Capítulo 26 ☘

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Cheguei em casa exausto. A noite tinha sido péssima e com certeza não tinha como piorar. Se bem que, é melhor nem falar uma coisa dessas. Fui para o banheiro, tomei um banho e deitei. Eu só queria que aquela noite horrível acabasse logo e eu voltasse a ter paz.
Acordei e pelo visto o meu humor não tinha melhorado em nada. A empregada já me olhava de lado enquanto eu bebia o café e lia as notícias no celular.

_O senhor deseja mais alguma coisa?

_Somente que pare de me olhar dessa forma! - Bloqueei o celular e a encarei

_Não estava o olhando, senhor Magalhães! - Mentiu descaradamente

_Eu não sou cego, vi muito bem o seu olhar de reprovação.

_Senhor, eu juro... - Começou a se justificar mas eu já estava farto

_Olha só, se não está satisfeita peça sua conta! - Ela se assustou e em seguida fechou a cara

_Ora, pois é isso mesmo que eu deveria fazer. Eu acho que não há pessoa no mundo que suporte esse seu mau humor e ignorância. - Jogou o pano que tinha em seus ombros na mesa

_A senhora é mesmo uma insolente... - Não me permitiu terminar

_E o senhor é um brucutu! Quer saber? eu vou embora mesmo e tomara que você morra de fome, porque ninguém nunca vai aceitar trabalhar aqui para você. - Pegou sua bolsa e pertences e saiu andando

_Vai embora mesmo, eu não preciso de você... - Bateu a porta e saiu

_Inferno! - Gritei assim que me toquei da situação

Que ótimo, agora eu também não tinha empregada.
Passei a mão no rosto e subi para o quarto para pegar minhas coisas, mas antes liguei para uma agência.
Pedi que mandassem o quanto antes alguém para substituir a empregada.
Fui para o escritório e passei a tarde lá, até que deu o meu horário e eu fui para casa. Disseram que já tinham uma moça para trabalhar na minha casa, então tratei logo de tomar banho e esperar. A companhia tocou em alguns minutos e pelo meu relógio estava até adiantada, isso é bom.
Na hora que abri a porta, eu não sei dizer quem teve a surpresa maior, eu ou ela.

_Isso é alguma pegadinha? - Ela revirou os olhos e olhou um papel - Pelo visto não, é só o meu azar mesmo

Ela se virou para ir embora e eu a segurei pelo braço, recebendo um olhar de desaprovação.

_Espere... é você quem a agência mandou? - Me olhou como se eu fosse um et

_Sim, sou eu. Diarista em um apartamento de luxo em copacabana. Mas que droga, por que tinha que ser logo você? - Disparou com raiva

_Se quer saber, eu também não gostei nem um pouco. - Fechei a cara também

_Então estamos quites! - Por que ela tinha que dizer isso sempre?

_Para de dizer isso! - Revirei os olhos

_Só quando soltar o meu braço! - Cerrou os olhos e eu só me lembrei agora que a ainda a segurava.

Soltei e me afastei a contra gosto, ora, mas que diabos estava acontecendo?
Ela já ia sair mas a chamei antes disso, e eu só não compreendo porque eu fiz isso.

_Não, espere...

_Olha só senhor Magalhães, me poupe das suas humilhações.

_Eu não ia dizer nada a respeito. Somente que você pode trabalhar aqui. - Que? Não, não, não, não, isso não vai dar certo!

_E ser desrespeitada a cada 3 segundos? Me poupe, prefiro continuar desempregada. - Que menina orgulhosa!

_É pegar ou largar. Não pense que encontrará serviço melhor que este!

O outro lado do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora