Alemanha • 2016
Zemo o mandou atacar civis.
Bucky cumpria sua ordem com êxito. Impecável. Atkinson tenta apressar o passo para alcançá-lo com a percepção, sentindo a linha que une sua pele começar a rasgar. A dor não alcança a si quando apoia seu peso sobre a perna e chuta o soldado para longe da próxima vítima.
Ela não tem tempo para o olhar em pânico e os sussurros agradecidos. Usa sua agilidade conta Barnes, desestabilizando-o por segundos. Mas ele contra-ataca e mal dá a Anna um momento para se recuperar quando avança sobre outra mulher, o golpe com tanto potencial para lesionar pronto para acertá-la quando Atkinson se põe na frente.
Deixa que o punho de metal acerte suas costas ao abraçar o corpo assustado da morena, usando-se se escudo. A força desferida derruba as duas, e Anna solta um urro de dor antes que seu corpo caia por cima da mulher — ela tenta controlar a queda para não machucá-la, mas os arranhões são inevitáveis.
Anna levanta rápido, pondo de pé a jovem abaixo de si e empurrando-a para longe quando sangue escorrer da sua boca com um soco próximo a mandíbula. Ela se concentra em distrair Bucky, lembrando das sirenes — lembrando que estão no meio da rua e que chamam atenção da localidade. Em breve, todos estariam ali atrás de Barnes.
Precisaria acabar com aquilo logo.
Aproveitando a deixa de um golpe desviado, ela usa do braço estirado em sua direção para lhe apoiar e permitir o impulso necessário que a faria subir em seus ombros, pegando o pano encharcado em álcool com agilidade e tapando a boca e o nariz dele.
Bucky resiste, e Anna quase perde sua base dezenas de vezes, lutando para se manter sobre ele o máximo que consegue. Suas costas arqueiam quando ele se joga contra uma parede próxima, mas ela não cede. Suas costelas protestam contra os socos seguidos, talvez quebrasse alguma em um futuro não muito distante, mas ela não cede. E quando o Soldado Invernal reconhece sua fraqueza, quando ele aperta com os dedos perto do ferimento de bala na coxa esquerda, Atkinson grita estupefata — mas não cede, apenas range os dentes para se autocontrolar.
Os movimentos vão perdendo velocidade quando a inconsciência clama por Barnes. Ele resiste, tão forte quanto Anna, mas a escuridão que lhe chama é forte demais para que seja combatida. O baque de seus corpos no chão assusta a multidão, recuando como um rebanho com câmeras e flashs.
Anna pode sentir os olhares, cada um deles, quando levanta com dificuldade, tossindo e cambaleando, agarra a mão de Bucky — o metal quente pelo sol transmitindo calor para seus dedos. Em passos trôpegos ela arrasta Barnes até o carro, o caminho ainda livre de autoridades como um presente divino em meio caos. A agente deixa o soldado deitado no banco detrás, verifica se os olhares curiosos não a seguiram e resiste a vontade de se ajoelhar em agradecimento quando se certifica que não.
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Recomeço | Bucky Barnes
FanficO mundo estava diferente. Há cinco anos metade da vida na Terra havia desaparecido em um estalar de dedos mas, agora, todos haviam voltado tão repentinamente quanto sumiram. Necessitando de amparos, o mundo conta com o Conselho de Repatriação Globa...