Desires - Parte II

321 30 262
                                        

...

- Ah...então agora é aqui que você se esconde. - Sussurrou roucamente em seu ouvido.

- Aaaaaaaahhhhhhhhhhhh!!! - Fran deu um pulo jogando seu livro para o alto, se levantando rapidamente para ver quem era a pessoa a te assustar.

Bill ficou olhando a garota esbaforida, que o encarava com os olhos arregalados e com a mão no peito, se recuperando do susto que havia levado.

Assim que viu o ruivo, a primeira reação de Fran foi pegar desajeitadamente suas coisas e se preparar para ir embora dali.

- Desculpa, eu não quis te assustar. - O ruivo explicou-se.

Vendo a garota se distanciar, correu até ela segurando seu braço.

- Por que foge de mim? Está com raiva? - Indagou, mas ela nada disse, apenas abaixou a cabeça e se esquivou, se retraindo.

Bill a soltou imediatamente ao notar seu desconforto. Fran deu-lhe as costas dando dois passos para longe do garoto, disposta a voltar para a área interna do colégio.

- Tudo bem...já entendi...não me quer por perto. - O garoto suspirou cabisbaixo.

Fran parou seus passos, respirando fundo, voltou-se novamente em direção ao garoto.

- Não estou com raiva de você. - Disse chamando-lhe atenção. - Eu só, só...nem sei o que deu em mim na verdade, mas...

- Mas??? - Ele a olhava atento.

- Estava encalistrada, por causa daquele dia, depois da minha atitude um tanto néscia, me senti nenha pelo que fiz, mas talvez eu só tenha sido apenas sáfia, e depois comecei imaginar que você me achava mesmo uma pascácia. - Com a voz trêmula e de cabeça baixa, mexia os dedos sem parar devido o nervosismo.

Bill ficou paralisado olhando para a morena de cabelos enrolados esvoaçantes sem dizer nada.

- E então...me acha uma pascácia? - Ela tornou indagar erguendo seus olhos e o olhando fixamente. Estava ansiosa por sua resposta.

O garoto franziu o cenho, encarando uma Fran expectante.

- Bem, pelo seu silêncio...acredito que sim. - Ela suspirou triste, dando meia volta um tanto cabisbaixa.

- Não...é...espere... - Ele foi novamente até a garota parando bem a sua frente. Fran o aguardou dizer mais alguma coisa, mas novamente nada saía de seus lábios.

- Me acha uma pascácia, não é mesmo? Pode falar. - Ela o inquiriu séria e apreensiva. Seu silêncio estava a torturando.

- Bem...eu não sei. - Ele diz.

- Como assim não sabe? - O fitou impaciente.

- É que...na verdade...eu não sei o que diabos é pascácia. - Ele respondeu.

Só então a garota percebeu o porquê de tanta demora.

- Se você puder traduzir o que é pascácia...ou talvez a frase inteira que disse há pouco. - Ele dá meio sorriso, coçando sua nuca sem jeito.

- Desculpa é que quando estou nervosa, eu tagarelo a primeira coisa que vem na minha cabeça e geralmente acabo falando desse jeito. - Explica-se. - Mas o que eu queria saber no final de tudo, era se me achava palonça...digo...tola.

- Ahhhh...é isso...não, não te acho tola, ou pascácia, ou palon o que? - Ela sorriu ao ouvir o ruivo tentar repetir seu palavreado rebuscado. - Por que imaginou isso? - Bill questionou.

- Pelo que fiz naquele dia...por ter saído correndo feito uma boba.

- Bem...foi a primeira vez que uma garota fez isso comigo, geralmente elas...é...deixa para lá. Então, eu queria te vê depois daquele dia porque queria me desculpar...eu não tinha te pedido permissão e ... não sabia que era seu primeiro beijo. - Fran corou na hora.

WordsOnde histórias criam vida. Descubra agora