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A tarde de domingo seguia fresca e agradável, sentada junto uma árvore Fran lia seu livro a espera de um certo ruivo.

Bill avistou a morena de longe indo em sua direção, a garota estava tão distraída que não percebeu sua aproximação, ao notar sua distração aproveitou-se para lhe dar por trás um beijo de surpresa.

- Aaaaaaiii...Bill!!! – Fran deu um tapa assustada no garoto de riso matreiro.

- Desculpe, eu não resistir. – Sentou-se ao lado de Fran encostando-se na árvore. – Cheguei muito atrasado? Temia que não estivesse mais aqui. – Ele disse.

- Não faz muito tempo que cheguei, também estava tão entretida lendo que não vi a hora passar. - Contou.

- Ainda está estudando para as provas finais? – Ele franze o cenho. – Pensei que já tivesse passado em todas as matérias. – Comenta.

- Na verdade estou tentando melhorar a minha média. – Explica. – Acredita que a minha média em literatura está 9,0. – Diz inconformada.

- Ahhhh...poxa...que terrível. – Bill zomba enquanto a garota o fita bicuda.

- É preciso ter boas notas se quiser entrar em uma boa faculdade. – Se justifica.

- Você ainda tem dois anos, Fran. – Ele pontua.

- Mas nunca é cedo para pensar. – Rebate.

- Já sabe o que irá fazer? – Ele indaga.

- Estou em dúvida...talvez seja médica ou astrofísica. – Ela diz animada.

- Acho que realmente precisa pensar, são duas profissões bem diferentes. – Opina.

- Eu sei...também queria ser geóloga ou historiadora...mas penso que talvez não seja...se bem que historiadora... - A garota torna mudar de opinião enquanto o ruivo sorri de sua indecisão. – Vou pensar com muita calma. – Diz. – E você? Já pensou no que irá fazer? – Ela pergunta.

- Escola, faculdade...essas coisas não são para mim. – Ele diz olhando para frente. – Eu não me vejo fazendo essas coisas, eu quero algo que me inspire, que exija o meu melhor e que ao mesmo tempo me complete...e acho que só a música poderá me dar isso. – Bill suspira.

- Mas por que está triste? – Ela nota seu semblante desanimado.

- Não sei se nasci para isso, digo, é o que eu mais quero, mas talvez não seja bom como eu penso. Tem tantos bons cantores, músicos aí a fora que passam a vida em busca do sucesso e nunca alcançam. – Diz.

- Você é muito bom, Bill. O dia que tocou na lojinha de instrumentos, Sam ficou chocado, ele mesmo me disse que nunca tinha entrado ninguém naquela loja com seu talento. E eu também te acho um bom cantor. – Ela sorri.

- Não sei, acho que nesse ramo não basta só isso...- Ele múrmura cabisbaixo.

- Não fica assim, tudo dará certo ao seu tempo. – Ela fala lhe dando um beijo calmo.

Bill aprofundou o beijo, acariciando o rosto da garota com delicadeza, aos poucos foi se inclinando sobre Fran, deitando-se por cima da garota que se deixava levar pelo carinho que Bill fazia. Fran sentia em seu estomago, milhares de borboletas, seu coração batia tão forte com tudo que estava sentindo que a fazia até mesmo ficar sem ar. O ruivo deslizou sua mão delicadamente pelo corpo da garota, passando por sua cintura e descendo até seu quadril. Assim que sentiu a mão do garoto tocar sua coxa, Fran interrompeu o beijo assustada.

- Estamos no parque. – Disse de supetão.

- Desculpa, eu...é...desculpa, não queria...é...- Rapidamente o ruivo sentou-se.

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