Dizem que ações valem mais que mil palavras. Mas será que valem mesmo?
Talvez ás vezes, por maior que tenham sido suas ações, por maior que seja o sentimento, talvez ás vezes as palavras sejam mesmo necessárias.
Infelizmente para alguns, lidar com...
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- Espere. – Mary o chama fazendo Izzy se virar novamente em sua direção. – Já que está aqui, talvez seja mesmo a hora da gente conversar. – A mulher o fita altiva. – Quero que deixe a minha filha em paz. – Profere.
- Com todo respeito, senhora Collins, isso não cabe a você. A Ellen não é mais criança, a gente está junto e lamento se a senhora não aprova. Eu gosto dela e...
- Você gosta? – A mulher ri debochada. – Se realmente gostasse não estaria destruindo a vida da minha filha.
- Destruindo? – Izzy repete.
- Sim. A Ellen vai ficar mal falada na cidade, saindo com um garoto como você. Todos irão falar dela, difamá-la e...
- O que quer dizer com “um garoto como eu”? – O albino a encara questionando irritado.
- Ora o que? Vai negar sobre as coisas que dizem sobre você? Sobre a venda dessas “coisas” ilícitas? Eu mesmo já vi várias e várias pessoas de índole contestável no portão da sua casa saindo animados com certo pacotinho em mãos. Tem a cara de pau de negar?
Izzy abaixa a cabeça, enquanto Mary sorri imaginando que havia atingido o garoto.
- Não posso negar o que fiz no passado, mas posso afirmar que estou fora disso. Eu larguei isso e fiz pela Ellen, porque quero dar um futuro melhor para ela.
- E acha que largando agora as pessoas simplesmente irão esquecer? Continuarão a te julgar e julgar a minha filha.
- Não me interessa o que as pessoas falam de mim. Sempre foram um bando de hipócritas que só se importam em falar da vida dos outros. E eu tenho certeza que a Ellen também não se importa, então não perca seu tempo com esse papinho tentando nos separar, porque eu não vou deixa-la. – O garoto dá as costas pronto para ir embora.
- Você não se importa com ela. – Mary diz em desalento. – Está acabando com o futuro dela, com as chances dela. – A mulher se senta no braço da poltrona fingindo um choro fraco. – Ela jogará tudo para o alto e um dia mais a frente verá que uma paixão boba de adolescente destruiu seus sonhos, destruiu aquilo que ela tanto queria ser. E sabe o que irá acontecer? Ela irá culpá-lo. Por ter arruinado a vida dela, por ter acabado com as chances que ela teria de ser alguém...de estudar...de se formar. – A mulher suspira.
- Eu nunca impediria a Ellen de estudar ou... – Izzy diz.
- Você acha que ela vai? Ela não irá querer ficar longe de você. Ela já me disse. – Mary diz ao garoto que franze o cenho confuso.
- Como assim? Do que está falando? – Mary disfarça o riso ao constatar que realmente Ellen não havia falado nada da carta de admissão na faculdade de Los Angeles, nem da faculdade de Indiana. Percebendo então que tinha uma carta em mãos.
- Ela não te contou? Sabia, não quis nem que você soubesse. – Ela suspira. – Ellen foi aprovada na faculdade de Indiana para o curso de administração, mas está disposta a rejeitar a vaga, tudo para ficar aqui nesse fim de mundo com você. – Mary conta deixando de fora sobre a carta de admissão na faculdade de Los Angeles. Não queria que Jeffrey soubesse com medo de que os dois fugissem juntos para a cidade dos anjos.
