Appearances - Parte II

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Ellen saiu do quarto descendo rapidamente as escadas, iria agora mesmo até a casa de Jeffrey saber o porquê dele estar agindo desse forma. No entanto assim que a garota pisou os pés na sala, ouviu sua mãe chamando seu nome.

A garota adentrou o ambiente, vendo sua mãe e seu pai sentados no sofá a sua espera. Mary sorria gentilmente, enquanto seu pai colocou o jornal em cima da mesinha de centro.

- Sente-se Ellen. – O senhor apontou o lugar a sua frente.

A garota já sabia qual seria o assunto, sentiu suas pernas tremerem e seu coração disparar, principalmente ao ver a fisionomia tão séria de seu pai.

O homem começou a conversa, indagando e investigativo tudo sobre o rapaz em questão. Demonstrava não estar nada contente com a notícia, por vezes sendo interrompido pela esposa que se mostrava ao lado da filha. Após alguns minutos de muita conversa e conselhos, eis que o homem finalmente concorda com o namoro, sob a condição de que Adam fosse conversar com ele pessoalmente.

Ellen deu um pulo de alegria após o consentimento do pai, correu para seus braços dando um abraço apertado. Em seguida foi para o telefone ligar para o namorado a fim de marcar um encontro a noite em sua casa, apresentando por fim ele a sua família. Estava tão entusiasmada com a notícia que acabara de esquecer o que iria fazer minutos antes de ser abordada pelos pais na sala.

...

- Ainda acho que Ellen é muito nova para namorar. – O homem diz contrariado a mulher assim que a filha sai da sala.

- Ela já tem 16 anos, John, sabemos que uma hora isso ia acontecer. Melhor deixarmos sendo sob nossa supervisão do que ela fazer isso às escondidas. – Salienta.

- Se vai namorar, então será aqui, dentro de casa. – Ele nfatiza.

- Uma hora eles terão que sair, sabe como são os jovens. Vão querer ir ao cinema, a lanchonete. – Ela explica enquanto o marido cruza os braços enfadado. – Mas meu amor, pelo menos ela estará com um rapaz direito, de boa família. Os Griffin são bem conhecidos na cidade, donos de vários armazéns e postos de combustíveis.

- Isso não me importa, Mary, só espero que esse rapaz haja corretamente com nossa filha, se não, não me importo de quem ele seja filho, ele vai se ver comigo. – Diz enquanto a mulher sorri.

Mary senta no colo de seu marido lhe fazendo um leve carinho. Estava certa que John iria acabar por aceitar o namoro, sabia que naquele momento o ciúme de pai falava mais alto. Até porque Ellen não podia estar com melhor rapaz, pensava.

...

A noite já havia chegado e mesmo com toda a tensão, a conversa entre John e Adam havia sido bem amigável, apesar dos alertas constantes e ameaças sutis do pai de Ellen ao jovem garoto, as quais deixavam a loira mais e mais envergonhada, tudo havia corrido bem.

Ao final da noite o jovem casal saiu até o jardim da frente para se despedir.

- Desculpa pelo papai ter dito que já foi fuzileiro, na verdade ele só serviu o exército uns três meses e depois foi dispensado. Isso há muitos anos.

- Tudo bem. – Adam sorriu.

- E ele não tem uma coleção de armas no porão como mencionou. – A garota fez questão de esclarecer.

- Tudo bem Ellen, não tem problema. Pais são assim mesmo. – O garoto sorriu.

- Já conheceu muitos pais, Adam? – A garota perguntou cerrando os olhos.

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