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Utreque • 2015

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Utreque • 2015

Estava vinte minutos adiantada. Não queria deixar a oportunidade de Barnes usar qualquer atraso como desculpa de não se encontrarem. Então se sentou na mesma mesa do dia anterior, o óculos escuro apoiado nos fios de cabelo loiro-escuros, um sobretudo em um tom caramelo que havia roubado de Natasha e botas pretas.

Atkinson também se adiantara em pedir um café, flertando com o cara que a atendia. Era bom momentos como aquele, que sentia ter uma vida normal, com um emprego normal. Mas apesar das ressalvas, era cômico a maneira como era aquilo que a mantinha viva. Lutar contra terroristas, traficantes, manter a paz entre países agindo na surdina, arrancar informações de super soldados.

Os pensamentos evaporaram quando um croassant foi posto a sua frente, um copo de Capuccino acompanhando. Anna ergue a cabeça sorrindo para o garçom, um ou dois anos mais novo. Seus lábios estavam pintados em um tom puxado para o marrom, talvez um laranja fosco e escuro, ela não sabia, estava indecisa sobre qual cor realmente era aquela desde que havia comprado no mês passado.

— Espero que esteja do seu agrado. — Ele sorri. Grant. Anna força a vista para o nome amarelo no crachá preto.

— Com certeza vai estar.

— Bom, fiz esse exclusivamente para você.

— Só para mim? — Era mentira, é claro que sabia, mas gostava do jogo. — O que tem de tão especial assim?

Grant estava demorando mais do que o costume em um único atendimento, e demoraria bem mais se dependesse dele. Mas ouviu a cadeira atrás de si se arrastar no chão, e com movimentos agressivos e bruscos, um homem grande e mal encarado apossou-se do lugar, jogando um boné feio sobre mesa.

Ele pensou por um momento que deveria expulsa-lo, achando ser um desconhecido querendo tirar algum proveito. Aquele cara não tinha nada a ver com a garota que atendia, ela parecia calma e gentil, ele era o total oposto. Mas ao ver o quão confortável ela parecia, a maneira que estava a vontade e como sua expressão mudou de forma drástica quando desviou o sorriso direcionado a ele para o cara novo, soube que se conheciam. Pôde ver parte da doçura que antes o encantava se transformar em algo maior, mais frio e selvagem.

Grant quase agradeceu, se precisasse bancar o herói, provavelmente não levaria chances com o grandão irritadiço. Provavelmente sequer começaria uma briga com ele. Bastou uma única olhada azul e mortífera em sua direção para que saísse, anunciando em voz alta e gaguejando que iria se retirar.

— Vejo que trouxe meu boné — Ela pega a peça, o laranja e o branco se sobressaindo, uma logo qualquer costurada em verde e preto na frente.

Era o seu favorito, apesar de ser de longe a peça menos charmosa que tinha no guarda-roupa.

— Podemos ir ao que interessa?

— Não vai querer comer?

— Não.

Recomeço | Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora