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- Ah...então agora é aqui que você se esconde. - Sussurrou roucamente em seu ouvido.
- Aaaaaaaahhhhhhhhhhhh!!! - Fran deu um pulo jogando seu livro para o alto, se levantando rapidamente para ver quem era a pessoa a te assustar.
Bill ficou olhando a garota esbaforida, que o encarava com os olhos arregalados e com a mão no peito, se recuperando do susto que havia levado.
Assim que viu o ruivo, a primeira reação de Fran foi pegar desajeitadamente suas coisas e se preparar para ir embora dali.
- Desculpa, eu não quis te assustar. - O ruivo explicou-se.
Vendo a garota se distanciar, correu até ela segurando seu braço.
- Por que foge de mim? Está com raiva? - Indagou, mas ela nada disse, apenas abaixou a cabeça e se esquivou, se retraindo.
Bill a soltou imediatamente ao notar seu desconforto. Fran deu-lhe as costas dando dois passos para longe do garoto, disposta a voltar para a área interna do colégio.
- Tudo bem...já entendi...não me quer por perto. - O garoto suspirou cabisbaixo.
Fran parou seus passos, respirando fundo, voltou-se novamente em direção ao garoto.
- Não estou com raiva de você. - Disse chamando-lhe atenção. - Eu só, só...nem sei o que deu em mim na verdade, mas...
- Mas??? - Ele a olhava atento.
- Estava encalistrada, por causa daquele dia, depois da minha atitude um tanto néscia, me senti nenha pelo que fiz, mas talvez eu só tenha sido apenas sáfia, e depois comecei imaginar que você me achava mesmo uma pascácia. - Com a voz trêmula e de cabeça baixa, mexia os dedos sem parar devido o nervosismo.
Bill ficou paralisado olhando para a morena de cabelos enrolados esvoaçantes sem dizer nada.
- E então...me acha uma pascácia? - Ela tornou indagar erguendo seus olhos e o olhando fixamente. Estava ansiosa por sua resposta.
O garoto franziu o cenho, encarando uma Fran expectante.
- Bem, pelo seu silêncio...acredito que sim. - Ela suspirou triste, dando meia volta um tanto cabisbaixa.
- Não...é...espere... - Ele foi novamente até a garota parando bem a sua frente. Fran o aguardou dizer mais alguma coisa, mas novamente nada saía de seus lábios.
- Me acha uma pascácia, não é mesmo? Pode falar. - Ela o inquiriu séria e apreensiva. Seu silêncio estava a torturando.
- Bem...eu não sei. - Ele diz.
- Como assim não sabe? - O fitou impaciente.
- É que...na verdade...eu não sei o que diabos é pascácia. - Ele respondeu.
Só então a garota percebeu o porquê de tanta demora.
- Se você puder traduzir o que é pascácia...ou talvez a frase inteira que disse há pouco. - Ele dá meio sorriso, coçando sua nuca sem jeito.
- Desculpa é que quando estou nervosa, eu tagarelo a primeira coisa que vem na minha cabeça e geralmente acabo falando desse jeito. - Explica-se. - Mas o que eu queria saber no final de tudo, era se me achava palonça...digo...tola.
- Ahhhh...é isso...não, não te acho tola, ou pascácia, ou palon o que? - Ela sorriu ao ouvir o ruivo tentar repetir seu palavreado rebuscado. - Por que imaginou isso? - Bill questionou.
- Pelo que fiz naquele dia...por ter saído correndo feito uma boba.
- Bem...foi a primeira vez que uma garota fez isso comigo, geralmente elas...é...deixa para lá. Então, eu queria te vê depois daquele dia porque queria me desculpar...eu não tinha te pedido permissão e ... não sabia que era seu primeiro beijo. - Fran corou na hora.

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Words
FanfictionDizem que ações valem mais que mil palavras. Mas será que valem mesmo? Talvez ás vezes, por maior que tenham sido suas ações, por maior que seja o sentimento, talvez ás vezes as palavras sejam mesmo necessárias. Infelizmente para alguns, lidar com...