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- Pelo visto continua a mesma boba de sempre. - Mônica ri com escárnio. - Então eu digo. Quer saber quem é o pai do meu filho, Ellen? - Se aproxima da loira a encarando nos olhos com um sorriso de canto.
- Acho que está um pouco alterada, melhor ir para casa Mônica. - Ellen lhe dá as costas se dirigindo para a saída do vestiário.
- É o Jeffrey! - A morena diz em alto e bom som.
Ellen para repentinamente, sentindo um aperto no peito, lentamente se vira novamente para a ex-amiga.
Mônica a encara séria, vendo seu estado apático e um tanto pálido, com uma face assustada e surpresa. De repente a morena cai na gargalhada.
- Você tinha que ver a sua cara. - Fala aos risos levando a mão a barriga.
- Do que você está rindo? - Ellen indaga confusa. Aquilo não era motivo para rir, não tinha graça nenhuma, ela pensava.
- Estou rindo do quanto você é trouxa. É sério que se eu falasse que Jeffrey era o pai você ia acreditar? - Questiona e a loira fica calada. - Claro que ia, idiota do jeito que é. Eu mal falo com ele, Ellen, não depois da forma que ele me tratou. Como ele poderia ser o pai do meu filho? - Ri.
- Então por que diabos falou isso? - Ellen questiona indignada.
- Para ver sua cara de boba. Foi engraçado, valeu a pena. - Mônica ressalta.
- Mas por que...
- Ah Ellen, pensa que sou idiota, sei do lance de vocês dois. Está na cara, só esse povinho imbecil desse colégio que não nota. Na verdade, sempre esteve na cara, não é mesmo, afinal esse lance de vocês não é de agora. Até mesmo quando eu estava com ele, você sempre estava no meio. - Diz com rancor.
- Mônica na época que vocês estavam juntos eu e ele éramos só amigos, nunca tivemos nada...- Ellen explica.
- Ah tá...sempre ele fazia questão de falar de você, ficava todo incomodado quando você aparecia com outro garoto...pra cima de mim, Ellen, você só se fazia de sonsa, isso sim...
- Você está viajando...
- Na verdade, Ellen, eu sabia que ele gostava de você...mas como você era a filhinha da mamãe, achei que ele fosse perceber que era muito melhor está com uma garota como eu do que com uma mimadinha protegida pela mamãe que não tinha coragem de ficar com o cara que também gostava. - Diz. - Bem, mas pelo jeito ele ainda preferiu você, não é mesmo? - Ela olha de cima a baixo para a loira com certo desprezo.
- Mônica, nós éramos amigas. E você...tudo que fez...as histórias que inventou... as coisas que dizia. - Ellen pausa por um momento pensando em tudo que aconteceu. - No final, vejo que na verdade, você tinha era raiva de mim. Por quê? Eu sempre a tive como uma amiga. Tudo isso era por causa do Jeffrey? - Questiona.
Mônica rola os olhos.
- Eu gostava dele, admito. Foi muito bom os momentos que tivemos juntinhos. - Ela ri maliciosa provocando a amiga. - Eu sou bonita, sou descolada, sou gostosa, e não tenho medo de viver...de curtir...aproveitar o momento ao máximo. Tinha vários garotos que se matariam para ficar comigo, afinal eu sou a garota mais bonita do colégio todo...e ele...só tinha olhos para você.
- Eu não tinha culpa se ele gostava de mim...
- Tinha...tinha sim...se fazia de sonsa, uma boba que vivia fugindo dele com esse papo de "somos amigos" mesmo gostando dele...e mesmo podendo estar comigo...ele preferiu você. - Falou indignada. - Uma sem graça que nunca teve coragem de contar para ele...de ir atrás dele. - Mônica rolou os olhos e levou as mãos a testa inconformada. - Aí também vieram as outras coisas, tudo você tentava roubar de mim. Te coloquei na equipe de líderes de torcida e logo após todos só sabiam elogiar e dizer como você dançava bem, que você devia ser a capitã...os jogadores começaram a se interessar por você, pelo seu jeito "inocente"...e depois as garotas sempre queria saber se você ia na festa, no cinema, nas nossas saídas, falavam de como adoravam suas roupas que você customizava...e de repente todo o meu mundo era só pra ouvir falarem de você. Eu era a mais popular do colégio e isso você também estava roubando de mim.

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Words
FanfictionDizem que ações valem mais que mil palavras. Mas será que valem mesmo? Talvez ás vezes, por maior que tenham sido suas ações, por maior que seja o sentimento, talvez ás vezes as palavras sejam mesmo necessárias. Infelizmente para alguns, lidar com...