23

3.6K 435 1K
                                    

Letônia • 2024

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Letônia • 2024

A porta bate com um estrondo, tremendo até decidir se irá quebrar ou não.

Eles estavam de volta ao flete de Zemo. Eles, Sam e Bucky, porque Anna havia ficado. Fora deixada para trás. Levada por um grupo de terroristas que se tornavam cada dia mais hostis e violentos.

Na falta de utilidade, sem saber aonde ir para salvá-la ou sem ter alguém para culpar e castigar, Bucky alcança os dois copos e vidro sujos de bebida sobre a ilha e os arremeça contra a parede. Apesar dos vidros estilhaçando por todo o ambiente já caótico, a explosão não serviu para canalizar nem mesmo um fração de sua raiva e desespero.

— Cara, precisa se acalmar — Sam pede, a voz aveludada e cautelosa, com metros de distância do parceiro.

— Eu não vou me acalmar! Não me mande ficar calmo agora.

Ele apontava para Sam. Cada movimento duro e áspero, os dedos passavam pelos fios curtos de cabelo e puxavam vez ou outra quando tudo se tornava um pouco mais agonizante.

— Vamos dar um jeito em tudo isso, vamos trazê-la de volta.

— Aonde você vai achá-la? Não sabe nem aonde estão — ele grita. — Não conseguimos lidar com eles até agora, acha que tudo vai dar certo do nada?

Sam não tem a chance de responder quando Walker e Lemar passaram pela porta, uma de suas dobradiças soltas devido ao baque de Barnes ao passar por ela. O Capitão parecia bem, satisfeito e ainda irritado por deixar Karli escapar de seus dedos de novo. A fúria de Bucky ultrapassa qualquer um de seus limites racionais quando vê o loiro sorrindo.

— Você. Isso é tudo culpa sua. — Ele aponta, tomando partido para cima do loiro.

Seus passos apressados são impedidos por Sam, que aparece em sua frente e tenta segurá-lo a fim de impedir que faça besteiras.

— Se não tivesse aparecido, Morgenthau estaria falando com nós e nunca chegaria a Anna.

— Agora você aceita que precisamos nos juntar? — o Capitão pergunta com arrogância.

Sam não consegue segurar Bucky e o deixa escapar por segundos determinantes para toda a situação. Mas seu braço rodeia Barnes e lhe dá força o suficiente para puxa-lo para trás.

— Bucky. — Soa como um pedido.

Por alguma luz doada pelo destino, a impulsividade de Bucky parece ser controlada para dar espaço a uma calma fria e letal, ele empurra devagar o Falcão para o lado, que tensiona o corpo quando vê o parceiro se aproximar a passos lentos e com o rosto fechado de John.

O maxilar tão travado que achou que poderia doer, o vinco entre as sobrancelhas mais acentuado e a respiração lenta e torturante.

— O que está fazendo aqui? — sopra.

Recomeço | Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora