Capítulo 11

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"Ele pôs as mãos no meu rosto, fazendo um arrepio percorrer minha espinha automáticamente, e também fazendo meu pescoço virar em sua direção"

"Ele pôs as mãos no meu rosto, fazendo um arrepio percorrer minha espinha automáticamente, e também fazendo meu pescoço virar em sua direção"

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Vanessa

Eu matei um homem...

Ele morreu...

Eu o matei...

As vozes cada vez mais distantes, minha mente divagava entre Arthur sentando na poltrona e a médica medindo minha pressão, ele me olhava com preocupação.

Pela segunda vez, eu me encontrava deitada em sua cama. Mantinha meu olhar perdido, encarando a parede cinza.

Vezes e mais vezes, o barulho do tiro vinha em minha mente, e eu relembrava a cena.

Fique aqui _ Arthur pediu.

— Mas, e vc? Perguntei.

— Eu vou ficar bem.

Ele saiu de perto de mim, me deixando abaixada atrás do seu carro, ouvi barulhos de motores, mais carros chegavam, e logo depois tiros.

Meu coração acelerado parecia querer sair do meu peito, minha cabeça doía e girava, relambrei dos últimos minutos, eu só queria estar dormindo na minha cama, não era para nada disso estar acontecendo, por que comigo? O que eu fiz? Por que minha mãe me mandou aqui? Será que ela sabia dos riscos?

Não, não posso acreditar que minha mãe me colocou em perigo, não quero acreditar que ela sabia do que poderia acontecer e mesmo assim me mandou aqui.

O meu avô? Será que ele estava bem? Teria sobrevivido afinal? Eu não deveria ter fugido, deveria té-lo trazido comigo.

A culpa tomava conta, e se ele estava morto, por minha causa? Eu seria mesmo a culpada? Quem queria me matar, por que a mim? O que tinha naquela droga de caixa que quase custou a porra da minha vida?

Perguntas e mais perguntas, nenhuma resposta, e as supostas respostas só geram mais perguntas.

Ouvi vozes, voltei a realidade, me encolhi mais, me aproximando do parachoque do carro, espiei com os olhos semi-cerrados. Arthur conversava com um homem alto.

O mesmo usava uma jaqueta de couro, era calvo e muito, muito intimidador.
Mais Arthur não parecia se abalar na presença dele, muito pelo contrário, o homem demonstrava respeito.

Observei bem, ele parecia estar recebendo uma ordem, me abaixei mais, sentindo os pés doerem, pronta para sentar no chão, ao me inclinar, senti algo gelado indo contra meu abdômen.

Coloquei as mãos na minha cintura, sentindo a pistola na mesma, a peguei com as maos trêmulas, olhei bem para ela, parecia carregada, sem coragem de tirar a dúvida, permaneci a segurando, agradecendo por não ter precisado usar.

Para Sempre: MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora