...
- Jeffrey! – Murmurou.
Após recuperar-se da surpresa ao saber que o tal motoqueiro se tratava de Isbell, Ellen sentiu-se aflita pelo modo que os dois caras encaravam o albino. Tranquilamente Izzy desceu de sua moto indo até os dois.
A garota preparava-se para o pior, afinal Jeffrey estava em desvantagem e apesar de alto, ainda não passava de um adolescente magrelo e mirrado, diferente dos outros dois que a perturbavam.
- Querem mesmo saber o que irei fazer? – Jeffrey encarou sisudo o cara moreno a sua frente.
- Pô Izzy, não sabíamos que era você. – O loiro se intrometeu.
- Nem que a loirinha era sua “mina”. – O moreno explicou.
- Hey, eu não sou “mina” de ninguém. – Ellen disse enfadada por de trás do trio.
- Foi mal, Bro. Já estamos indo. – O moreno se desculpou e saiu junto com o amigo.
Após desaparecerem na esquina, Jeffrey olhou para a garota que estava confusa sem entender nada do que havia acontecido.
- O que faz por essas bandas? – Foi a primeira coisa que ele indagou para loira.
Ellen apenas fechou a cara e começou a caminhar.
- Me deve pelo menos um obrigado. – Ressaltou.
- Por quê? Por ter novamente se intrometido nas minhas coisas. Não preciso de você Jeffrey Isbell, sei me virar sozinha. – Bufou.
- Tem noção de que tipo de caras aqueles dois são? Olha para esse lugar Ellen, aqui é meio barra pesada se não notou. Aqueles dois são bem perigosos para garotas assim como você. – Rebateu.
- Não devem ser tão perigosos assim. – Disse. – Afinal, tiveram medo de você. – A garota encarou com desdém o albino de cima a baixo.
Jeffrey deixou escapar um sorriso de lado com tamanha audácia ou talvez pela inocência da amiga.
A garota deu mais dois passos para ir embora, mas tornou-se a voltar para o albino.
- E o que quis dizer com “garotas como eu”? Acha que não sei me cuidar? – Indagou.
- Sei que sabe, Ellen. Só me referi ao fato de estar sozinha, andando numa rua escura, num lugar desconhecido.
Ellen encarou o amigo por alguns segundos e depois voltou a caminhar. Jeffrey foi até sua moto e pôs-se a andar ao lado da garota.
- Venha, suba aqui. Eu te deixo em casa. – Disse.
Ellen empinou o nariz ignorando-o completamente.
- Vamos, Ellen. - Novamente ficou sem resposta.
Vagarosamente acompanhava o passo a passo da loira pela rua escura e deserta.
- Quando foi que chegou? Te vi há alguns dias na rua.
Tentou puxar conversa e de novo um completo “vácuo”.
- Ah entendi...ainda está sem falar comigo. – Balançou a cabeça em negação. – Lembra quando éramos crianças e você ficou duas semanas sem falar comigo porque sua mãe insistiu em cortar seu cabelo com franja e pôs um laço vermelho e quando eu vi comecei a rir e te chamar de Mafalda (desenho) porque o corte tinha ficado igual. – Recordou. - Também me lembro que você só voltou a falar comigo quando roubei...ops...comprei aquele saquinho de jujubas que vinha com aquele chaveiro de ursinho que brilha no escuro e que até hoje você guarda em seu quarto. Você não me desculpou na hora, mas depois veio falar comigo e talvez foi naquela hora que percebi que tinha que ter paciência sobre certas coisas e te dar um tempo. – Refletiu. - Mas ainda me lembro que foi naquela hora que juramos nunca mais ficarmos sem nos falar. Não estou te pressionando, apenas te recordando do nosso juramento e devo salientar que cruzamos os dedos, só estou dizendo. – Brincou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Words
FanfictionDizem que ações valem mais que mil palavras. Mas será que valem mesmo? Talvez ás vezes, por maior que tenham sido suas ações, por maior que seja o sentimento, talvez ás vezes as palavras sejam mesmo necessárias. Infelizmente para alguns, lidar com...