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Utreque • 2015

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Utreque • 2015

Anna estava atrás dele havia meses.

Três malditos meses.

Deparou-se com tantas pistas falsas quanto com perdas de rastros. A verdade era que estava quase duvidando de que não fosse tão boa naquele trabalho quanto achava. Mas duas semanas atrás soube de uma movimentação suspeita em uma província da Holanda. Era uma cidade pacata então não havia muitas notícias sobre ela, por isso que quando soube de um  pequeno acidente envolvendo um misterioso e suspeito homem resolveu investigar.

Ela revirou a cidade de cima a baixo quatro vezes para acha-lo. Escondida em cima do telhado de uma residência, Atkinson via as costas largas de Bucky caminhando para longe. Bastou poucos movimentos graciosos e conhecidos para estar no chão, seguindo seu alvo com alguns metros de distância.

Anna tomava cuidado para não ser vista a cada virada de esquina ou troca de rua, aquela era a única pista que não levara para um beco sem saída, não desperdiçaria a oportunidade de acabar logo com aquilo.

Distante, ela o espera comprar algumas frutas, ele mexe em algumas maçãs, depois ameixas e para de súbito. Congela por segundos, então olha para os lados com o cenho franzido — uma interrogação clara presente no rosto. Anna abaixa a cabeça e puxa o boné mais para baixo, deixando o cabelo grande cair em cascatas como uma cortina.

Ele volta a analisar as frutas, desistindo da compra seguindo com o caminho. A agente tem certeza que tudo está sob controle até perceber que o cara a sua frente estava conduzindo um caminho propositalmente a fim de encurala-la, quando o faz, porém, já estavam em um beco isolado e sem saída.

Ele havia armado para Anna.

— O que está fazendo aqui? — perguntou, virando-se para encara-la.

Os olhos azuis eram os mesmos, mas não estavam mais vazios. Embaçados e turvos, sim, mas tinha algo ali. Ela se permitiu uma breve analisada, captando os detalhes mais importantes.

Não estava armado, era uma vantagem. Precisaria de algumas ali.

— Oi, soldado. — Ela ergue a cabeça antes abaixada para se esconder e exibe um sorriso ladino, tira o boné e arruma os fios de cabelo em um gesto despretensioso esperando que Bukcy ditasse como ela deveria agir.

— Quem mais está com você? Steve veio também? — Sua pressa era nítida, nervosismo também. Ele olhava constantemente para trás da garota, esperando ser levado por guardas a qualquer momento.

— Então se lembra dele. — É tudo o que ela diz.

— Não me lembro.

— Qual é, acabou de dizer o nome do cara! Se lembra de quem é também?

— O que está fazendo aqui? — desconversa. Esforçava-se ao máximo para entender o que estava acontecendo, e se amaldiçoava a cada segundo por deixar que o descobrissem. Precisava sair dali logo, aproveitar que era ela quem estava encurralada, não ele, pelo menos não ainda.

Recomeço | Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora