It's So Izzy - Parte II

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...

- Jeffrey! – Murmurou.

Após recuperar-se da surpresa ao saber que o tal motoqueiro se tratava de Isbell, Ellen sentiu-se aflita pelo modo que os dois caras encaravam o albino. Tranquilamente Izzy desceu de sua moto indo até os dois. 

A garota preparava-se para o pior, afinal Jeffrey estava em desvantagem e apesar de alto, ainda não passava de um adolescente magrelo e mirrado, diferente dos outros dois que a perturbavam.

- Querem mesmo saber o que irei fazer? – Jeffrey encarou sisudo o cara moreno a sua frente.

- Pô Izzy, não sabíamos que era você. – O loiro se intrometeu.

- Nem que a loirinha era sua “mina”. – O moreno explicou.

- Hey, eu não sou “mina” de ninguém. – Ellen disse enfadada por de trás do trio.

- Foi mal, Bro. Já estamos indo. – O moreno se desculpou e saiu junto com o amigo.

Após desaparecerem na esquina, Jeffrey olhou para a garota que estava confusa sem entender nada do que havia acontecido.

- O que faz por essas bandas? – Foi a primeira coisa que ele indagou para loira.

Ellen apenas fechou a cara e começou a caminhar.

- Me deve pelo menos um obrigado. – Ressaltou.

- Por quê? Por ter novamente se intrometido nas minhas coisas. Não preciso de você Jeffrey Isbell, sei me virar sozinha. – Bufou.

- Tem noção de que tipo de caras aqueles dois são? Olha para esse lugar Ellen, aqui é meio barra pesada se não notou. Aqueles dois são bem perigosos para garotas assim como você. – Rebateu.

- Não devem ser tão perigosos assim. – Disse. – Afinal, tiveram medo de você. – A garota encarou com desdém o albino de cima a baixo.

Jeffrey deixou escapar um sorriso de lado com tamanha audácia ou talvez pela inocência da amiga.

A garota deu mais dois passos para ir embora, mas tornou-se a voltar para o albino.

- E o que quis dizer com “garotas como eu”? Acha que não sei me cuidar? – Indagou.

- Sei que sabe, Ellen. Só me referi ao fato de estar sozinha, andando numa rua escura, num lugar desconhecido.

Ellen encarou o amigo por alguns segundos e depois voltou a caminhar. Jeffrey foi até sua moto e pôs-se a andar ao lado da garota.

- Venha, suba aqui. Eu te deixo em casa. – Disse.

Ellen empinou o nariz ignorando-o completamente.

- Vamos, Ellen. - Novamente ficou sem resposta.

Vagarosamente acompanhava o passo a passo da loira pela rua escura e deserta.

- Quando foi que chegou? Te vi há alguns dias na rua. 

Tentou puxar conversa e de novo um completo “vácuo”.

- Ah entendi...ainda está sem falar comigo. – Balançou a cabeça em negação. – Lembra quando éramos crianças e você ficou duas semanas sem falar comigo porque sua mãe insistiu em cortar seu cabelo com franja e pôs um laço vermelho e quando eu vi comecei a rir e te chamar de Mafalda (desenho) porque o corte tinha ficado igual. – Recordou. - Também me lembro que você só voltou a falar comigo quando roubei...ops...comprei aquele saquinho de jujubas que vinha com aquele chaveiro de ursinho que brilha no escuro e que até hoje você guarda em seu quarto. Você não me desculpou na hora, mas depois veio falar comigo e talvez foi naquela hora que percebi que tinha que ter paciência sobre certas coisas e te dar um tempo. – Refletiu. - Mas ainda me lembro que foi naquela hora que juramos nunca mais ficarmos sem nos falar. Não estou te pressionando, apenas te recordando do nosso juramento e devo salientar que cruzamos os dedos, só estou dizendo. – Brincou.

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