Let It Happen - Parte I

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...

- Dessa vez não, seu fucker! – O ruivo segurava firme a mão de Stephen.

- Ora, quer mostrar que já é um homem? – O padrasto puxou seu braço de vez rindo irônico.

- O suficiente para encarar você, seu velho babaca.

- Garoto ingrato, eu te criei como um filho, fui um pai para você.

- Você nunca me tratou como um filho, sempre me espancava, sempre era mais rígido comigo, me colocava de castigo até quando não tinha culpa. Hoje noto que sempre me desprezou.

- Estava apenas te educando, seu ...

- Agradeço pelo momento que descobrir que não tenho seu sangue correndo em minhas veias. – Bill proferia as palavras cheio de rancor.

- Ora seu bastardo, eu que devo agradecer ao Senhor por não ter um imprestável como você de filho. – O homem demonstrou finalmente todo o seu desprezo.

- Não deveria pronunciar o nome do Senhor, Stephen. Logo você que sempre foi um demônio para nós todos.

- Carrego essa família nas costas, trabalhando e pondo comida em casa. Assumi a vagabunda da sua mãe e lhe dei um nome.

- Não fala assim dela.

- Ou o que? O marginalzinho vai fazer o que? Não duvido que já tenha se perdido por essas ruas, com essa história de cantor, pra mim isso é só uma desculpa para depois aparecer aí e se assumir um “bichinha”, que é o que todos esses cantores de música do mundo são. – Riu em escárnio.

Bill se segurou para não partir para cima do homem que odiava. Não queria fazer, principalmente na frente de sua irmãzinha. Deu as costas, a fim de sair de lá.

- Sabia que só tinha papo, oooow “bichinha”. – O homem caçou dando um sorriso debochado e convencido.

Sem dizer mais nada, o ruivo apenas voltou-se para o padrasto e finalmente lhe proferiu o soco que tanto desejava. Afinal, paciência tinha limite e com certeza está não era seu forte.

A briga se intensificou, Stephen conseguiu acertar uma direita no queixo do ruivo, que mesmo assim não se deu por vencido. No entanto, Stephen era mais velho, mais forte e começou a surrar o garoto sem piedade.

- O que está acontecendo aqui? – Sharon apareceu levando as mãos a boca horrorizada com a cena.

Correu ao encontro do filho e do marido, tentando apartar a briga.

- Parem, chega, vocês vão se matar. – Gritou desesperada até ser atendida.

- Stephen, você está bem? – Correu para cima do marido ao vê sua boca sangrando com um corte em seus lábios.

- Esse moleque maldito me desrespeitou, me desafiando em minha própria casa. – Apontou para Bill que se apoiava no sofá, sentindo uma forte dor no estômago.

- Bill, o que fez? – A mulher foi até o filho tentando ajudá-lo a se erguer.

O ruivo encarou sua mãe perplexo. Como podia sua própria mãe ficar do lado daquele homem?

- Não o quero vê mais sob o meu teto. – Stephen proferiu raivoso.

- Bill, peça desculpas, peça agora. – Sua mãe lhe pediu tensa tentando evitar o pior.

O garoto apenas encarou o homem que esperava com o ar soberbo por suas súplicas para permanecer na casa.

- Não seja por isso, Stephen. Será um prazer. – O garoto diz o encarando com o queixo elevado.

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