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Última Parte

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Última Parte

Corro o mais depressa que consigo, ciente de que preciso chegar ao quartel o mais rápido possível e reabastecer o gás do meu equipamento, afinal, o Titã de Ataque que urra e luta contra outros na praça em frente à grande construção no centro de Trost atrai cada vez mais deles. Vejo a algumas ruas de distância a cabeça que se vira na minha direção, era um titã de pelo menos seis metros, olhava interessado para mim enquanto virava uma esquina em minha direção.

Não tive ao menos tempo para me arrepender de ter sugerido a Reiner que nos separássemos quando um par de braços me envolve pela cintura e sou puxada para cima outra vez, ouvindo alguém parecendo estar bravo comigo e o chiado do gás escasso do dispositivo do garoto que reconheço ser Jean. Me agarro a ele da forma que posso temendo cair daquela altura novamente e agradeço por termos conseguido chegar até o telhado do quartel, assim como o pequeno grupo liderado por Mikasa que nos alcança logo em seguida.

— Onde você se enfiou? Fiquei preocupado. — Jean me segura pelos ombros, franzindo o cenho. — Você encontrou Marco?

Os olhos castanhos que me intimidam a dar-lhe uma resposta são o último lugar para onde quero olhar agora, mas me obrigo a fazê-lo mesmo assim. Jean saberia de imediato que nosso amigo está morto se eu não sustentasse seu olhar e agora não podemos lidar com nosso luto, não enquanto os titã se aproximam cada vez mais.

— Tenho certeza que... Ele está bem, Cara de Cavalo. — Digo mantendo a voz firme com muito esforço, algo me incomodando no cenho franzido de Jean, que não pareceu acreditar em mim da mesma forma que ao menos se irritou com o apelido que detesta.

— Você viu? Ele... Voltou. — Atrás de Jean, uma Sasha atônita me questiona, apontando a mão trêmula na direção do Titã Blindado, surgindo entre os prédios na mesma direção da qual eu vim. — Será que vai quebrar a muralha Rose também?

— Isso seria o nosso fim. — Jean completa em um tom de voz baixo também olhando para onde a menina aponta, o aperto em meu ombro se tornando mais firme, fazendo uma pontada de dor surgir onde havia batido contra o chão quando caí junto de Reiner. — Me desculpe.

— Está tudo bem. Foi só uma queda boba. — Cerro os dentes, com o olhar ainda fixo em Reiner e Eren, este lutando com unhas e dentes contra os titãs que se aproximam em peso.

Me obrigo a fingir surpresa mesmo que de forma sutil quando Reiner se junta a ele, o Titã Blindado agarrando com os dois braços o titã que morde a perna de seu novo aliado e o atira para longe, na direção de outro, que cai sobre uma casa após o impacto. Aquele havia sido o que decidimos fazer, Reiner os ajudaria da forma que pudesse para que ao menos ficassem curiosos sobre seu comportamento e não o matassem de imediato.

Não existe um único motivo para aquelas pessoa nos perdoarem, nem mesmo eu consigo perdoar Reiner agora. A imagem do corpo dilacerado de Marco ainda está marcada em minha mente como sei que vai ficar para sempre. Contenho minha vontade de chorar ao me lembrar de sua mão ainda quente entre as minhas e de seu sangue que escorria na direção daqueles que o mataram. Bertholdt. Não consigo não me perguntar onde meu irmão está agora, afinal, se eu contasse a verdade a alguém, estaria o entregando também.

Surrender I Reiner BraunOnde histórias criam vida. Descubra agora