Capítulo 50 ☘

72 13 1
                                    

Eu tinha acabado de sair do fórum, após a audiência do Pedro. Ainda era cedo, por isso me dei o luxo de ir para casa e talvez, só talvez, encontrar uma certa menina na minha casa. Eu estava gostando da nossa relação, não era nada forçado e ela também parecia estar satisfeita. Ainda me faltava coragem para colocar os pingos nos is, e ser completamente prudente com ela, mas eu tenho tempo ainda. Acredite ou não, eu quero ser sincero em minhas desculpas e para isso eu preciso me esforçar. Nunca foi fácil para mim e ela também merece um pedido convincente e real. Nós conversávamos por horas e às vezes até na volta de nossas terapias. Ela ainda se mantinha fechada a alguns assuntos, mas não posso julgá-la, eu também ainda não conseguia me abrir. Cheguei em casa e não a vi em cômodo nenhum. Corri os olhos pela casa e nada dela. Olhei as horas no meu relógio e ainda não estava no horário dela sair. Será que aconteceu alguma coisa? Eu comecei a ficar em alerta, pensando logo no pior. Ela é tão responsável, para ter saído assim com certeza foi algo muito sério. Peguei o telefone e liguei para ela diversas vezes, mas estava fora de área. Ela não carrega o celular não? Bufei e liguei para Ricardo que também não atendeu. Okay, isso está estranho! A minha mente logo começou a pensar o pior. Mas tentei afastar esse mal presságio e fui até a casa do meu amigo. Quando cheguei lá, bati na porta inúmeras vezes e nada. Ele deve estar trabalhando! E eu não faço a mínima idéia da onde seja o seu trabalho. Desci na portaria e resolvi perguntar o porteiro se ela sabia de algo.

_Com licença. O morador Ricardo Alencar não se encontra em casa, sabe aonde ele está neste momento?

_Com certeza deve estar trabalhando, ele só chega às 19:00.

_E sabe aonde ele trabalha?

_Eu não faço idéia, senhor. - Agradeci e saí dali desorientado

Peguei o celular e liguei novamente para ele, mas só dava caixa postal. Entrei no aplicativo de mensagem e o seu último visto foi há 2 horas atrás. Insisti por ali também e nada dele atender. Eu já estava perdendo as esperanças, até que ouço meu celular vibrar e vejo no visor o número dele. Atendi no primeiro toque eufórico.

_Ricardo?

_O que foi cara? Para quê essas inúmeras ligações? Eu trabalho sabia? - Ele me bombardeou mas eu não me importei

_Eu preciso falar com você, e é urgente. Me passa o endereço do seu trabalho. - Pedi e depois de resmungar ele me passou

Acelerei e cheguei ao local em menos de 20 minutos. Desse jeito eu vou levar multa! Pensei, mas ignorei isso.
Entrei e me fui a procura dele que estava no balcão da loja. A sua expressão não era nada boa, mas com certeza iria piorar.

_O que aconteceu para você ter vindo aqui me procurar? - Ia falar mas ele tomou a palavra - O chefe está meio ranzinza hoje, então tem que ser rápido.

_É o seguinte... a Aline sumiu. - Sua expressão agora era de surpresa - Eu cheguei em casa e ela não estava lá. Ela nunca faz isso, é sempre responsável. Já liguei diversas vezes e só dá fora de área. Na sua casa ela não está, e eu temo que possa ter acontecido algo com ela. - Ricardo tomou o celular e ligou para ela

_Ainda fora de área. - Eles suspirou e passou a mão na testa nervoso - Merda! O que você fez dessa vez?

_Como assim? Eu não fiz nada. - Me justifiquei - Ele saiu de trás do balcão

_Cristopher, isso é sério. Ela pode estar perdida por aí, ela não conhece a cidade, e com o celular descarregado só piora a situação.

_E você acha que eu não sei? Por isso estou desesperado a procura dela. - Elevei o tom de voz

O outro lado do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora