mesmo que às vezes odiasse a pessoa que o usava. Ele se inclinou no banco do motorista e beijou o sorriso. Sua visão turvou, então ele fechou os olhos. As mãos pousaram em seu peito novamente e desta vez Ronan não as afastou. Ele empurrou mais fundo, mais perto. Se ele fosse um fantasma, poderia fundi-los, deslizar pela pele de Kavinsky e se enrolar dentro dele. Ele tentou, subindo no banco do motorista. Atrapalhar-se com a trava para reclinar o assento era como uma segunda natureza agora e eles caíram para trás. Ele queria sentir Kavinsky como uma segunda camada de pele.

Mas K o empurrou de volta. "Agora não", disse ele. "Estou muito chapado para isso."

"Você não precisa fazer nada", disse Ronan. Ele podia sentir as palavras em sua língua, mas não tinham gosto de suas próprias. Eles estavam quentes e pegajosos, xarope em sua boca. Ele estava muito chapado também. Até ele poderia dizer que ele estava falando mal. "Por favor."

Kavinsky empurrou Ronan de volta para o banco do passageiro.

Ronan sentiu seu rosto ficar vermelho. Ele lutou com a maçaneta da porta, empurrou-a e praticamente caiu do carro. "Tudo bem. Porra de provocação."