Capítulo 16 - Mais que desejo

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O calor do corpo dela me aquecia e o suor escorria por diversos lugares, fazendo cócegas, enquanto sua respiração já não era mais ofegante. Andrea, relaxada sobre mim, não parecia ter pressa em separar-se.

Naquele momento, eu não pensava Diana, apenas em como uma garota como Andrea, poderia me desejar daquela forma. Desejo foi a palavra que encontrei para definir sua ação.

Acreditei ser somente isso e tudo não havia passado de um deslize... Não negarei, nossa transa foi ótima, mas eu sabia a quem pertencia.

Após vestir-se, a ruiva disse:

— O que aconteceu aqui, fica entre nós, ok?

Isso foi tudo o que queria ouvir, afinal, quem estava comprometido ali era eu e não ela. Eu teria muito mais a perder se Felipe ou Diana soubessem do caso.

— Vem, levanta que te ajudo — falou a ruiva.

Fomos até a cozinha e encontramos Joice na pia, preparando o almoço. A bela negra nos olhou engraçadamente e ali notei algo. Era óbvio: ela nos observou no sofá. Olhei rapidamente para Andrea, que entendeu meu recado. Sai do local e fui até a piscina, seguido por ela.

— Dea, posso chama-la assim?

— Claro lindo!

— Então, ela sabe da gente.

— Sei, notei isso também. Contudo, não se preocupe, falo com ela depois. Não dirá nada ao Fê e nem à Di.

— Espero...

Sorrindo, a garota falou em voz baixa:

— Você foi melhor que eu esperava... Amei.

— Também gostei.

— Só gostou? Não sentiu nada mais?

— Bem, além de... Você sabe. Adorei.

— Ok. Dá próxima vez será melhor.

— Ei! Próxima vez? Meu... Não rola.

Andrea cruzou os braços e me encarou com o rosto fechado. Ela parecia decidida a dizer algo, mas desistiu e sorriu.

— Claro meu lindo. Esqueci que você pertence à Diana. Só espero que ela faça isso valer...

— Valerá.

— Tudo bem. No entanto, continuo a cuidar de ti. Aliás, moço, precisamos de um banho, não é?

Quando a ouvi dizer, lembrei-me imediatamente do sexo sobre o sofá da sala de estar. Apreensivo, falei:

— Dea, gozei em você. Será que...

— Não! Não esquenta com isso... Tomo anticoncepcional, que também ajuda a regular meu ciclo menstrual.

— Ufa! Fiquei com medo de engravidar você...

— Até que não seria má ideia...

— Você está maluca?!

— Claro que não bobinho... Vira essa boca pra lá! Filho só quando minha vida estiver estabelecida e com um amor de verdade.

— Um amor de verdade?

Andrea mudou o semblante e, buscando mudar de assunto, falou:

— Antes de tomar o banho, pega o telefone e liga para ela, saiu bem preocupada contigo.

Ela se afastou e deixou-me sozinho na piscina. Fiquei a pensar no que falar e como agiria diante da "separação". Contudo, entre muitos detalhes, a inação de Martha me chamou atenção. No entanto, o mais importante era entender Diana. Por que abandonou nosso plano?

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