Letônia • 2024
A porta bate com um estrondo, tremendo até decidir se irá quebrar ou não.
Eles estavam de volta ao flete de Zemo. Eles, Sam e Bucky, porque Anna havia ficado. Fora deixada para trás. Levada por um grupo de terroristas que se tornavam cada dia mais hostis e violentos.
Na falta de utilidade, sem saber aonde ir para salvá-la ou sem ter alguém para culpar e castigar, Bucky alcança os dois copos e vidro sujos de bebida sobre a ilha e os arremeça contra a parede. Apesar dos vidros estilhaçando por todo o ambiente já caótico, a explosão não serviu para canalizar nem mesmo um fração de sua raiva e desespero.
— Cara, precisa se acalmar — Sam pede, a voz aveludada e cautelosa, com metros de distância do parceiro.
— Eu não vou me acalmar! Não me mande ficar calmo agora.
Ele apontava para Sam. Cada movimento duro e áspero, os dedos passavam pelos fios curtos de cabelo e puxavam vez ou outra quando tudo se tornava um pouco mais agonizante.
— Vamos dar um jeito em tudo isso, vamos trazê-la de volta.
— Aonde você vai achá-la? Não sabe nem aonde estão — ele grita. — Não conseguimos lidar com eles até agora, acha que tudo vai dar certo do nada?
Sam não tem a chance de responder quando Walker e Lemar passaram pela porta, uma de suas dobradiças soltas devido ao baque de Barnes ao passar por ela. O Capitão parecia bem, satisfeito e ainda irritado por deixar Karli escapar de seus dedos de novo. A fúria de Bucky ultrapassa qualquer um de seus limites racionais quando vê o loiro sorrindo.
— Você. Isso é tudo culpa sua. — Ele aponta, tomando partido para cima do loiro.
Seus passos apressados são impedidos por Sam, que aparece em sua frente e tenta segurá-lo a fim de impedir que faça besteiras.
— Se não tivesse aparecido, Morgenthau estaria falando com nós e nunca chegaria a Anna.
— Agora você aceita que precisamos nos juntar? — o Capitão pergunta com arrogância.
Sam não consegue segurar Bucky e o deixa escapar por segundos determinantes para toda a situação. Mas seu braço rodeia Barnes e lhe dá força o suficiente para puxa-lo para trás.
— Bucky. — Soa como um pedido.
Por alguma luz doada pelo destino, a impulsividade de Bucky parece ser controlada para dar espaço a uma calma fria e letal, ele empurra devagar o Falcão para o lado, que tensiona o corpo quando vê o parceiro se aproximar a passos lentos e com o rosto fechado de John.
O maxilar tão travado que achou que poderia doer, o vinco entre as sobrancelhas mais acentuado e a respiração lenta e torturante.
— O que está fazendo aqui? — sopra.
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Recomeço | Bucky Barnes
FanfictionO mundo estava diferente. Há cinco anos metade da vida na Terra havia desaparecido em um estalar de dedos mas, agora, todos haviam voltado tão repentinamente quanto sumiram. Necessitando de amparos, o mundo conta com o Conselho de Repatriação Globa...